Cidade-Célula: um jogo na sala de aula desafiante


Professor cria metodologia lúdica que proporcionou um aprendizado mais abrangente e divertido

No Brasil o uso de jogos em sala de aula foi incentivado pelo movimento educacional Escola Nova, que na década de 1930 procurou modernizar o ensino trazendo para as instituições as novas descobertas, nos ramos das várias ciências, acerca da aprendizagem. Através dessa pesquisa, o professor Lucio Panza, da Escola Municipal Comenius, localizada em Bangu, desenvolveu um projeto educativo em Ciências com ênfase em biologia celular.

O Cidade-Céula foi aplicado para um grupo de 15 alunos de duas turmas de 8° ano e teve como objetivo analisar através de um jogo de tabuleiro as relações de complementaridade funcional das organelas celulares. O educador conta que a atividade foi elaborada a partir de adaptações do modelo TWA (Teaching With Analogies) proposto por Glynn com base em análises de livros didáticos de vários níveis escolares. “Ele realizou observações de aulas de professores de ciências e, a partir dessas análises e de livros didáticos, estabeleceu seis passos que, idealmente, poderiam ser levados em consideração quando se ensina com analogias”, explica Lucio.

As organelas celulares são como pequenos órgãos que realizam as atividades celulares essenciais para as células.

Segundo o professor, para coletar dados do jogo foi aplicado um questionário, que deveria ser respondido após o término da partida. “Esse tipo de questionário combina perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto, sendo muito utilizado quando se deseja delimitar”, afirma Lucio.

Através do jogo, os alunos aprenderam biologia celular de forma divertida

O educador explica que a metodologia do jogo se baseia no aspecto lúdico e que o cunho pedagógico de proporcionar aprendizagens, através das perguntas das cartas, e conseguir montar sua célula individual antes dos outros jogadores para vencer a partida funcionou segundo os relatos dos estudantes. “Eles contaram que conseguiram aprender se divertindo e apreenderam melhor os conceitos com o jogo”, finaliza Lucio.

Recursos necessários para o jogo:

O jogo é composto por um tabuleiro com 35 casas residenciais (trilhos da cidade), seis prédios (usina hidrelétrica, biblioteca, rodoviária, farmácia, alfândega e restaurante), seis pequenos tabuleiros (células individuais para cada jogador), um dado numerado de um a seis, seis peões de cores distintas, 70 cartas com perguntas e 48 peças (que representavam os lisossomos, ribossomos, retículos endoplasmáticos rugosos, retículos endoplasmáticos lisos, complexos de Golgi, centríolos, mitocôndrias e núcleos, seis peças de cada item).


Por Jéssica Almeida
Escola Municipal Comenius
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Fotos cedidas pelo professor

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