Dia do Folclore

Campeonatos de adivinhas, diversidade regional, contação de histórias e cantigas. Descubra como utilizar esses recursos para abordar o tema nas escolas!


O folclore representa a identidade de um povo. No caso do Brasil, é sobre a relação dos povos tradicionais com os portugueses e com o povo africano. A arte-educadora Beatriz Gimenes explica que na mitologia indígena já existiam os seres protetores da floresta, que garantiam a natureza diante do mal e da ação do homem. Quando vieram os povos africano e português, isso se misturou com o conhecimento deles. Ela ressalta ainda que mais do que celebrar o Dia do Folclore, comemorado no dia 22 de agosto, é importante trabalhar o tema durante todo o ano letivo.

Segundo a docente, as escolas acabaram se acostumando a tratar o folclore a partir de lendas, que não deixam de ser legítimas, principalmente com as crianças pequenas. Mas o tema pode e deve ser explorado de forma ampla e interdisciplinar. “Se entendermos o folclore como cultura popular, vamos poder trabalhar com os professores de história, de filosofia, de português e compreender por que esse conjunto de crenças é a base da nossa sociedade”, acredita.

 

A educadora selecionou algumas sugestões de atividades para abordar o tema em sala de aula. Confira!

Contar histórias: o folclore é uma cultura oral e por isso começa nesse tipo de manifestação. “Contar uma história vai muito além do ‘era uma vez’. Você está exercendo uma função ancestral que vem de todos os povos. O simples fato de contar algo já é trabalhar o folclore, já é movimentar a cultura popular”, lembra Beatriz Gimenes. Um exercício interessante é pedir para que os alunos também participem da contação de história inserindo suas experiências. Falar sobre a “cultura caseira”, aquilo que o estudante vive todos os dias, faz parte da noção de folclore e, às vezes, funciona melhor do que simplesmente apresentar mitos e lendas.

Confeccionar brinquedos: espiga de milho, pano e meias eram materiais utilizados para fabricar bonecas. Pedir para os estudantes confeccionarem esse tipo de brinquedo pode ter um resultado muito divertido. Imagine um desfile de moda de bonecas de pano? Essa ideia se estende para a fabricação de diversas outras diversões, como pipas, estilingues ou figurinhas. Esta dinâmica, além de trabalhar com a criatividade e a concentração, pode ser utilizada para abordar temas como: a atemporalidade das brincadeiras, qual comparação pode ser feita com os jogos virtuais e qual o espaço dessas atividades no cotidiano dos alunos.

Organizar campeonatos de adivinhas: as adivinhas folclóricas são algo que marcam a diversidade brasileira, sendo faladas em todas as regiões do país, de formas diferentes. É mais comum os netos escutarem as adivinhas folclóricas com os avós, ou ainda aprender boa parte dessas histórias divertidas na escola. “O que é que dá um pulo e se veste de noiva?”, “Tem asa, tem bico e fica embaixo da cama”. “O que é, o que é? Tem coroa mas não é rei, tem espinho mas não é peixe?”. O importante desta atividade é se divertir juntos a partir de perguntas como essas!

Cantigas folclóricas: “Atirei o pau no gato, to. Mas o gato, to. Não morreu, reu, reu”. Esta é uma das cantigas de roda mais conhecidas no Brasil. As cirandas não possuem um autor, ou seja, as letras consistem em textos anônimos que se adaptam e se redefinem ao longo do tempo. Elas permitem que as crianças consigam explorar cotidianos de diversas regiões do país.

Recital de poemas: não é só de lendas que vive o folclore brasileiro. Nossa cultura popular também tem poemas, poesias, promessas, parlendas e quadrinhas. Abordar este tema é algo muito rico, pois essa literatura está entre as produções mais importantes de nossa cultura.

Diversidade regional: os fantasmas de Belo Horizonte, o coco, o bumba-meu-boi, os presépios do Rio Grande do Norte, a cultura candanga de Brasília são alguns exemplos da riqueza popular do Brasil. Que tal trazer uma discussão sobre as particularidades regionais do folclore brasileiro? Esta dinâmica poderá estimular o interesse pela diversidade cultural do nosso país.

Danças folclóricas: quadrilha, samba de roda, frevo, baião e maracatu são algumas das danças que fazem parte das práticas populares no Brasil. Mas como as danças surgiram? Elas também vêm acompanhadas de algum figurino característico. Por quê? Utilizar as danças e suas vestimentas é uma boa estratégia para abordar a cultura daquele local e a sua história. Uma dinâmica interessante é mostrar para os estudantes vídeos e fotos dessas manifestações.

 

Matéria exclusiva

Está achando que acabou? Que nada! Vamos relembrar uma matéria da Revista Appai Educar sobre o Folclore, que também servirá de inspiração para você trabalhar o tema em sala de aula!

 

A raiz de uma nação

Nos quatro cantos do mundo, o folclore se faz presente na história raiz dos povos. No Brasil, quem nunca ouviu falar de Saci-Pererê, Curupira e Boto-cor-de-rosa? Podemos refletir sobre a importância da nossa história como parte de um legado. Quer saber como? Então leia a matéria completa na página da revista.

 

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Por Jéssica Almeida
Fotos: Banco de imagens gratuitas do Freepik.
Fonte: Portal Aprendiz.


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