Explorando o futuro: criptomoedas na escola

Colégio cria moeda digital para estimular a compreensão dos estudantes sobre economia, tecnologia e finanças


No ambiente escolar, as criptomoedas têm despertado cada vez mais interesse e curiosidade dos alunos. Essas formas digitais de dinheiro vêm se tornando assunto de debate e discussão em sala de aula, proporcionando uma oportunidade de aprendizado sobre economia, tecnologia e finanças. Com uma abordagem educacional adequada, os estudantes podem desenvolver habilidades de análise crítica e pensamento econômico, preparando-se para um futuro repleto de desafios e oportunidades.  Pensando nisso, a unidade do Rio de Janeiro da rede de Colégios Santa Marcelina lançou uma moeda digital, chamada de CriptoSanta. A ideia é fomentar o desenvolvimento da Educação Financeira nos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. De acordo com o diretor da instituição, Felipe Perdigão, a abordagem focada nessa questão permite aos jovens um maior domínio e compreensão dessa nova tendência do setor financeiro. 

O projeto faz parte da disciplina “trilhas”, que visa desenvolver competências e habilidades necessárias nos itinerários formativos do Ensino Médio, por meio de metodologias ativas e do protagonismo estudantil. A dinâmica propõe essa moeda que pode ser trocada por pontos e experiências no colégio, a partir da participação em atividades de Matemática, Química, Língua Portuguesa e Geografia.  

Tarefas e desafios em diversas disciplinas

A disciplina “trilhas” é estruturada em três etapas ligadas aos projetos a serem desenvolvidos pelos estudantes, que consistem em iniciação e planejamento, a fim de definir respostas às perguntas básicas sobre o objetivo, motivo e cronograma de um projeto; a ideação e execução, que consiste em um plano de ação, monitoramento e controle; e a última etapa, o encerramento, que engloba a revisão geral do projeto e a devolutiva social. 

As três etapas, por sua vez, se dividem em três fases que funcionam de maneira totalmente prática. “Em cada uma delas, os estudantes realizam tarefas e participam de desafios em perguntas das disciplinas parceiras do projeto. A partir desta dinâmica, é possível acumular pontos, representados pela moeda virtual, as quais podem ser trocadas por momentos de lazer, descontos na cantina, eventos na escola, entre outras ações dentro da instituição”, explica Carlos Eduardo. 

De acordo com o educador Emerson Campos, a ideia é que a moeda também renda juros e haja um câmbio acadêmico. Dessa forma, os estudantes podem se planejar para definir quando e como gastar o que for conquistado, visto que pode ser valorizado. “Quando a escola desenvolve muitos projetos temos uma valorização do câmbio. Em contrapartida, se o colégio estiver com poucas atividades em andamento, teremos uma desvalorização, corroborando para que o estudante aprimore o seu senso de finanças, entendendo que este cenário também acontece no mundo real”, explica.  Os idealizadores revelam que os estudantes aderiram ao projeto com muita receptividade e curiosidade. “Partindo do princípio de que a virtualização dos processos financeiros já faz parte do nosso cotidiano, acreditamos que esse tipo de conhecimento contribui para a formação dos jovens, tornando-os mais preparados para dialogar com as novas tendências”, finalizam. 


Por Jéssica Almeida

Fotos cedidas pelo professor e banco de imagens gratuitas do Pexels.  


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