Janeiro Roxo: o mês de conscientização sobre a hanseníase


Uma parceria entre o Morhan e Appai/PPAS está levando ações realizadas em praças públicas e unidades de saúde, além de oferecer capacitações, em sete municípios do Rio de Janeiro, contando inclusive com a participação do Teatro Bacurau, do Morhan. O último domingo de janeiro é o Dia Mundial das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e o Dia Nacional de Luta contra a Doença.

Você que deseja fazer o teste gratuitamente tem até o dia 31 de janeiro para realizá-lo no estado do Rio. O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) promove ações, nacionais e internacionais, para multiplicar uma informação potente e que precisa ser amplamente conhecida: “A hanseníase tem cura e o tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde é um direito de todos e todas”.

O Brasil concentra mais de 90% dos casos de hanseníase da América Latina, sendo o segundo país no mundo com a maior incidência, ficando atrás apenas da Índia, de acordo com a Dahw Brasil, ONG alemã de assistência a hansenianos, com 61 anos de existência e atuação em 21 países.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos passou de 25 mil em 2017 para 26 mil em 2018, o que corresponde a um aumento de 5,8%. Mas, para o órgão, isso não representa um crescimento da doença, mas sim um reflexo de sua maior detecção.

DADOS ALARMANTES

Outro dado surpreendente é o diagnóstico em pessoas de até 15 anos. Em 2016, dos quase 3 mil municípios que detectaram casos novos de hanseníase, em 591 o diagnóstico ocorreu em crianças e adolescentes. Isso significa que há pessoas nas quais a doença não foi descoberta e que por isso seguem transmitindo, já que, tão logo se começa o tratamento da hanseníase, deixa de haver o contágio.

Para a direção do Morhan, esses indicadores não fazem sentido para uma doença que tem cura e tratamento gratuito assegurado pelo SUS. Por isso, é preciso avançar em informação para a população, capacitação dos profissionais de saúde e comprometimento público dos gestores municipais, estaduais e federais para caminharmos na eliminação da doença e na garantia dos direitos das pessoas atingidas.

A hanseníase é uma moléstia infecciosa causada por uma microbactéria considerada “prima” da tuberculose. Entra no organismo pelas vias respiratórias e se instala nos nervos e na pele, manifestando-se através de manchas brancas, rosas e vermelhas que podem se apresentar da forma mais elevada ou também como caroços avermelhados, segundo diagnósticos do Ministério da Saúde.

Confira a agenda

28/01 – Maricá

29/01 – São Gonçalo (Jardim Catarina)

31/01 – Rio de Janeiro (clínica da família Recanto do Trovador, Vila Isabel)


Fontes: Morhan.org.br e Saude.org.br


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