O filme acompanha uma jovem estudante que descobre muito mais do que o saber acadêmico: ela encontra amizade, fé e um amor capaz de transformar sua vida

A Universidade de Oxford é mais do que um cenário: é quase um personagem no filme “Encontrando o amor em Oxford”, drama romântico que revisita os dilemas da juventude com ares de contemplação acadêmica. Baseado em uma história real, a trama acompanha Drake, uma estudante americana brilhante que desembarca na instituição britânica com o foco absoluto em concluir seus estudos. Mas o rigor acadêmico e a imponência dos salões de pedra logo cedem espaço para algo menos previsível: a descoberta de si mesma através de uma relação inesperada. Você pode assistir a esse filme no Looke, através do benefício Minha Escolha! oferecido aos associados da Appai.

Dirigido por Ryan Whitaker, o filme apresenta um ritmo calmo que reflete a introspecção da protagonista. O roteiro mergulha na contradição que se instala entre a disciplina intelectual e o caos emocional provocado por uma amizade arrebatadora. Essa figura, que surge inicialmente como um obstáculo ou distração, aos poucos se revela catalisadora de amadurecimento, revelando nuances de amor, fé e vulnerabilidade emocional.

Visualmente, a fotografia se aproveita das paisagens oxfordianas para traduzir o estado interno da personagem. Os ambientes góticos, bibliotecas solenes e parques enevoados refletem o sentimento de deslocamento e encantamento simultâneos. A direção de arte, delicada e sem grandes exageros, favorece o naturalismo da trama.

O grande mérito do longa está em tratar o amor não apenas como romance, mas como aquilo que desequilibra, transforma e inquieta. A relação entre Drake e seu novo amigo (ou mais que amigo?) desafia fronteiras pessoais e espirituais, especialmente quando o filme se aprofunda em discussões sobre fé e propósito, temas raramente abordados com sensibilidade no gênero.

Ainda que em alguns momentos o tom soe excessivamente idealizado, e o andamento possa parecer lento para espectadores mais afeitos a narrativas convencionais, “Encontrando o amor em Oxford” recompensa quem se entrega à sua atmosfera reflexiva. Não é um filme sobre grandes eventos, mas sobre pequenas revelações, como aquelas que mudam o curso de uma vida.

Se você já ouviu falar de Oxford, mas nunca sentiu sua magnitude, essa história pode ser sua porta de entrada. E mais do que isso: uma chance de revisitar os próprios caminhos que escolhemos, ou que nos escolhem, quando o amor e o mistério batem à porta.

Aproveite seu benefício e mergulhe nessa história sensível sobre amor, propósito e transformação interior.

Por Richard Günter

Classificação indicativa: 12 anos