Formação ética e cidadã

Projeto leva alunos a um patamar de excelência na busca por uma educação equitativa


 

Em um cenário educacional desafiador, no qual o engajamento dos estudantes e o fortalecimento de valores essenciais são cada vez mais necessários, iniciativas que aliam práticas pedagógicas inovadoras à formação ética e cidadã se destacam. É o caso do projeto Diversidade, inclusão e respeito: o caminho para uma educação equitativa, cuja proposta perpassa por criar estratégias para sensibilizar os alunos sobre o respeito às diferenças, enquanto transforma a escola em um ambiente mais acolhedor e atraente, promovendo práticas significativas de letramento por meio de múltiplos gêneros textuais.

Respeito às diferenças

Idealizado pela professora Adriana Maria, que ministra aulas em turmas do Ensino Fundamental (601, 901 e 902) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Letramento de Língua Portuguesa, do Ciep 335 Joaquim de Freitas — Escola E>TEC: Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades, em Queimados, na Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro, o projeto visa a promoção de atividades pedagógicas consolidadas e atreladas aos temas que inspirem e considerem a tolerância. “Somos estimulados a promover uma educação para todos, que leve em conta principalmente o respeito às diferenças, as especificidades de cada aluno e suas potencialidades”, ressalta.

O projeto tem feito a diferença entre os educandos, sobretudo nos anos finais do Ensino Fundamental, por estar sendo uma ponte prática para uma reflexão crítica sobre temas tão presentes no dia a dia dos estudantes da comunidade escolar. Na avaliação de Adriana, o universo da sala de aula conta com a multiculturalidade e um alunado diverso, em que cabe aos docentes considerarem também o contexto social e cultural dessa comunidade escolar. “Com isso, a proposta do projeto visa oportunizar aos alunos uma reflexão crítica mediante o estudo dos valores olímpicos (igualdade, equidade, justiça, respeito pelas pessoas, racionalidade, compreensão, autonomia e excelência) aproveitando a grande festa que foi assistir aos jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris em 2024.

 

Atividades pedagógicas

Conforme destaca, o projeto contou com diversas atividades pedagógicas lúdicas implementadas a partir nas disciplinas de Língua Portuguesa e Letramento de Língua Portuguesa na turma 601 e leitura de diversos gêneros textuais nas turmas 901 e 902. Segundo a professora, durante as aulas do primeiro semestre de 2024, os alunos foram convidados a participar de diversas atividades pedagógicas atreladas às competições. “Um diferencial que levou em consideração a perspectiva de Educação Especial e Inclusiva que prevê uma escola para todos, respeitando as especificidades de cada aluno e promovendo uma educação emancipatória, protagonista e com equidade.

Adriana garante que, nesse contexto, as atividades pedagógicas oferecidas para as turmas envolvidas foram elaboradas com ludicidade mediante o uso de textos norteadores para promover uma reflexão crítica sobre o respeito à diversidade; o conhecimento sobre as deficiências, dentre elas a visual; a origem dos jogos Olímpicos e Paralímpicos e os valores relacionados a essas competições.

Como parte do desenvolvimento prático do projeto, os alunos da turma 601 participaram da Gincana Olímpica, uma iniciativa voltada para promover o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, linguísticas, sociais e comportamentais por meio de atividades lúdicas. Entre as brincadeiras realizadas estavam o campeonato de dominó, bambolê, jogo do equilíbrio, Genius e a produção de palavras-cruzadas, entre outras. A proposta buscou integrar diversão e aprendizado, incentivando a interação e o crescimento integral dos estudantes.

Visita a ex-atletas paralímpicos

Cabe ressaltar, relembra a professora, que nessa etapa foi possível contar com a participação, o apoio e o suporte da professora do Atendimento Educacional Individualizado (AEE) Bianca Trindade, que também esteve presente na aula-passeio na Urece Esporte e Cultura, onde os alunos tiveram a oportunidade de conhecer ex- desportistas paralímpicos. O grupo foi recebido pelo atleta e presidente Anderson Dias para uma experiência incrível. Um momento único de aprendizagem além dos muros da escola sobre diversidade, inclusão e respeito às diferenças. Foram agraciados pelo presidente da Urece com medalhas no fim do evento.

Para a aluna Débora de Souza Paulo, da turma 901, conhecer e participar de uma partida na Urece foi uma experiência incrível! “O ambiente era cheio de energia, com jogadores animados e prontos para se divertir. Assim que cheguei ao campo, já podia sentir o clima de amizade e competição saudável. O jogo começou e eu fiquei impressionada com a dinâmica. As equipes se movimentavam rapidamente, utilizando estratégias para avançar com a bola e marcar pontos. A mistura de força e agilidade era evidente, e cada jogada exigia trabalho em equipe. Além da adrenalina do jogo, a Urece também promoveu um ótimo espírito de união entre todos os participantes. Mesmo os que estavam começando aprenderam rapidamente e se divertiram muito. Foi uma experiência incrível, que não só proporcionou uma boa dose de exercício físico, mas também fortaleceu laços de amizade”, relata encantada a aluna.

 

 

Em seu depoimento, a aluna Lívia Soares Bento, da turma 902, conta que foi um dia super agradável onde aprendemos muito com o projeto Urece, com seus atletas paralímpicos. “Que, além de super habilidosos, eram alegres e receptivos. Foi uma experiência única, pois conhecemos pessoas que, mesmo com suas deficiências físicas, provaram para nós que são capazes de conquistar o que quiserem apesar das suas limitações. Como aprendi neste dia… Descobri que, na vida, foco e determinação são essenciais para alcançarmos nossos objetivos. Parabéns a todos os envolvidos e principalmente a nossa professora Adriana, que sempre incentiva a irmos além. Que venham outros passeios!”, reforça.


Por Antônia Figueiredo

Ciep 335 Joaquim de Freitas – Escola E>TEC: Escola de Novas Tecnologias
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*Adriana da Silva Maria Pereira é Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação – Faculdade de Educação/Uerj; Mestre em Educação Inclusiva pela Unesp, com graduação em Letras, Ciências Sociais e Pedagogia. Atua como docente nos ensinos Fundamental, Médio e Profissionalizante e como tutora/mediadora em cursos de capacitação/aperfeiçoamento na área da Educação Especial e Inclusiva na Fundação Cecierj no estado do Rio de Janeiro.


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