Asa Branca de Luiz Gonzaga


Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, foi composta pela dupla no dia 3 de março de 1947 e se tornou o maior clássico do sertanejo.

A música fala da Seca no Nordeste, que de tão intensa obrigava seu povo a migrar, assim como as aves, entre elas a asa branca, que é um tipo um pombo de canto profundo e rouco que representa o lamento do povo, que tanto sofre, ao criador.

Quando essa ave bate asa do sertão, anuncia a seca, o tempo difícil que está por vir e por isso abandona o lugar em busca de sobrevivência.

Na época em que a música foi composta, só os homens migravam de sua região e deixavam suas famílias pra irem em busca de condições de sustento para os que ali ficavam.

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Depois eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Depois eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro, não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração


Por Patrícia Audi


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