Como o Brasil virou uma potência paralímpica

potência paralímpica

 

Independente das medalhas que possamos conquistar, o país já inicia as Paralimpíadas Rio 2016 batendo recorde: são 278 atletas – 181 homens e 97 mulheres.  Também, pela primeira vez na nossa história, temos representantes em todas as 22 modalidades disputadas. Já em relação às performances, a expectativa progressiva é de que continue nessa curva ascendente. Essa projeção se baseia no crescimento nas competições anteriores. A meta para os Jogos Rio 2016 é alcançar a quinta posição.
           
 O termômetro de que estamos progressivamente batendo nossos próprios recordes está na primeira posição no quadro de medalhas que o Brasil conquistou nos Jogos Paramericanos  disputados no ano passado em Toronto: foram 257 subidas ao pódio, garantindo a primeira posição no quadro de medalhas – 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes.
Um pouco antes, nos Jogos de Londres 2012, já tínhamos ficado em sétimo lugar, a melhor posição no histórico do Brasil! Nossos paratletas trouxeram para casa 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze – 43 no total. Com isso passamos a figurar na seleta lista das notórias superpotências esportivas: China, Rússia, Reino Unido, Austrália, Ucrânia e Estados Unidos.
Brasileiro é o melhor atleta com deficiência do mundo pela terceira vez consecutiva
O nadador paralímpico Daniel Dias conquistou em abril deste ano em Berlim, na Alemanha, seu terceiro Prêmio Laureus, considerado como o Oscar do esporte. Este ano a honraria veio como somatório das oito medalhas recebidas desde 2015 (sete de ouro e uma de prata) conquistadas no Mundial Paralímpico de Natação, em Glasgow, na Escócia, e dos oito ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.
           
Ainda entre as maiores apostas da delegação verde e amarela estão:
Atletismo: Terezinha Guilhermina, Shirlene Coelho, Silvânia Costa, Yohansson do Nascimento, Alan Fonteles e Odair Santos
Natação: Daniel Dias, André Brasil, Phelipe Rodrigues, Ítalo Gomes e Matheus Rheine, Verônica Hipólito, Alex Pires, Daniel Martins, Lorena Spoladore, Petrucio Ferreira e Mateus Evangelista
Bocha: Maciel Santos
Tênis de Mesa: Bruna Alexandre
Canoagem: Luiz Carlos Cardoso
Coletivos: Futebol 5, Futebol 7, Goalball masculino, Vôlei sentado masculino
 Suposições para o bom desempenho:
Apesar de o esporte não ser uma ciência exata, a junção de indicadores socioeconômicos pode justificar essa superação. O primeiro deles é a questão motivadora com a euforia desde que anunciado que o Rio de Janeiro sediaria o evento. Isso ajudou a elevar a autoestima do atleta e a chamar a atenção da população para estas modalidades esportivas. Alavancados por isso, são visíveis os maiores investimentos no Comitê Paralímpico Brasileiro, que assinou convênios com o Ministério do Esporte, Governo de São Paulo e Prefeitura do Rio.
Segundo maior evento esportivo do Mundo
 As Paralimpíadas do Rio já superam a Copa do Mundo de Futebol realizada no Brasil como segundo maior evento esportivo do planeta. Durante 12 dias, mais de 4.300 paratletas de 178 países disputam 23 diferentes modalidades, num total de 528 provas. A grande diferença dos jogos olímpicos é que as “paras” apresentam 38 modalidades mistas, disputadas por ambos os sexos.  
           
O valor dos ingressos das Paralimpíadas varia de 10 a 130 reais. São 23 esportes em competição, incluindo as estreias de canoagem e triatlo, e mais de 300 sessões esportivas.     
 Os esportes mais procurados pelo público são natação, atletismo, basquete em cadeira de rodas, vôlei sentado, judô, futebol de 5 e 7.
Cerca de 500 mil ingressos das Paralimpíadas foram comprados pela prefeitura do Rio de Janeiro e doados a alunos da rede municipal de ensino e portadores de deficiência atendidos por centros de referência da cidade.
 

Deixar comentário

Podemos ajudar?