O dia 4 de dezembro é dedicado a uma figura relevante dentro da escola, o orientador educacional, cujo papel é interagir com professores, alunos e pais na intermediação de conflitos, dar assessoria a docentes quando os estudantes têm alguma dificuldade de aprendizagem ou até mesmo encaminhá-los para atendimento especializado, como em casos de transtornos de aprendizagem.

O cargo foi regulamentado por decreto federal, e o trabalho deve ser desenvolvido por um pedagogo especializado no atendimento a pais, professores e alunos. Assim, enquanto o coordenador pedagógico dá suporte para o planejamento educacional, garante que o currículo seja adaptado à realidade dos alunos e se dedica a viabilizar o processo de educação continuada para professores, o orientador se preocupa em mapear os problemas de aprendizagem e relacionamento que eventualmente possam interferir no crescimento e desenvolvimento dos estudantes, envolvendo e criando neles laços de confiança tanto com os pais quanto com professores e a comunidade.

Lado a lado com os professores, o OE, como também é carinhosamente conhecido, cuida da formação do estudante dando suporte aos docentes em questões de comportamento e relacionamento e em situações que envolvam a família do aluno. Assim, o foco vai para os conteúdos que fazem parte do atitudinal e entram em pauta os conteúdos socioemocionais que se apresentam nas relações interpessoais – nem sempre explícitos, já que são expressos pelos valores que cada aluno traz de casa.

É comum a função do orientador educacional ser confundida com a de um psicólogo por conta da sua matéria-prima: o relacionamento humano e questões comportamentais, porém ele atua objetivando lidar com os desafios da convivência e das dificuldades de aprendizagem, dando os devidos encaminhamentos aos especialistas por área, mas ele não presta atendimento clínico e nem assume a esfera terapêutica.

Portanto, aproveitando esse dia especial dedicado ao orientador educacional, nós não apenas o parabenizamos como também reconhecemos o importante trabalho que realiza destacando algumas de suas funções:

– Ouvir, orientar e assessorar professores a como lidar com as questões comportamentais, também chamadas de atitudinais, que podem influenciar o processo de aprendizado do aluno;

– Orientar estudantes encaminhados pelos professores quanto a valores, relacionamento interpessoal, emoções e sentimentos;

– Ouvir e se relacionar com a comunidade, e assim contribuir para a proposta político-pedagógica, dentro da sua esfera de atuação;

– Ser mediador quando surgem conflitos na escola. Nesses casos, ouve e interage, até mesmo com a comunidade local, se for necessário;

– Sendo conhecedor das leis da educação, o OE sabe qual encaminhamento dar em casos mais graves, quando é necessário acionar também a esfera da justiça.