Julho Amarelo: um alerta para prevenção de hepatites virais


O mês de julho passou a ser dedicado às campanhas de prevenção de hepatites virais no Brasil. Uma nova lei sancionada este ano reconheceu a iniciativa Julho Amarelo, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o contágio. Mundialmente, o dia de luta contra as hepatites virais é designado o 28 de julho, data instituída pela Organização Mundial da Saúde.

A hepatite é caracterizada pela inflamação do fígado e é considerada problema de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 1 milhão e meio de mortes no mundo foram provocadas por complicações dos vários tipos de hepatite, que podem ser causados por cinco variações diferentes de vírus (A, B, C, D e E).

 

Hepatites no Brasil

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. O Ministério da Saúde estima que quase 2 milhões de pessoas convivem com a doença no país. Do total, 1,7 milhão são portadores do vírus da hepatite C, e em 756 mil pessoas foi detectada a variante do tipo B.

Só em 2017, foram registrados 40.198 novos casos. Das mortes motivadas pela doença, 70% são causadas pelo tipo C, 21,8% pelo tipo B e 1,7% pelo A.

A falta de conhecimento da existência da doença é o grande desafio. Muitas vezes silenciosas, as hepatites B e C podem não apresentar sintomas e evoluir para a forma crônica, causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, a recomendação é fazer exames de rotina regularmente. Os testes para detectar a hepatite são gratuitos e disponíveis no SUS.

 

Transmissão

As hepatites virais podem ser transmitidas através da água e alimentos contaminados, de uma pessoa para outra por via sexual, por meio de fluidos corporais, como compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam, além da transmissão vertical, ou seja, o contágio de mãe para os filhos que pode ocorrer durante a gravidez e o parto.

 

Tem cura?

A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade. O tipo B não tem cura, mas tem tratamento e pode ser evitado com a vacina. Quem se vacina se protege também contra a hepatite D.

Já a hepatite C não tem vacina, mas tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente.


Por Luiza Morato
Fonte: Organização Mundial da Saúde / Ministério da Saúde


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