Práticas inovadoras

Alunos desenvolvem aplicativos e mostram que a produção é possível


Práticas inovadoras

Quando unimos educação e tecnologia num mesmo local, a resposta não poderia ser outra: mais conhecimento através de práticas inovadoras. Esse foi o resultado dos projetos Orgulhe-se e Fabapp – Fábrica de aplicativos, desenvolvidos pelo professor de Geografia e Empreendedorismo Robson Paulino juntamente com as turmas de Ensino Médio da Escola Estadual República Italiana, localizada em Porto Real. 

De acordo com o professor Robson, em 2022 dentro da disciplina de empreendedorismo nascia o projeto Fábrica de Aplicativos. Animados e envolvidos não somente com a possibilidade de pesquisar sobre tecnologias criativas, mas, sobretudo, colocar a mão na massa – uma vez que a escola disponibiliza uma sala Maker com 16 computadores com acesso à internet banda larga –, os alunos mostraram que tecnologia é um tema a que eles estão ligados não somente pela diversão, mas acima de tudo pelo prazer de fazer parte de algo que pode lhes render uma carreira profissional no futuro com ganhos acima da média. 

Internet, um direito humano

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Mesmo sendo um assunto tão familiar a essa geração, isso não impediu que tivessem algumas dificuldades no desenrolar do projeto. “É sabido que, desde 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o acesso à internet como um direito humano. No entanto, no Brasil, essa ainda é uma realidade bem distante para boa parte da população. E para os alunos não foi diferente, explica Robson. “A falta de internet (pacote de dados) para muitos alunos em seus smartphones e wi-fi em suas residências, por questão dos altos custos, acaba não fomentando a possibilidade de continuarem a dar prosseguimento a esse tipo de aprendizagem em seus lares”.  

Vencidas essas e outras etapas, no segundo semestre foi lançado o aplicativo Fabapp, idealizado e concebido pelos alunos do Ensino Médio do professor Robson. No dia a dia, diz o dito popular que coisa boa chama outra coisa melhor ainda. E parece que, entre essas turmas, tecnologia chamou mais tecnologia, com mais engajamento, criatividade e conhecimento.  

Orgulhe-se de ser quem é

Com a proximidade das comemorações do Dia da Consciência Negra, os estudantes iniciaram em sala de aula, como parte do conteúdo de Geografia, uma pesquisa sobre a história do povo negro no Brasil desde suas origens africanas.  Em debate com os estudantes foi observada a necessidade de compartilharem as informações por eles levantadas com outros alunos das redes. “Pois acreditamos que poucos detêm este conhecimento e somente tendo a aprendizagem de toda a riqueza da história dos povos africanos podemos desenvolver o orgulho de sermos parte dessa história, minimizando os casos de racismo”, revela Robson, garantindo que muitos só conhecem a parte da história em que eram escravos, desconhecendo outros fatores que fazem parte de seu desenvolvimento como povo.  

Práticas inovadoras

Com os primeiros passos de desenvolvimento dados com sucesso na concepção do primeiro aplicativo, o Fabapp, os alunos confiantes partiram para um segundo desafio. Criar um novo produto, sendo que dessa vez com os conteúdos e informações pesquisados por eles em sala de aula. Os dados pesquisados perpassaram não só pela representatividade da data, bem como sobre a origem do povo africano, suas histórias, lutas, vitórias e conquistas.  

Tecnologia e educação: revolução na aprendizagem

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De posse desse rico conteúdo os alunos criaram um aplicativo com acesso gratuito, que hospedasse essas e outras informações, a fim de contribuírem na disseminação e valorização da cultura africana, e que, sobretudo, se sentissem pertencentes. Assim nasceu o aplicativo Orgulhe-se (clique aqui para conhecer). 

Práticas inovadoras

Para Robson e seus alunos a inovação tecnológica não está apenas revolucionando a educação. Mas está dando esperança acadêmica e profissional para jovens e adolescentes que talvez por algum instante não acreditassem que seriam capazes. Com a internet e suas plataformas os alunos têm acesso a informações que não seriam possíveis caso não tivessem acesso à rede mundial de computadores. E um outro ponto importante é que a produção de aplicativos os incentivou à busca de conhecimentos pelo orgulho de poderem fazer parte da divulgação daquilo que nos orgulha em sermos negros e brasileiros, finaliza o professor. 


Por Antônia Lúcia

Colégio Estadual República Italiana
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