Reeducação alimentar é fonte de vida


Em agosto do ano passado, a associada Adriana Cerqueira fez alguns exames de rotina e teve surpresas desagradáveis em relação a sua saúde, por conta de uma alta taxa de insulina. Disposta a controlar o diabetes, fez a sua inscrição no Programa Saúde 10 e começou a participar dos encontros do Grupo de Sobrepeso e Obesidade, a fim de melhorar a sua qualidade de vida.

Quando começou a frequentar, Adriana pesava 77 kg. Durante essa entrevista, se pesou novamente e sorriu ao confirmar a perda de 10 kg em menos de 6 meses. “É difícil manter uma rotina de alimentação, pois nossos horários são sempre alternados”, relata Adriana que é professora de geografia. Mas com a ajuda da equipe multidisciplinar do Saúde 10, ela garante que tem todo o auxílio nutricional, físico e psicológico para cumprir seus objetivos. “Aqui a gente consegue trabalhar o psicológico, consegue ver o alimento de uma outra forma e aprende a comer com consciência. Eu passei de fissurada por doce, a cautelosa com doce”, reconhece Adriana.

Consciente de que o açúcar é um grande vilão, Adriana, com a ajuda da nutricionista Juliana Ferro, passou a ter uma alimentação regrada. “Quando a gente procura um médico nutricionista convencional ele chega pra gente e fala assim: olha, você está com o colesterol alto, está acima do peso e não pode comer isso ou aquilo. Numa consulta médica a gente acaba não tendo muita informação. Aqui no Programa é diferente. A gente consegue entender a natureza dos alimentos e por que não pode comê-los em excesso e a importância de comer de 3 em 3 horas”, ratifica Adriana. De acordo com a associada, nos encontros do Grupo de Sobrepeso e Obesidade há um leque de informações, que surte esse efeito positivo por conta do embasamento teórico que numa consulta convencional não teria espaço para discussão, por conta da restrição de tempo.

Mas perder peso é bem diferente de emagrecer. Para a nutricionista Juliana Ferro do Saúde 10, no emagrecimento a redução se dá na massa de gordura corporal, enquanto que perder peso pode significar redução de qualquer compartimento corporal, como músculos, água e até massa óssea, além da gordura. “Os associados que participam do grupo de Sobrepeso e Obesidade do nosso Programa são bem esclarecidos a esse respeito. Por isso, para aqueles que se dedicam a colocar em prática as orientações recebidas os resultados são sempre de emagrecimento”, enaltece Juliana. De acordo com a nutricionista, Adriana Cerqueira reduziu 9,1 kg, sendo 7,8 kg de gordura total (1,5 kg em região visceral) e apenas 800 g de músculo.

Adriana ainda revela que, quando estava em sobrepeso, tinha muita dificuldade de subir escadas. Diariamente, precisava se locomover entre as passarelas para utilizar o trem no município de Queimados, onde leciona. Mas atualmente consegue fazer esse percurso com muito mais disposição, sem ficar cansada. A obesidade tem um início lento e pode demorar até a pessoa se deparar com alguma lesão incapacitante ou dolorosa. Na maioria dos casos, quando a dor se instala há uma descrença de que é possível se manter ativo. E esse é um dos principais mitos que a fisioterapeuta, Larissa Ferreira, tenta desfazer. “Respeitando o princípio de que cada pessoa é única, a mesma patologia pode impactar de formas diferentes a vida. O meu objetivo é identificar a rotina e já corrigir algumas atitudes e posturas que podem contribuir para o sedentarismo, assim como para a formação de lesões e alterações posturais que trazem malefícios a saúde”, corrobora Larissa.

Outra questão proposta pela fisioterapeuta é trazer a reflexão sobre a necessidade de se manter ativo. “Explicar sobre como ocorre o ganho de peso, trazer instrumentos de autoavaliação sobre o sedentarismo e respeitar a individualidade, além de prescrever qual é o exercício físico indicado ou ainda se antes de iniciar uma atividade é necessário um tratamento fisioterapêutico”, consolida Larissa sobre a proposta do Grupo de Sobrepeso e Obesidade.

De acordo com Adriana a informação que o Saúde 10 estabelece é o grande diferencial das consultas convencionais. “Aqui temos acesso a conteúdos de qualidade, tudo bem embasado. Os profissionais são bem formados e isso nos dá muita segurança”, ratifica a associada que transformou sua qualidade de vida só com as mudanças dos hábitos alimentares, prestando atenção nos intervalos entre uma refeição e outra e lendo rótulos dos alimentos. “Além de eu passar longos períodos sem comer, minha alimentação era completamente desregrada, muito por conta da ansiedade, onde eu me entregava para os prazeres imediatos, como o fast-food. Quando eu sentia o sabor de um hambúrguer, me sentia muito feliz, mas o depois era muito triste”, comenta.

Para Ieda Herculano, a psicologia usada tem um papel de extrema importância, no sentido de ajudar a lidar com a frustração quando a perda de peso não corresponde às expectativas pessoais. A presença deste profissional promove o autoconhecimento. “Além disso, ensina novas formas de lidar com os impulsos de comer, ajuda na aderência à dieta e às instruções da equipe, clareia as diferenças entre fome e vontade de comer e resgata principalmente a autoestima ajudando na modificação da forma de se relacionar com a comida e na manutenção de um corpo e mente saudáveis”, preconiza Ieda.

Ao ser questionada se recomendaria o Grupo para outras pessoas, Adriana foi enfática. “Eu recomendo o programa pra todo mundo na escola, porque lá tem muito professor que só busca o guia do associado no site para saber de consultórios, quando na verdade existem outros benefícios que são mais importantes pra aumentar nossa qualidade de vida. E as pessoas notam a diferença, quando falam ‘Nossa, Adriana, você tá perdendo peso’, e eu respondo ‘Foi com o Saúde 10’, diz a associada aos risos.

Para as técnicas de enfermagem do Grupo de Obesidade e sobrepeso, Any Priscilla e Luiza Fornazelli, a enfermagem estimula a participação em ações que visam a melhoria da qualidade de vida do grupo. “Realizamos ações de promoção de saúde, atuamos com a orientação e controle dos resultados das aferições da PA e Glicose (glicemia capilar) e conscientização de seus valores. Estimulamos à autonomia ou autocontrole das taxas, orientando cada associado do grupo sobre a importância de seguir as orientações da Nutrição” explicam.

Depois do grupo de Sobrepeso e Obesidade Adriana revela que passou a desenvolver uma história de amor com os legumes e verduras. “Quando estamos em sobrepeso temos preguiça de tudo, até de lavar uma folha de alface. E depois que aprendi sobre os alimentos transgênicos, que são geneticamente modificados, e sobre os hormônios que são injetados nos bovinos, suínos e aves, eu mudei minha visão. E o efeito foi imediato. A gente percebe na nossa disposição, nosso humor. A gente não elimina só gordura, a gente elimina também mau humor”, finaliza emocionada.

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Você que deseja participar do Grupo de Sobrepeso e Obesidade, fique de olho na abertura de novas turmas, no site da Appai. Os encontros proporcionam conhecimento sobre práticas diárias saudáveis, tanto para a redução do peso, como para uma melhoria na qualidade de vida. Através de atividades educativas e dinâmicas de grupo, o associado aprende a reeducar sua alimentação e, também, a importância de cuidar do seu bem-estar físico e emocional, reduzindo assim riscos à sua saúde.


Pra você que tem interesse em participar do

Grupo de Sobrepeso e Obesidade, ligue:

(21) 3147-3237 / 3147-3244

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Ou compareça no Saúde 10, que está localizado na Sede da Appai

Rua Senador Dantas, 117 – SL 215. Centro do Rio de Janeiro/RJ.


Por Richard Günter


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