Robôs disputam campeonato em evento acadêmico aberto ao público no Rio

Os robôs vão tomar conta do espaço! Calma, pelo menos é o que se espera que aconteça na 1ª edição do MecaOlympic Games, que traz uma mensagem muita positiva e empreendedora, a fim de que os jovens do futuro estejam preparados para unir tecnologia e empreendedorismo. Promovido pelo colégio Teresiano em parceria com a I9Group, empresa de soluções tecnológicas para educação, o evento acontecerá entre 21 e 28 de outubro, no campus da Gávea, e será aberto ao público.

Serão cinco competições entre robôs e atividades lúdicas:

• FIFA: Campeonato de futebol com PS5’;
• Futebol Mecatrônico: primeiro campeonato de robôs com comandos ativos em equipe;
• MecaPique: unindo robótica e brincadeiras infantis;
• Corrida Sustentável: robôs coletores voltados para a sustentabilidade;
• Desafio Mecatrônico: competição com questões acadêmicas.

Haverá ainda maquetes envolvendo profissões do futuro e dois jogos para o público: um de perguntas e o “estoura balão”. O evento trará competições entre robôs e atividades lúdicas, onde o público poderá conhecer de perto inovações tecnológicas e se divertir ao mesmo tempo. “Os alunos, nativos digitais, possuem enorme potencial tecnológico e empreendedor, que deve ser direcionado a favor da sociedade, do planeta e da educação”, completou Fábio Toledo, diretor do evento e sócio-diretor da i9Group.

Eventos gamificados

De acordo com Fábio Toledo, um dos entrevistados da Revista Appai Educar, na edição de novembro, além das disputas, o evento proporcionará maquetes envolvendo profissões do futuro e dois jogos para o público participar: em um deles, chamado “passe e repasse”, o objetivo é responder perguntas gerais ou de disciplinas como história, física, entre outras, enquanto no “estoura balão” a meta é destruir o balão do adversário empregando o controle de PS4. O material utilizado será reciclado pelos alunos do colégio.

Potencial tecnológico e empreendedor

“Acreditamos que os alunos, nativos digitais, possuem enorme potencial tecnológico e empreendedor. Ele deve ser direcionado a favor da sociedade, do planeta, das profissões do futuro e da educação. Isso inclui todas as atividades do colégio, inclusive as inerentes à Educação Física. Além disso, jogar MecaGames exige disciplina, coordenação e pode ajudar no desenvolvimento de habilidades motoras finas e no aprimoramento da concentração, pensamento estratégico e crítico, aspectos essenciais às atividades físicas. Também promovem qualificações como trabalho em equipe, comunicação e cooperação, facilitando interações sociais no mundo real, além da inclusão”, ressaltou Fábio Toledo, diretor do MecaOlympic Games e sócio-diretor da i9Group, empresa idealizadora do evento em conjunto com o Colégio Teresiano.

Com sua estrutura e concepção, fica claro que o Meca Olympic Games vai além dos limites acadêmicos, visando integrar esportes à mecatrônica e à educação. Tudo isso, aliando programação, robótica, impressão 3D, criação de APPs e outros recursos que os alunos aprendem a desenvolver no âmbito da matéria Inteligência Tecnológica e Empreendedora em conjunto com várias disciplinas, como Educação Física, Matemática, Ciências, entre outras.

O estudante de 16 anos Luiz Otavio Rausch Mourão, que cursa o segundo ano do Ensino Médio, é um exemplo dessa união de sucesso nos games. Luiz criou, junto com João Tosta, Rafael Moraes e Arthur Caetano, um “Muro Gentil” conectado a um aplicativo, para ajudar a quem precisa. O APP permite gerenciar e controlar o fluxo de doações, emitir alertas de baixa de estoque e divulgar campanhas incentivando doações via mídias sociais, entre outras funcionalidades. Hoje, o Muro faz parte da fachada do colégio e recebe todo tipo de doação: roupas, livros ou até mesmo brinquedos.

“Cada grupo de alunos tem que escolher um projeto de empreendedorismo social que faça parte do itinerário formativo, e o meu grupo usou como inspiração iniciativas parecidas ao redor do mundo. Decidimos fazer o nosso dever de ajudar o próximo. Algo que o Teresiano nos ensina há muito tempo”, pontua o estudante.

Também no âmbito do empreendedorismo social destacam-se projetos que estarão presentes no Meca Olympic Games, entre eles o que evita o desperdício de água, por meio de um redutor de vazão confeccionado na impressora 3D, instalado em todas as torneiras do colégio – ele foi contemplado, explorado e debatido nas aulas dos alunos do 8º e 9º ano –, bem como o Muro Gentil, que, como vimos, automatiza um projeto solidário do colégio que conecta doadores a quem precisa.  E para mostrar que não pode existir obstáculo para a solidariedade, Toledo faz questão de frisar que os MecaGames são inclusivos e não têm barreiras físicas.

Por Antonia Figueiredo

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