Cordel Encantado

Saiba como utilizar a literatura de cordel para desenvolver senso crítico e reflexivo sobre as relações entre escrita e oralidade


Conhecida como poesia popular, a literatura de cordel conta histórias a partir dos eixos folclóricos regionais de maneira simples, possibilitando que toda a população entenda. Foi assim que ela surgiu e conquistou os nossos corações! Essa expressão, na verdade, ficou assim conhecida devido à forma como os escritos eram expostos para o público. Isso porque os livros eram pendurados em cordas, barbantes ou cordel, como roupas em um varal, tornando-se, então, um meio de expressão cultural onde as obras são tradicionalmente vendidas em pequenos folhetos, nas grandes feiras e mercados públicos.

Ao transportarmos para a sala de aula, a temática pode contribuir no processo de aprendizagem do aluno, pois ela concede a chance de um entendimento social e crítico por parte dele. Vale ressaltar também a importância da leitura no processo de letramento a partir da realidade apresentada nos cordéis. E você, professor, de que forma vem desenvolvendo essa temática em sala de aula? A equipe da Revista Appai Educar reuniu informações, vivências, cases de trabalhos realizados e dicas que podem te inspirar. Confira!

 

Cordel: Literatura do Brasil

No Colégio Cesf (Centro Educacional Silva Florêncio), localizado em Bonsucesso, Zona Norte do Rio, por exemplo, a professora de Literatura Juliana Sandy, bacharela, licenciada e especialista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, coloca de maneira bem objetiva a importância da literatura de cordel no Sudeste, por ser tratar de uma manifestação literária do Norte e do Nordeste brasileiro. Segundo ela, como todo texto literário, permite-se que o aluno conheça, através dos olhos do artista, uma realidade que muitas vezes não lhe pertence. “Com isso, esse educando irá ter a curiosidade de pesquisar mais não só sobre o gênero textual, mas também a respeito de uma nova cultura.

Partilhando do mesmo contexto, a professora de língua portuguesa, literatura e língua espanhola Tatiane Vasconcelos, que também leciona no Cesf, e é formada pela Faculdade de Educação, enfatiza o valor histórico-cultural desse gênero textual originado em Portugal pelos trovadores medievais, entre os séculos XII e XIII, e trazido pra cá pelos colonizadores. “A literatura de cordel é patrimônio cultural imaterial do Brasil, então tem importância em todo e qualquer cantinho do país”, aponta Tatiane, reafirmando o valor indelével desse gênero textual em qualquer região.

Essa presença de norte a sul do país da literatura de cordel ganha ainda mais força no Sudeste, sobretudo nas feiras e centros culturais, entre elas o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, localizado no Rio de Janeiro, também chamado de Feira de São Cristóvão ou dos Nordestinos. Mantendo acesa a entrega da literatura de cordel há mais de cinco décadas, o espaço oferece aos visitantes um museu com as memórias múltiplas desse gênero literário, além da presença diária de repentistas e trovadores com suas cordas e livretos carregados de poemas, alegria e musicalidade.

 

Um cordel com criatividade transversal

Mesmo fazendo uso de toda a musicalidade que cerca os estudantes, aguçar ou despertar a poesia métrica entre os educandos nos dias atuais ainda requer bastante criatividade entre os professores de todas as áreas, sobretudo na inserção de elementos da cultura brasileira, principalmente nordestina, seus costumes e tradições, conforme explica Tatiane. “Com exceção de bem poucos alunos, eles não costumam se interessar pelo modelo poético tradicional. Uma tática que costuma funcionar é fazer associações com músicas e com a atualidade, ou seja, encaixar nossas propostas aos gêneros musicais dos quais eles gostam”, sugere a professora.

Para Juliana, ainda se pode fazer mais para que o movimento da literatura de cordel esteja ainda mais presente no convívio da sociedade, e não somente em áreas muito restritas, como feiras culturais e datas temáticas. “Ao encaixá-lo nos conteúdos ministrados em sala de aula, através de projetos interdisciplinares, é possível trazer e expandir esse conhecimento. É necessário que esse gênero seja trabalhado em História e em Educação Física, além das matérias que abrangem linguagens”, sentencia.

 

Ao som de repentistas e violeiros o cordel ecoa a sua história

Embalada e crescida em berço baiano, aqui no Brasil a literatura de cordel se popularizou por meio de repentistas e violeiros, que se assemelham muito aos trovadores. E partindo da condição de que atualmente os jovens são bastantes musicais, as professoras do Cesf Tatiane e Juliana destacam essa aproximação e influência através da musicalidade.

“No Trovadorismo, uma das poucas formas de entretenimento era a música. Para isso, trovadores faziam suas cantigas com objetivo de conquistar e animar um público específico. Na contemporaneidade, mesmo que já tenhamos outros meios de diversão, a música não perdeu seu espaço e continuamos a utilizá-la para nos alegrar. O cordel também tem seu papel nessa prática, mas ainda está inserido apenas em festas com temáticas regionalistas”, reconhece a professora Juliana, juntamente com a colega Tatiane, que lamenta o fato de que infelizmente, aqui na nossa região, os alunos conhecem a literatura de cordel apenas dentro das salas de aula.

Todavia, de acordo com as docentes, o fato de se tratar de um gênero literário feito em versos com métrica e rima e ser caracterizado pela oralidade informal, facilita sobremaneira a interação entre os que ouvem. No dia a dia da escola, a professora Tatiane pontua que as aulas sobre esse assunto costumam ser sempre muito prazerosas e com participação efetiva do alunado. “A musicalidade presente nesse gênero desperta o interesse e motiva os estudantes a tentarem produzir seus próprios cordéis”, observa a professora de Língua Portuguesa. Já Juliana lembra que “Cordel se assemelha ao poema e à canção, e essa geração atual se sente atraída pela musicalidade. Com seus versos de fácil absorção mental e os refrões que podem ser decorados, o discente acaba tendo mais prazer em ouvir cordéis”, constata a docente.

 

Literatura de cordel e suas muitas referências

A historiadora Alice dos Reis explica que a literatura de cordel junta referências portuguesas, africanas, indígenas e árabes para criar textos e narrativas em prosa, inicialmente difundidos oralmente e depois transcritos em pequenos folhetos. “O cordel retrata momentos profundos de quem compõe, e através dos versos deixa claro que o cordelista está falando com o ouvinte. Muito mais do que rimas escritas, a literatura de cordel é poesia falada, muitas vezes cantada, que serve para encher os olhos de quem aprecia”, completa.

 

Como essa manifestação começou a fazer parte da nossa história?

De acordo com a historiadora, a literatura de cordel entrou para a nossa história ainda no século XII. “Ele tem sua origem em Portugal contando situações através de rimas para as pessoas que não sabiam ler. A transcrição em folhetins vinha depois, para que assim os letrados, mas que não estiveram na presença do cordelista, pudessem ter acesso”, afirma Alice. Ainda segundo a historiadora, já no século XVIII começou a se popularizar aqui no Brasil usando o folclore e os acontecimentos cotidianos para encantar quem ouvia. Com o tempo, os cordéis passaram a servir como forma de divulgação de outra expressão artística e cultural tipicamente brasileira: a xilogravura, usada para ilustrar as poesias, conforme veremos mais à frente.

 

Os rappers e o cordel brasileiro

Há quem diga que os rappers atuais, com suas letras em cima de um discurso rítmico com rimas e poesias, representem um viés do cordel brasileiro. Para a historiadora, não seria necessariamente algo desse tipo, mas pode haver uma influência, ainda que sem a intenção. Isso porque o rap é caracterizado pelas letras de rua, que falam de problemas sociais e trazem críticas contundentes à realidade de quem está falando. O cordel também carrega essa bagagem cultural e social, mas vem com a intenção de entreter e narrar histórias antes de apresentar críticas à sociedade. “Ambos usam da rima e do caráter popular para alcançar o público que desejam, mas seguem caminhos diferentes quanto à sua construção”, explica Alice.

As docentes do Cesf, Juliana Sandy e Tatiane Vasconcelos, traçam um paralelo entre os gêneros musicais. “Como os cordéis, o rap tem a musicalidade como um dos elementos básicos de seus textos. Os dois gêneros atraem muito o público por serem de fácil absorção, no entanto não podem ser considerados derivados um do outro”, esclarece Juliana. Compartilhando dessa mesma premissa, a professora Tatiane também afirma que tanto um quanto outro trabalham seus discursos carregados de críticas sociais através de um ritmo cadente que facilita a assimilação da letra. “Nas minhas aulas, eu costumo fazer um paralelo entre o rap e a poesia, e isso funciona bem”, garante a docente, afirmando que é importante mostrar que a arte é um veículo de expressão transformador do indivíduo e da sociedade, uma vez que a literatura cria cidadãos críticos.

 

Inspiração para os alunos

Aqui no Brasil, a literatura de cordel popularizou-se por meio dos repentistas (ou violeiros), que se assemelham muito aos trovadores. E isso pode ser uma influência para os educandos. A historiadora ressalta que o cordel é uma excelente ferramenta para explorar a criatividade dos alunos, em todos os níveis educacionais. “Os repentistas e trovadores servem como exemplo da utilização do improviso e da naturalidade, o que se faz útil durante as aulas, apresentações de trabalhos e relacionamento com os colegas. Sem contar que os temas abordados por esses artistas sempre fazem sentido à realidade de quem os acompanha, o que desperta o interesse dos estudantes em tais temáticas”, pontua a especialista.

 

Abordagem criativa

Alice conta que se apaixonou pela literatura de cordel ainda nas aulas do Ensino Médio e, em todas as oportunidades que tem, gosta de estar mais próxima dessa forma de expressão. “Mesmo com influências estrangeiras, acredito que ela carrega tudo que há de mais brasileiro da nossa cultura e sociedade. Sem contar que vem ganhando cada vez mais capilaridade dentro da música e da arte popular. Ela merece o mundo!”, garante.

A historiadora compartilha o seu dia a dia e experiências docentes através de um perfil no Instagram (@euprofealice) dedicado ao ensino da História. Alice conta que, em seus planejamentos, sempre busca relacionar as temáticas apresentadas pelos cordelistas nas aulas de literatura com a realidade social brasileira vista nas aulas da disciplina. Muitos desses artistas recontam acontecimentos históricos através desse tipo de expressão cultural, o que transforma a literatura de cordel em fonte de estudo para os historiadores.

 

Sugestão de atividade

A professora de história sugere, como uma maneira mais criativa de abordagem desse tema na sala de aula, levar os alunos a produzir seus próprios cordéis retratando momentos históricos importantes e as suas críticas sociais. A atividade relaciona história, literatura e também artes, já que os cordéis são ilustrados com xilogravuras.

 

Aprendendo com a musicalidade dos versos

Repletas de ritmo, sensibilidade e musicalidade, as rimas são perfeitas para inserir os estudantes no universo literário, principalmente por sua capacidade de alfabetizar. Isso porque elas facilitam o aprendizado, fazendo com que o exercício de ler e escrever poemas seja uma excelente estratégia de alfabetização e desenvolvimento linguístico, aumentando, por sua vez, a consciência de ortografia e de fonemas, que são essencialmente os sons que compõem as palavras.

Nesse sentido, fazer a leitura oral de textos rimados pode se tornar divertido, mas acima de tudo colabora para que os pequenos entendam melhor os significados das palavras, permitindo de forma ampla a compreensão da linguagem e da língua portuguesa.

Vale ressaltar que, com os poemas, os alunos se atentam para a construção cuidadosa das sentenças e percebem o uso da pontuação. Essa prática faz mais sentido do que apenas apresentar um conjunto de regras, por exemplo, pois eles passam a enxergar a gramática como uma escolha, ajudando a aplicar as normas da língua, de forma mais eficaz e até estilística.

De acordo com a professora Beatriz Morais, que leciona no Fundamental I, para que a leitura se torne um hábito, deve ser introduzida o quanto antes na vida das crianças. “Dessa forma, é provável que ela se torne parte da sua rotina, já que passam a enxergar esse costume como algo natural e prazeroso. E quem lê escreve melhor, sem dúvida alguma!”, ratifica.

Com leitura cadenciada, linguagem simples e lúdica, os poemas e textos com rimas são uma ótima maneira de introduzir as crianças no mundo da literatura. “O professor pode começar com aqueles mais curtinhos e simples. E, conforme o aluno for se desenvolvendo, é possível apresentar textos maiores e mais profundos. Inclusive incentivando-os a escrever seus próprios versinhos”, exemplifica.

Sem sombra de dúvidas, os poemas contribuem com o aprendizado e o processo de alfabetização e possibilitam múltiplas interpretações, fazendo com que os alunos se engajem em suas próprias reflexões, despertando também a sensibilidade. “Eles são ferramentas poderosas para ajudar a entender a linguagem, desenvolver as habilidades de fala e escrita e se conectar a eventos culturais ou históricos”, enaltece Beatriz.

 

O cordel folclórico

Comemorado no dia 22 de agosto, o folclore é marcado por se tratar de um momento mágico com ricas lendas, histórias, “causos”, entre outras expressões culturais, por isso é uma importante data comemorativa que deve ser abordada nas escolas. Considerando a riqueza de conhecimentos existentes no folclore brasileiro, o ideal é que o professor busque as mais diversas formas de trabalhar esse tema com seus alunos.

Ao inserir o cordel folclórico nas atividades escolares, é necessário seguir uma hierarquia em relação às informações a serem passadas ao alunado. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), primeiramente o docente deve fazer com que o estudante compreenda o conceito de folclore, seguido da identificação de diferentes manifestações culturais, respeitando e considerando a faixa etária escolar, consequentemente ampliando o vocabulário de seus alunos.

Considerando que as músicas, parlendas, jogos e brinquedos são elementos fundamentais do folclore infantil brasileiro e da memória cultural popular, é fundamental que sejam apresentadas até mesmo para garantir a preservação da cultura. Ao utilizar jogos folclóricos, favoreça a entrada da criança na sociedade de forma lúdica, podendo ensinar modelos de comportamento, regras, rituais, fatores esses indispensáveis para o amadurecimento emocional.

O documento ainda sugere que sejam realizadas pesquisas sobre brincadeiras antigas, seguida da prática dessas, dispensando o uso de brinquedos de alta tecnologia e valorizando o trabalho com o corpo da criança, propiciando seu desenvolvimento. Em outro ponto, se propõe trabalhar o respeito à realidade de cada aluno solicitando que ele mencione algo que faz parte da sua cultura, entre outras coisas.

É preciso salientar que cultura, diversidade, pluralidade e aceitação são conceitos que devem ser trabalhados no ambiente escolar a todo tempo, e o folclore é só mais um dos meios de colocar em prática a teoria.

De acordo com Rosana Valente, pedagoga da rede municipal de educação de Nilópolis, os alunos mais novos têm uma forma única de aprendizado e, instintivamente, desconhecem o tom arbitrário dos julgamentos ou a pressa dos acontecimentos, permitindo-se absorver o conteúdo histórico com ingenuidade e curiosidade típicas da idade. “Esse é o melhor momento de introduzir, nas práticas pedagógicas, as brincadeiras coletivas que tão bem retratam o universo lúdico do folclore”, avalia.

Rosana destaca que os alunos contemporâneos são virtualizados, imediatistas e costumam rejeitar o estudo de acontecimentos remotos. “A melhor maneira de envolver e despertar a curiosidade deles para temas aparentemente velhos é criar um ambiente rebuscado dos tempos que o folclore representa, intercalando com as épocas atuais. Por isso, as cantigas e as brincadeiras, além das histórias contadas com riqueza de detalhes, são atividades aliadas das práticas pedagógicas”, comenta.

 

Xilogravuras de sucesso

O uso da técnica de xilogravura criou e propagou a literatura de cordel. Afinal, sua produção era simples e seu custo bastante baixo. Logo, foi fundamental para sustentar a tradição e manter fortes as raízes das histórias e das pessoas que as contavam.

Com uma tradição centenária, ela foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Iphan. Isso aconteceu por meio de decisão unânime dos membros do conselho da agência no Rio de Janeiro. Poetas, desenhistas, ilustradores e artistas visuais, de xilogravura e vendedores de livros comemoraram essa conquista. Afinal, além de ser um forte elemento cultural, esse gênero representa o sustento de muitos brasileiros.

De forma simples, a xilogravura é uma técnica em que o artista entalha a madeira, pinta as suas partes elevadas e, por fim, pressiona a madeira em papel ou tela. Trata-se de um método quase rudimentar de reprodução de imagens e textos e essa sua característica foi fundamental para sua aplicação como “técnica de impressão”.

Simples e fácil, a xilogravura na literatura de cordel também não exigia a aplicação de nenhum tipo de tecnologia, além, é claro, da tinta para marcar a madeira e o papel utilizado. Essa tradição só surgiu e se fortaleceu porque, em uma realidade de seca e pobreza vivida nas regiões nordestinas, uma técnica mais cara e sofisticada dificilmente poderia ser adotada.

Ao escrever e imprimir suas histórias, a xilogravura nordestina e o cordel se tornaram um só elemento e, assim, se transformaram em uma linguagem de expressão, contando e documentando uma história.

O gênero traz temáticas do cotidiano, cultura popular, a região onde é produzido, temas políticos, críticas sociais e através delas são difundidas ideias, fazendo o cordel se tornar um meio didático e educacional. Sua linguagem é popular, oral, regional e informal. Os poetas Leandro Gomes de Barros e João Martins de Athayde estão entre os principais autores do passado.

 

Leandro Gomes de Barros

Nascido em 1865, no município de Pombal (PB), foi um dos primeiros poetas a se preocupar com a questão dos direitos autorais dos folhetos de cordel, iniciativa relevante para a consolidação da circulação regular dessas publicações. Segundo dados da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, estima-se que o cordelista tenha deixado um legado de cerca de mil folhetos.

Inovando nas rimas e na distribuição de suas produções, a vida e a obra do poeta terminaram por marcar no calendário nacional uma homenagem: o Dia do Cordelista, celebrado em 19 de novembro, data de nascimento de Leandro Gomes.

Algumas de suas obras estão em domínio público e podem ser vistas de forma gratuita.
Acesse a literatura de cordel sob a autoria de Leandro Gomes de Barros

 

João Martins de Athayde

Poeta e editor, João Martins de Athayde foi um dos autores que mais contribuíram para a divulgação da literatura de cordel produzida no Brasil no século XX. Ele é conhecido como o desbravador da indústria do folheto de cordel no país, aclamado na década de 1940 como o maior poeta popular do Nordeste.

Com o autor, o gênero teve inúmeras mudanças, como na relação entre os poetas e o proprietário da gráfica e na apresentação visual dos folhetos. Athayde fez surgir os contratos de edição com o pagamento de direitos de propriedade intelectual, o uso de subtítulos e preâmbulos em prosa e a sujeição da criação poética ao espaço disponível, fixando-se o padrão dos folhetos pelo número de páginas em múltiplos de quatro.

As obras dele ainda não estão em domínio público, mas algumas podem ser conferidas de forma gratuita no site da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), além de outros autores.
Acesse o site da ABLC

 

Curiosidade

Em 2011, a TV Globo produziu uma novela das 18 horas sobre o cangaço que teve sua abertura inspirada na literatura de cordel. Assista:

Leia mais sobre literatura de cordel:

• Esse é meu Brasil (Diversidade cultural brasileira)
• Folclore brasileiro: raiz de uma nação
• Exposição em cordel dos problemas ambientais


Por Antônia Lúcia, Jéssica Almeida e Richard Günter

Alice dos Reis De David é formada em Licenciatura em História e pós-graduanda em Tendências Educacionais. Atua como professora da rede privada, ministrando aulas de História, Sociologia, Filosofia e Projeto de Vida para turmas do Ensino Médio. Oferece também mentorias personalizadas, voltadas para professores de história, auxiliando no relacionamento com os alunos, na prática docente e em experiências inovadoras em sala de aula. Contato através do Instagram (@euprofealice) ou pelo e-mail alicereisdavid@outlook.com.

– Juliana Sandy é bacharela, licenciada e especialista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e atua como professora de Literatura no Colégio Cesf –Centro educacional Silva Florêncio.

Tatiane Vasconcelos é professora de Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola, formada pela Faculdade de Educação São Luís e pós-graduada pelo Liceu-Uerj.

Colégio Cesf – Centro Educacional Silva Florêncio
Avenida Teixeira de Castro, 111 – Bonsucesso – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 4104-6182
https://www.facebook.com/cesfrj
https://www.instagram.com/cesfrj/
Fontes: Brasil Escola | MEC | ABLC.


Deixar comentário

Podemos ajudar?