Inclusão de deficientes visuais no Facebook através da hashtag #PraCegoVer


Você já deve ter visto a hashtag #PraCegoVer em descrições de imagens no Facebook, mas talvez não tenha entendido o porquê desta marcação.Basicamente é um projeto que dissemina a cultura da acessibilidade nas redes sociais, com foco em pessoas com deficiência visual. Em outras palavras, a página que usar essa hashtag e a descrição do que contém na foto permitirá que um deficiente visual saiba o que está inserido na imagem do post.

 

A idealizadora do projeto, Patrícia Braille, é professora especialista em educação inclusiva. Em seus blogs e livros ela sempre descrevia as imagens e, ao perceber a crescente utilização do Facebook, viu nele uma grande ferramenta de inclusão.

 

A educadora explica que, apesar do nome, a cegueira mencionada na hashtag é de forma metafórica, se referindo às pessoas que não enxergam como a acessibilidade é possível, sem a necessidade de grandes investimentos. “A mudança pode partir através de uma pequena ação do indivíduo, que tem um efeito multiplicador muito importante”, completa Patrícia.

 

Como usar essa hashtag?

 

Utilizar esta ferramenta é muito simples. Na publicação, após colocar a legenda normalmente, o usuário adiciona a #PraCegoVer e, em seguida, faz uma descrição da imagem. Por exemplo, primeiro escreve do que se trata, se é foto, desenho, charge, tirinha, ilustração etc.

 

Depois é bom especificar se ela tem algum efeito exclusivo de cor, preto e branco, sépia, cinza, entre outros. Se a foto for colorida, não é preciso adicionar na descrição, uma vez que o usuário vai especificar as cores de cada item que compõe a imagem. Para finalizar é só descrever o que contém na foto seguindo a sequência da escrita e leitura ocidental, isto é, da esquerda para a direita e de cima para baixo. Veja abaixo alguns exemplos:

 

Para conhecer melhor o projeto, acesse a página da Patrícia (www.facebook.com/PraCegoVer).

 

A partir de agora, a Appai também começará a inserir esse recurso em alguns posts. Fique ligado e ajude a disseminar a cultura da acessibilidade nas redes sociais.

 

Fontes: Blog da Audiodescrição e Estudo Prático.


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