Como será daqui a 100 anos?


Essas e outras indagações foram tema da Feira Cultural realizada no Colégio João XXIII

Como serão as cidades do futuro? Como serão os automóveis ou até mesmo como será a vida na Terra? Ou será que precisaremos migrar para outro planeta? Esses foram alguns dos muitos questionamentos levantados pelos alunos do Colégio João XXIII, em Bento Ribeiro, durante a Feira Cultural deste ano, que teve como fio condutor o mote “Como Será?”. “O tema dá uma abrangência muito grande ao aluno. Abrimos esse leque para que ele possa embarcar numa viagem e fazer essa indagação em várias áreas do conhecimento. Como será que foi ontem, é hoje e será amanhã”, justifica o diretor-geral Jorge Antonio Nogueira.

A diretora pedagógica Leci Pacheco Maciel complementa: “A feira é um momento aguardado por toda a comunidade escolar. É gratificante ver o envolvimento não apenas de alunos e professores como também dos pais, que se engajam no projeto com a maior alegria. Com esse tema, os alunos puderam discutir e provocar uma reflexão sobre como será a humanidade e quais as contribuições que eles poderão dar como agentes multiplicadores nesse processo”.

A feira é realizada em dois dias: no primeiro, se apresentam as turmas da Educação Infantil e do primeiro segmento do Fundamental (1º ao 5º ano). As crianças menores abordaram os seguintes subtemas: Maternal 1 (Visconde e Emília); Maternal 2 (como as locomotivas funcionam); Pré-1: (como é o habitat dos animais); Pré-2 (o teatro da dona baratinha: trabalhando a fala através da música). A partir das turmas do 1º ano do Fundamental, as apresentações passam a ter pontuação. Os alunos do 1º ano abordaram a germinação e o plantio do milho e indagaram aos visitantes sobre a origem da pipoca; o 2º ano mostrou como surgiram as roupas, desde os homens das cavernas aos dias atuais; o 3º ano enfocou a segurança de motoristas e pedestres; o 4º ano, a evolução do cinema e o 5º ano falou da história do teatro.

Para a coordenadora da Educação Infantil ao 5º ano, Fabiana Coutinho, os trabalhos apresentados atingiram as expectativas: “Cada turma se esmerou para apresentar aos visitantes excelentes projetos. Como educadora, fico feliz em participar de uma atividade pedagógica tão enriquecedora. É um momento de troca entre os alunos, e eles sentem orgulho de apresentar para seus familiares o que aprenderam”.

No segundo dia, foi a vez do 6º ao 9º e do Ensino Médio. Todos iniciam a preparação ainda no primeiro semestre. As turmas são divididas em equipes que desenvolvem seus planos de ação e estabelecem as metas. Auxiliados pelos professores orientadores, os alunos fazem pesquisa de campo e definem subtemas variados, mas sempre tendo como bússola o tema principal.

No início do segundo semestre, as equipes passam a fazer o projeto escrito, todo elaborado no formato de uma monografia, seguindo os parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Concluída essa etapa, o passo seguinte é transformar o conteúdo teórico numa apresentação prática para toda a comunidade escolar. Nesse momento, os alunos são instigados a lançar mão de muita criatividade para que os visitantes da feira se sintam atraídos por cada estande.

Esse projeto físico também é apresentado com antecedência para que a coordenação possa fazer as avaliações, com críticas e sugestões, e realizar os ajustes necessários. “Um dos pontos mais importantes que a feira proporciona é o desenvolvimento do trabalho em grupo, em que cada integrante precisa ter tomada de decisão, iniciativa e espírito de equipe, passos importantes para um futuro profissional. A cada ano, percebo que os alunos vão amadurecendo e aperfeiçoando cada vez mais o projeto escrito”, declara Rachel Bueno, coordenadora do 6º ao 9º e do Ensino Médio. Em relação à necessidade do projeto escrito, Jorge Antonio esclarece: “Nós observamos que, de uma forma geral, muitos chegam ao ensino superior sem saber fazer uma monografia. Para nós, isso é muito grave. Através da Feira Cultural, mostramos para o aluno, desde a sua tenra idade, a necessidade de se elaborar um projeto que consista de introdução, coleta de dados, bibliografia e todos os demais tópicos orientados pela ABNT. Essa é a base para a futura monografia que ele fará quando estiver concluindo sua graduação”.

A equipe de Miguel Arruda, do 6º ano, provocou uma reflexão entre os visitantes: como será uma cidade urbana daqui a 100 anos? “Quando fomos escolher um subtema, pensamos como poderia ser o futuro das nossas cidades. A partir daí, levantamos uma série de hipóteses, baseadas nas tecnologias de que já dispomos e naquelas que imaginamos. Para o visitante ter uma ideia de como seria essa cidade, fizemos um projeto de realidade virtual”, conta. A professora orientadora da turma foi Magali Veiga, de Matemática: “Achei importante a preocupação que eles demonstraram com o meio ambiente e com o futuro das pessoas. Sem dúvida, um projeto que despertou bastante o interesse de quem passou pelo estande”. Maria Clara Botelho e seus colegas de equipe, do 7º ano, fizeram uma maquete sobre como será a colonização de Marte. Outra equipe da mesma série falou sobre a evolução do celular: do tijolão aos modelos mais avançados.

Entre as equipes do 8º ano, uma delas fez uma projeção sobre como será a medicina do futuro, com cirurgias feitas por robôs supervisionados por médicos a distância. Outra equipe abordou como funciona o helicóptero, apresentando uma linha do tempo com a evolução de aeronaves. O professor de Geografia Carlos Eduardo Menezes orientou duas equipes: uma falou sobre o funcionamento do avião e outra abordou a evolução das próteses. Já as equipes do 9º ano retrataram assuntos como os avanços do computador, como funcionam os interceptadores de jatos e aviões e como seria um lar ecológico.

No Ensino Médio, entre as equipes do 1º ano destaque para subtemas relacionados às energias renováveis do futuro e às projeções de como serão os carros das próximas décadas. O 2º ano apresentou trabalhos envolvendo ilusão de ótica e sobre como poderiam ser as construções no planeta vermelho. As equipes do 3º ano trouxeram para a feira as diferenças entre as histórias em quadrinhos e os mangás e também como são feitas as dublagens.

Ao comemorar os resultados positivos de mais uma feira cultural, o diretor Jorge Antonio Nogueira credita o êxito à fundamentação pedagógica aplicada na escola: “Implantamos, há dois anos, um Sistema de Aprendizagem Real (SAR) que abrange as três principais teorias da educação: a apriorística, de Emmanuel Kant; a comportamental, de Skinner; e a sociointeracionista, de Vygotsky. Os pais têm ficado muito satisfeitos e os alunos apresentado um aproveitamento muito bom. Além disso, as avaliações e os planos de aula são desenvolvidos por uma equipe externa, formada por psicólogos, pedagogos e professores. Esses planos de aula se transformam em metas diárias a serem alcançadas por cada professor. É o ISO 9000 aplicado na escola. Não tem como dar errado”, destaca.

 

Por Tony Carvalho


Colégio João XXIII

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Diretor: Jorge Antonio Nogueira

Fotos: Tony Carvalho


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