Revista Appai Educar nº 151

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL nasescolas Ano26–151-2023-CIRCULAÇÃO DIRIGIDA – DISTRIBUIÇÃOGRATUITA Osdesafioseasoportunidadesparaosalunoseprofesores,ecomoesas novastecnologiaspodemimpactarnoensinoenaaprendizagem

Revista Appai Educar Conselho Editorial Julio Cesar da Costa Ednaldo Carvalho Silva Andréa Schoch Jornalista Editora Antônia Lúcia Figueiredo (M.T. RJ 22685JP) Assistentes de Editorial Jéssica Almeida Richard Günter Luiza Morato Designers Luiz Cláudio de Oliveira Yasmin Gundim Revisão Sandro Gomes Professores, enviemseus projetos para a redação da Revista Appai Educar: End.: Rua Senador Dantas, 117/229 2º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ. CEP: 20031-911 E-mail: jornaleducar@appai.org.br redacao@appai.org.br www.appai.org.br EXPE DIEN TE

Revista Appai Educar LÍNGUA PORTUGUESA POR SANDRO GOMES* MAIS SOBRE USO DE PLURAIS Atendendo a pedidos de muitos leitores dessa coluna, vamos mais uma vez abordar algumas questões ligadas ao uso do plural. Palavras terminadas em consoante Em geral trata-se das consoantes “r”, “z” e “n”. Nos dois primeiros casos basta fazer o plural com “es” (ex.: mares, capazes etc.), nenhum problema. No caso do “n” também funciona essa regra (ex.: abdômenes), mas às vezes a coisa se complica um pouco. Mas só um pouco! O plural dessa palavra também pode ser abdomens. Neste caso, repare que é usado apenas o “s” em lugar de “es”, e o vocábulo perde o acento pois passa a ser paroxítono e não mais proparoxítono. Outro exemplo: espécimen – especímenes Aqui também há o deslocamento de sílaba tônica, e o acento muda de lugar. É bem provável que se encontrem nos textos os casos mais simplificados (abdomens, espécimens), mas pode ser também que você se depare com os menos utilizados e aí vai precisar ter conhecimento para não errar o plural. Plural no meio da palavra Num fenômeno pouco comum em outros idiomas, em Língua Portuguesa temos casos de plurais que ocorrem no meio da palavra e não no final. É o caso de qualquer (qual + quer), cujo plural é quaisquer. A ex-

Revista Appai Educar *Sandro Gomes é graduado em Língua Portuguesa, Literaturas brasileira, portuguesa e africana de língua portuguesa, redator e revisor da Revista Appai Educar, escritor e Mestre emLitera plicação lógica pra isso é que o quer, sendo um verbo, não tem o plural em “s” como acontece com substantivos. Assim, apenas o pronome qual vai para o plural. Umoutro caso é o do vocábulo papeizinhos. Repare que se trata do plural do diminutivo da palavra papel. Por que não então “papelzinhos”? Porque a palavra é colocada no plural (papéis) antes de ir para o diminutivo, mesmo perdendo o “s”. Assim, temos: Papel – papéis – papei(s)zinhos Palavras que não se alteram Alguns vocábulos não se alteram quando levados para o plural. Nesse caso, o artigo ou o próprio contexto é que vão nos informar que a palavra não está no singular. Os vocábulos terminados em “x” se enquadram aí (ex.: os tórax, as xerox etc.). Algumas palavras com “x” no final apresentam formas paralelas. Nesse caso o plural ocorre seguindo a regra para essas formas. Veja: cálix – cálice.......plural: cálices índex – índice......plural: índices Há tambémoutros casos: muitos lápis, dois atlas, alguns ônibus. Palavras de origemestrangeira Algumas palavras usadas na língua corrente, mas que semantêmcomo vocábulos de idiomas estrangeiros, vão para o plural respeitando a sua origem linguística. Exemplo bem interessante é o da palavra latina campus: O campus da universidade foi ocupado. Manifestaçõesocorreramnosvários campi. Pra finalizar citamos a palavra modem, de origem inglesa e em grande evidência por causa da presença da tecnologia em nossas vidas atualmente. Ao colocá-la no plural, não se pode cair na tentação de seguir o modelo das palavras em Língua Portuguesa terminadas em “m”. O certo é modems e não modens. Amigos, sobre plural é isso. Em breve retornamos a esse tema, trazendo outras questões e exemplos para tornar o assunto mais compreensível pra você. Até a próxima, pessoal!

Revista Appai Educar SETOR EDUCACIONAL E A NOVA RESOLUÇÃO CD/ANPD OPINIÃO POR RICARDO MARAVALHAS* Depois que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no Brasil, muitas empresas começaram a seguir orientações presentes na legislação. Uma das perguntas que mais recebo é: como se aplica a nova resolução na educação e quais são seus efeitos? Essa lei garante a coleta e o uso responsável dos dados dos alunos, evitando exposição e vulnerabilidade a situações de risco, tornando-se imprescindível para todas as instituições, desde a escola de bairro até as grandes redes com unidades espalhadas pelo país. No entanto, o setor da educação ainda está se adaptando às novas regras, pois as escolas e universidades terão que tomar cuidado com os dados pessoais dos alunos, como nome completo, CPF, endereço, idade, histórico escolar, entre outras informações, garantindo que eles sejam coletados de forma legal, legítima e transparente, e que sejam usados apenas para os fins previstos.

Revista Appai Educar O vazamento de dados feito por pessoas mal-intencionadas pode ocasionar em prejuízos financeiros às vítimas, como golpes e fraudes. Isso acontece porque algumas informações sensíveis podem ser usadas contra o dono dessas informações, além de provocar danos psicológicos, principalmente para crianças e adolescentes. Analisando esse cenário, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na área da educação é necessária da mesma forma que em outras organizações públicas e privadas. E foi pensando nisso que a Autoridade Associação Nacional de Proteção de Dados (ANPD) publicou no último dia 27 de fevereiro o Regulamento de Dosimetria e Aplicação de Sanções Administrativas, que estabelece as circunstâncias, as condições e os métodos de aplicação das sanções, previstas no artigo 52 da LGPD. Ela visa garantir a proporcionalidade entre a pena aplicada e a gravidade da conduta do agente, além de proporcionar segurança jurídica aos processos fiscalizatórios e garantir o direito ao devido processo legal e ao contraditório. Com isso, será possível aplicar as sanções administrativas com base em requisitos estabelecidos na Resolução nº 4, tais como: gravidade e natureza das infrações e dos direitos pessoais afetados; boa- -fé do infrator; vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; condição econômica do infrator; reincidência; grau do dano; cooperação do infrator; adoção de mecanismos e procedimentos internos capazes de minimizar o dano; adoção de política de boas práticas e governança; pronta adoção de medidas corretivas; e proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção. Por fim, esse novo regulamento proporcionará mais segurança, transparência, qualidade de dados, adequação, responsabilização e prestação de contas para os profissionais envolvidos no setor educacional, minimizando assim prejuízos que podem ser fatais para as instituições de ensino, pois o número de dados manuseados diariamente é gigante. Por isso, ter uma equipe responsável e especializada é primordial para que tudo saia conforme o planejado e dentro das exigências da Lei, principalmente em um setor que não tem familiaridade com o assunto. *Ricardo Maravalhas é fundador e CEO da DPOnet, pós-graduado pela Universidade Estadual de Londrina, mestre pela Universidade de Marília, especialista emDireito Digital, Proteção de Dados e Direito das Start-ups, com certificações na FGV/GVLaw, INSPER, Opice Blum Academy e EDEVO.

Revista Appai Educar SUSTENTABILIDADE POR JÉSSICA ALMEIDA LIXO ZERO RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE, PROJETO VISA PROTEGER O MEIO AMBIENTE E CRIAR CIDADÃOS CONSCIENTES E RESPONSÁVEIS Falar sobre sustentabilidade é de suma importância devido à escassez de recursos naturais e à degradação do meio ambiente, um processo cada vez mais acelerado. Quando isso acontece em sala de aula contribui para a melhoria de toda a comunidade escolar. No caso do Ciep Etec 441 Mané Garrincha, em Magé, esse esforço foi além: a escola foi reconhecida internacionalmente e selecionada para participar do evento “International Day of Zero Waste 2023 - UNO Environment Programme”, na Itália.

Revista Appai Educar No encontro, será exibido um vídeo produzido pelos estudantes mostrando ações sustentáveis do colégio na comunidade. Através do projeto “Lixo Zero”, o Ciep criou o primeiro laboratório escolar do Estado para reciclagem, que conta com o apoio da Secretaria de Estado de Educação, que instituiu ações de sustentabilidade em todas as escolas E-Tecs do Estado, bem como a parceria do Instituto Lixo Zero Brasil. O trabalho é desenvolvido em um

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Revista Appai Educar espaço onde é incorporada uma filosofia de gerir e reduzir a quantidade de lixo por meio de práticas de reciclagem e reutilização. Todo esse trabalho inclui a separação de resíduos, compostagem e uso de materiais de baixo impacto ambiental. Papel, plástico e orgânicos, por exemplo, são reciclados, reutilizados ou compostos. Outras medidas também são adotadas na escola como a utilização de copos ecológicos personalizados e reúso da água do ar-condicionado e da chuva para irrigação da horta. A ideia é produzir o menor volume de lixo para descarte e maximizar a reu-

Revista Appai Educar tilização e a reciclagem, tudo isso através de práticas de gestão de resíduos, treinamento de funcionários e alunos, além da implementação de tecnologias de tratamento. São cerca de 600 alunos integrados ao projeto, com 30 atuando no laboratório. Nesse trabalho, os estudantes são envolvidos no processo de descarte correto do lixo nos residuários, coleta seletiva, compostagem e, ainda, no uso consciente de energia e água. Eles também participam de aulas teóricas sobre sustentabilidade e meio ambiente. O orientador educacional da unidade escolar e professor responsável pelo projeto, Alexandre Magno, a equipe diretiva e os estudantes vão acompanhar o evento pela internet. “Ver o trabalho da nossa equipe ser referência no continente europeu é entender que estamos no caminho de umconsumo sustentável e de uma cultura do cuidar, não só na escola como nomundo”, afirma. Ele explica ainda que o trabalho desenvolvido visa se tornar um exemplo e incentivo para os estudantes levarem esses princípios de sustentabilidade

Revista Appai Educar para suas casas e comunidades. “O objetivo final é educar os nossos alunos sobre a importância de tomar medidas para proteger o meio ambiente e, ainda, criar cidadãos conscientes e responsáveis”, explica Alexandre. A aluna Mariana Rodrigues Ferreira, da 2ª série do Ensino médio, conta que o projeto já chegou até a casa dela. Agora, familiares e amigos separam tampinhas e embalagens plásticas para reciclagem. “Acho muito bom de ver que o nosso trabalho está sendo reconhecido. É preciso multiplicar essas ações para diminuir os lixões que causam impacto no meio ambiente”, pontua. Fonte e fotos: Secretaria de Estado de Educação.

Revista Appai Educar TECNOLOGIAS POR ANTÔNIA FIGUEIREDO LABORATÓRIO DE REDES Colégio Estadual já formou mais de 700 alunos na área de telecomunicações

Revista Appai Educar Normalmente quando alguémcomenta que ficou sem internet, semo sinal, é como se aquela pessoa dissesse que o mundo parou de funcionar para ela. Mas afinal como todo esse sistema de internet, voz e TV, utilizados por todas as operadoras, funcionam por trás dos bastidores das telecomunicações? Quem pode responder a essa indagação e outras relacionadas a esse assunto, são os alunos do curso Técnico de Telecomunicações do Colégio Estadual Hebe Camargo, localizado em Guaratiba, Zona Oeste do Rio.

Revista Appai Educar Voltado para as turmas do Ensino Médio, o curso Técnico de Telecomunicações funciona num laboratório de redes construído dentro do espaço escolar. No laboratório com aulas teóricas e práticas os estudantes aprendem tudo sobre o sistema híbrido de cabos coaxiais e fibras ópticas, rede HFC – Hybrid Fiber Coax e outras tecnologias. Na sala-laboratório, os tradicionais quadros, mesas e cadeiras são substituídos por bancadas para montagem de peças e postes que simulam as redes aéreas urbanas das cidades. Nesse laboratório são disponibilizadas tecnologias para instalação, operação emedição de redes de acesso HFC e redes Ópticas, esclarece

Revista Appai Educar Guilherme Veras, professor responsável, explicando que essas redes abrangem todos os sinais utilizados no cotidiano – voz, TV e internet – que são os sistemas empregados por todas as operadoras de telecomunicações. Segundo o professor Guilherme Veras, o espaço foi concebido para capacitar os alunos de forma dinâmica e interessante. O aprendizado nesse ambiente faz comque eles apliquem, em situação real, todos os princípios básicos para o cargo de técnico de telecomunicações. “No mesmo ambiente também são realizadas avaliações pedagógicas e simulações entre laboratórios de redes e de telefonia”, acrescenta Guilherme Veras. Um mercado de trabalho promissor Que diga alguns alunos que já passaram pelo Laboratório de redes, como é o caso do ex-alunoWinner Happy de Assis Cajueiro, diplomado na turma de 2018, e contratado por uma empresa privada para trabalhar na área. Exercendo atualmente a profissão, Winner conta que o aprendizado da sala de redes o ajudou muito, por simular umambiente real de rede de rua. “As instalações permitemque os alunos entendam melhor a disciplina porque já estão

Revista Appai Educar vendo o sistema real. Todos podem ver, na prática, como funciona”, revela o ex-aluno que antes de conhecer o conteúdo do curso técnico só pensava em fazer informática, mas acabou se interessando pela nova formação técnica. “Eu percebi que o meu encontro com a Telecomunicação era uma parada que podia mudar a minha vida. Hoje, aos 21 anos, tenho o meu carro, minha estabilidade financeira. Este ano comecei a graduação emRedes de Computadores e, no futuro, pretendo voltar à informática, curso que parei por conta da pandemia”, comemora Winner sentindo- -se realizado.

Revista Appai Educar Os cursos técnicos da rede Seeduc-RJ Commais de 700 profissionais formados, o Colégio Estadual Hebe Camargo tem capacitado futuros técnicos em Telecomunicações. E isso só é possível, sobretudo, porque a rede estadual de ensino constrói parcerias para oferecer diversos cursos técnicos em suas unidades, como, por exemplo, Administração, Agropecuária, Informática, Edificações, Multimidia, Programação de Jogos Digitais, Meio Ambiente, Química, Mecânica, Eletrônica, entre outros. No caso do Colégio Estadual Hebe Camargo, o apoio é dado pelo Instituto Claro. Ao término do curso, os alunos recebem certificação do CRT - Conselho Regional dos Técnicos Industriais como Técnico em Telecomunicações, garantindo a eles o passaporte para iniciar uma vida profissional empreendedora e promissora. Colégio Estadual Hebe Camargo Rua Belchior da Fonseca, 1.025 Guaratiba, Rio de Janeiro, RJ Cep: 23027-260 Fotos cedidas pela Ascom Seeduc

Revista Appai Educar INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NAS ESCOLAS MATÉRIA DE CAPA POR ANTÔNIA FIGUEIREDO E JÉSSICA ALMEIDA Os desafios e as oportunidades para os alunos e professores, e como essas novas tecnologias podem impactar no ensino e na aprendizagem

Revista Appai Educar No universo educacional, uma nova inteligência artificial tem dividido opiniões. O ChatGPT está sendo questionado em diversas partes do mundo, principalmente quando falamos sobre o uso em dinâmicas de ensino e aprendizagem. Sabemos que o emprego da tecnologia no contexto escolar é um dos maiores debates entre os educadores do século XXI e que, para uma utilização responsável da tecnologia, a mediação desses profissionais é indispensável. O uso indevido de tecnologias na escola pode impactar negativamente a aprendizagem e com o ChatGPT não é diferente. Quando mal utilizado, ele pode dificultar o desenvolvimento do senso crítico, facilitar o plágio e aumentar a disseminação de notícias falsas. Por isso, precisamos refletir e debater como empregar essa tecnologia de forma ética, crítica e criativa. Quando utilizada com intencionalidade, a novidade traz diversos benefícios.

Revista Appai Educar Para os gestores, o uso do ChatGPT pode facilitar diversos processos. Como, por exemplo, os modelos de documentação como as escalas de professores, relatórios de aprendizagem, roteiros para encontros de formação de docentes, registros de pauta para reuniões com famílias de prestação de contas, diversos tipos de convites e comunicados, planos de aula e muito mais! Lembrando que o ChatGPT pode criar paradigmas gerais que podem ser adaptados e personalizados posteriormente pelos gestores escolares. Para tornar o modelo o mais próximo possível da realidade de cada escola, os usuários podem inserir informações mais específicas. Quanto mais detalhes e dados fornecer, maior será a possibilidade do ChatGPT gerar uma base que atenda às suas necessidades. Além de auxiliar na criação de documentos do cotidiano do gestor escolar, o ChatGPT pode ajudar os educadores em outras tarefas. A autora de diversos livros – entre eles “A inteligência artificial irá suplantar a inteligência humana?” e “Desmistificando a inteligência artificial” – Dora Kau•man exemplifica o uso da tecnologia para criação de questionários para testar a compreensão dos alunos sobre determinado tópico ou ainda gerar tarefas diferenciadas, ou seja, personalizadas ao perfil de cada estudante. Além de produzir exemplos de respostas de referência às tarefas propostas pelos docentes, gerar questionários de múltipla escolha para avaliar a compreensão dos alunos, criar plano de aula com base na realidade de cada classe e desenvolver recursos visuais como imagens, pôsteres e/ou vídeos ilustrativos dos conteúdos a serem abordados.

Revista Appai Educar Como em outros contextos envolvendo o uso de tecnologias na educação, a especialista pontua que o ChatGPT deve ser encarado como auxiliar do professor e não como um substituto. “Cabe ao educador validar os resultados gerados pela tecnologia antes de aplicá-los efetivamente, evitando, dada a aparente consistência das respostas do ChatGPT, tomá-los como precisos e verdadeiros”, explica Dora. Uso consciente da ferramenta tecnológica na educação Para exemplificar como a educação pode tirar proveito da inteligência artificial e enfrentar os desafios tecnológicos com responsabilidade e ética, o Colégio Presbiteriano Mackenzie de São Paulo adotou uma abordagem inovadora no projeto ChatGPT, eu escrevo para você. A ideia é investir no aprimoramento das habilidades linguísticas e comunicativas dos alunos e abordar temas essenciais relacionados à inteligência artificial, além de formar indivíduos conscientes e preparados para enfrentar ummundo em constante transformação.

Revista Appai Educar Idealizado pelo professor Luis Octavio Alves, a iniciativa aborda temas sobre o bem-estar dos jovens, o uso ético do chat no contexto escolar e social (incluindo o combate aos plágios e outras práticas inadequadas), a importância da privacidade de dados, a prevenção da reprodução de preconceitos nas ferramentas e a transparência no funcionamento da tecnologia. De acordo com o idealizador, para extrair o melhor das inteligências artificiais no ensino, um dos objetivos fundamentais do projeto é incentivar o aluno a aprimorar o domínio da língua portuguesa, incluindo os seus recursos expressivos e estilísticos. Esse aspecto torna-se ainda mais relevante ao considerarmos que a maioria das ferramentas que utiliza inteligência artificial é alimentada com base em textos em inglês, o que pode ocasionar erros e mal-entendidos. O colégio ressalta que é crucial que as instituições de ensino brasileiras compreendam os benefícios da tecnologia evitando cair na armadilha de negar os avanços proporcionados por essa transformação.

Revista Appai Educar É possível empreender com a ajuda do ChatGPT? Certamente os alunos do Colégio Estadual República Italiana, localizado em Porto Real, região Sul Fluminense do RJ, responderiam sim! Sabemos que há algumas décadas falar de inteligência artificial, robôs, era algo tão distante que beirava a descrença. Todavia, atualmente, o que vemos é um efetivo totalmente imerso em conhecer e usufruir, cada vez mais, dos benefícios que esses dispositivos oferecem em todas as áreas do conhecimento. Funcionando de maneira que nos faz lembrar o pensamento humano, esses algoritmos têm revolucionado a visão do mundo e dado a todos a oportunidade de ver sua vasta contribuição, especialmente na otimização do ensino e da aprendizagem.

Revista Appai Educar E como dissemos anteriormente, várias escolas têm feito uso dessas inteligências, seja para ajudar a personalizar a aprendizagemdos alunos ou na criação de atividades e recursos complementares que atendamàs necessidades e interesses das turmas, tornando o ensinomais atraente e envolvente. E é o que vem realizando o professor de Empreendedorismo e Geografia Robson Paulino da Silva, no Colégio Estadual República Italiana, através do projeto Jogos de tabuleiro, com suas turmas do Ensino Médio. Habilidades empreendedoras Com o objetivo de estimular o desenvolvimento de habilidades empreendedoras entre as turmas desse nível educacional, o professor lançou mão da gamificação, não somente pela proximidade dos educandos com essa prática, mas por ser uma atividade lúdica, educativa e eficaz para o ensino de conceitos empresariais e do empreendedorismo. “Começamos a montar o escopo do projeto pedindo uma sugestão para a inteligência artificial e no final, depois de muito debate e trabalho, praticamente não tínhamos quase nada da ideia criada pelo dispositivo, ou seja, foi somente um pontapé inicial”, revela Robson. Mas por outro lado, avalia o professor, o ChatGPT nos ajudou com subsídios para a elaboração dos jogos com conhecimentos que buscamos de forma muito fácil, o que contribuiu para manter os estudantes motivados e engajados em suas pesquisas.

Revista Appai Educar Preparando para os desafios do mercado de trabalho Em sala de aula, divididos em grupos, os alunos recebiam o desafio de criar um jogo lúdico, mas ao mesmo tempo que os levasse a ampliar seus conhecimentos sobre empreendedorismo e conceitos empresariais. Renata Vitória Graciani da Silva Sousa, da turma 2.002 do Colégio Estadual República Italiana - Integral, fala um pouco dessa experiência. “Eu achei legal fazer o jogo, meu grupo foi ótimo, todas as meninas ajudaram e deram ideias para fazer! A temática é boa, e você pode jogar com apenas no mínimo duas pessoas e no máximo quatro. Como não se precisa de tanta gente, fica ainda mais divertido, principalmente por você ficar preocupado em tirar a carta de falência da sua empresa”, exemplifica Renata. É o que garante a aluna Manuela Lima da Silva, da turma 2.002, integral. “Bom, eu particularmente achei gratificante o fato do nosso grupo ter concluído esse trabalho, mesmo com ideias que eram simples, até meio rasas, mas que acabaram se tornando incríveis na construção, execução e finalização do nosso jogo. Foi muito boa a participação, auxiliou muito no desenvolvimento, e eu falo por todas nós, adoramos criar do zero esse jogo”, comemora a aluna empreendedora.

Revista Appai Educar Na dinâmica do jogo, cada firma criada pelos grupos de alunos têm um capital representativo. E à medida que o jogo se inicia, ao rodar a roleta, os estudantes vão lançando mão dos cards, que podem apresentar algumas surpresas em seus direcionamentos, como por exemplo: pagamento da folha dos funcionários; o impacto do aumento do dólar nas Inteligência artificial e a experiência de aprendizagem integrada finanças da empresa; necessidade de investimentos tecnológicos e de empréstimo ou a tão esperada figurinha comemorativa “aumento das vendas”. Para os alunos, rodar a roleta para ver se vai cair algo bom ou ruim é muito mais que diversão. “Espero que as pessoas também achem legal o nosso jogo”, sinaliza Renata torcendo para que pinte um investidor para o negócio de seu grupo. Um outro ponto muito discutido entre a comunidade escolar foi entender como a Inteligência Artificial pode ser utilizada para melhorar a experiência de aprendizagem. Para o desenvolvedor do projeto, Robson Paulino, à medida que as etapas do projeto eram realizadas ficava mais claro entender a participação dos algoritmos como um apoio a mais no aprimoramento e expansão desse ensino. “A tecnologia serviu como uma ferramenta de busca e síntese de informações, sobretudo na área de empreendedorismo”, ressalta. Todavia, quando se fala de habilidades necessárias para seguir adiante, não tem como deixar de fora a inteligência artificial. Mas como trabalhar essa realidade hoje com os alunos? Na opinião do professor Robson, uma das principais ferramentas de qualificação para esse futuro é o conhecimento e o direcionamento por parte dos educadores no aperfeiçoamento do domínio da informática.

Revista Appai Educar “A inteligência artificial e a internet não são os problemas, a questão está em como os estudantes estão utilizando essas ferramentas e dispositivos, quase sempre sem o direcionamento do mediador. E aí configura-se um dos papéis do professor. Orientar esse aluno para um uso correto, produtivo, podendo contar com a tecnologia. Inúmeras pessoas têm se tornado profissionais incríveis, cada dia melhores, graças ao que a internet oferece. Só precisamos trilhar o caminho correto”, destaca o professor Robson Paulino. Inteligência artificial e seu potencial revolucionador Para Regina Silva, diretora pedagógica da Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, esses recursos evidenciam um enorme potencial para revolucionar a educação. Todavia, isso não anula os desafios presentes e futuros. “Com a recente popularização de tecnologias de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, além de outras, o debate sobre assuntos associados ao uso dessas ferramentas vem à tona em diferentes esferas e contextos. Podemos dizer que essas inovações apresentam um enorme potencial para revolucionar a educação, permitindo a personalização e a adaptação às necessidades individuais de cada aluno, além de auxiliar os professores em suas práticas pedagógicas. No entanto, a inserção da inteligência artificial na educação também enfrenta desafios que precisam ser superados para que esses potenciais sejam plenamente realizados”, alerta Regina.

Revista Appai Educar Quando se trata de desafios, independente da área, eles serão sempre uma etapa a ser vencida. Na educação certamente não é diferente. Um dos exemplos apontados pela diretora pedagógica refere-se à adaptação dos currículos e às práticas pedagógicas para incluir a inteligência artificial como uma ferramenta de ensino, quebrando paradigmas e desmistificando preconceitos que ainda existem em relação à tecnologia na educação. “É importante garantir que ela seja utilizada de forma ética e responsável na educação, respeitando os direitos dos alunos e protegendo a privacidade dos dados pessoais. Nesse sentido, é fundamental fornecer aos professores a formação e a competência necessárias para o uso dessas ferramentas de maneira eficaz e responsável”, conclui Regina Silva. Na edição de junho da Revista Appai Educar, em entrevista exclusiva, Regina Silva abordará as oportunidades proporcionadas pela inteligência artificial para o aprimoramento da educação, além de compartilhar estratégias para os professores se prepararem para a integração dessa tecnologia em sala de aula e identificar áreas de melhoria. Além de insights valiosos sobre como essas ferramentas podem ser utilizadas como aliadas na busca por uma educação mais eficiente e personalizada.

Revista Appai Educar Para complementar ainda mais, veja o que a Appai preparou para você! Fontes: Guia Definitivo da Gestão Escolar 2023 da Árvore, Porvir e Assessoria de Imprensa Instituto Presbiteriano. Colégio Estadual República Italiana, Porto Real, região Sul Fluminense do RJ Projeto: Jogo de tabuleiro educacional Professor: Robson Paulino da Silva Regina Silva, diretora pedagógica da Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação Se você é associado da Appai e quer potencializar as suas formas de ensino, conheça o Curso EAD Appai: ChatGPT e aplicações para a educação. Ministrado por Renata Capovilla, o intuito do curso é fazer com que você seja capaz de reconhecer como funciona a inteligência artificial. Além de compreender a relação entre o ChatGPT e a educação, diferençar um chatbot do ChatGPT, identificar como utilizar a ferramenta com aplicações para o ensino e identificar a importância de fazer boas perguntas para o melhor funcionamento da ferramenta. O curso está disponível na plataforma EAD, para você fazer quando e onde quiser!

Revista Appai Educar DO MUSEU PARA A SALA DE AULA CALENDÁRIO POR JÉSSICA ALMEIDA Em homenagem ao Dia Internacional dos Museus trouxemos uma seleção especial com curiosidades, dicas de espaços culturais e como trabalhar o tema em sala de aula!

Revista Appai Educar Você sabia que boa parte dos melhores museus da América Latina fica em território brasileiro? A cidade de São Paulo é o lugar com a maior quantidade de museus visitados por turistas anualmente, e no Rio de Janeiro temos um dos mais importantes em termos de História do Brasil. Em homenagem ao Dia Internacional dos Museus, comemorado no dia 18 de maio, fizemos uma seleção especial com curiosidades, dicas de espaços culturais e como trabalhar o tema em sala de aula. Confira!

Museu Imperial, Petrópolis - RJ Revista Appai Educar O principal museu do Brasil e da América Latina é o icônico Masp, localizado em São Paulo. Em 1968, ele passou para a sede atual, na Avenida Paulista, numa área de 5 mil metros quadrados com um vão livre em concreto de extensão por 8 metros de altura (o maior das Américas). O projeto é da arquiteta Lina Bo Bardi, que fez o vão para que a vista da cidade não fosse perdida. O acervo do museu possui cerca de 5.300 obras, de peças arqueológicas até a arte moderna do século XX. Se você não é de São Paulo, faça um tour virtual gratuito pelo museu. Para saber como, acesse a matéria exclusiva que fizemos sobre o assunto. Localizado em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, o Museu Imperial fica no antigo palácio do imperador Dom Pedro II e representa uma das arquiteturas mais bem preservadas da época imperial. Lá é possível se sentir como um Imperador e você pode conferir de perto objetos importantes da nossa história, como as coroas de Dom Pedro II e Dom Pedro I, o trono usado pelo imperador, muitas joias e objetos pessoais e ainda fazer um passeio pelo jardim do palácio.

Revista Appai Educar Também no Rio de Janeiro está localizado um dos mais importantes em termos de História do Brasil. O Museu Histórico Nacional reúne um acervo commais de 300 mil itens arquivísticos, bibliográficos e museológicos. Em 9.000 mŸ de área aberta ao público, a instituição engloba galerias de exposições de longa duração e temporárias, loja de souvenirs e publicações, uma biblioteca especializada emHistória do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda, além do Arquivo Histórico, com importantes documentos manuscritos, aquarelas, ilustrações e fotografias. Museu Histórico Nacional , Centro - RJ

Revista Appai Educar A Appai leva você a lugares incríveis Se você é associado da Appai, confira a programação completa do benefício Passeio Cultural e veja os roteiros disponíveis para inscrição no Portal do Associado. São mais de 20 opções exclusivas para proporcionar acesso a cultura, lazer e bem-estar. Além disso, aqui na Revista Appai Educar você encontra uma editoria chamada Guia Histórico. Por lá, você confere dicas de espaços culturais para levar os alunos ou visitar e apresentar o conteúdo em sala de aula. São opções para todos os gostos e idades em lugares espalhados por diversas regiões do Rio de Janeiro. E por falar em sala de aula... A história e a teoria, desde cedo e de forma simples, entram no cotidiano ao mostrar reproduções de obras, e o professor pode contribuir para a ampliação do repertório visual dos alunos, além de discutir problemas e soluções colocados pelos artistas dentro dos seus contextos. Dessa forma, a visita a ummuseu pode ser um complemento ao trabalho desenvolvido em sala de aula. E para criar e ampliar o repertório de diálogos nesse

Revista Appai Educar ambiente, uma ótima opção são as exposições de arte. Seja em um museu, centro cultural ou local de entretenimento, o importante é tornar o espaço um centro de pesquisa, sem esquecer que a introdução desse estudo deve acontecer no interior da escola. Em sala de aula, o professor pode propor experiências e ações criativas, sugerir que seus alunos pintem, desenhem, façam esculturas ou instalações. Arte em todo lugar Vamos relembrar projetos de arte publicados na Revista Appai Educar? O primeiro é o da professora Thaís Barbosa com as turmas dos ensinos Fundamental e Médio em quatro escolas da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. A ideia foi fazer com que os alunos compreendessem a importância da arte e de que a disciplina vai muito além da sala de aula. Para isso, as turmas realizaram um estudo e fizeram releituras de trabalhos de diversos nomes, entre eles aartista plástica brasileira Beatriz Milhazes. Baseados em suas obras, os alunos produziram recortes e colagens utilizando forminha de docinho, guardanapo e retalhos de papel. Para conhecer mais sobre o projeto, leia a matéria completa.

Revista Appai Educar Leituras e releituras Tarsila do Amaral, Ivan Cruz, Heitor dos Prazeres, Romero Britto… Com certeza você já ouviu falar em algum desses nomes. Mas como usá-los em sala de aula, contextualizando as realidades dos alunos dentro das obras de arte desses pintores? Foi isso que a Creche Municipal Nação Mangueirense, localizada na comunidade da Mangueira, na Zona Norte do Rio, fez! O projeto buscou priorizar a cultura aliada à educação, como uma ferramenta potencializadora de construção de conhecimentos, saberes, pertencimento e cidadania. Para conhecer melhor o projeto, acesse a matéria completa.

Revista Appai Educar Envie seu projeto para a gente! Para conhecer outras atividades ligadas ao tema ou demais disciplinas, acesse a página da revista no site da Appai. E não esqueça de enviar o seu projeto para a nossa equipe através do e-mail redacao@appai.org.br. Vamos adorar conhecer seu trabalho e quem sabe divulgar nas próximas edições da revista. Fotos: Banco de imagens gratuitas do Freepik e Pexels. Fontes: Museu Histórico Nacional e Museu de Ciência e Tecnologia.

Revista Appai Educar GAMIFICAÇÃO EM PROL DE HÁBITOS SAUDÁVEIS SAÚDE BUCAL POR ANTÔNIA FIGUEIREDO

Revista Appai Educar Antes mesmo de aparecerem os primeiros dentinhos nas crianças, já existe por parte dos pais e responsáveis uma preocupação quanto à saúde bucal desses pequenos. Isso porque se trata de um aspecto essencial para o bem-estar das pessoas em todas as áreas de suas vidas, e que não deve ser visto como algo isolado da saúde geral. Na educação, os significativos impactos da inserção desse tema transversal vão muito além daquilo que muitas vezes imaginamos.

Revista Appai Educar É o que diz a dentista Vanessa Reis, idealizadora de um jogo digital de gamificação para ser usado no Programa Saúde na Escola. A aplicação desse recurso teve início no Colégio Municipal do Formoso e na Creche Municipal do Sossego, ambos localizados no município de Rio das Flores, interior do estado do Rio. “O ponto central do projeto é desenvolver a promoção e prevenção de saúde bucal de maneira lúdica e melhorar a qualidade de vida dos escolares”, explica Vanessa. De acordo com a dentista, os objetivos vão para além de ensinar os alunos sobre a importância da escovação adequada e do uso do fio dental. “Dentro desse projeto, a ideia é que eles também tornem-se mais conscientes, por exemplo, sobre os alimentos que são prejudiciais para a saúde bucal e a importância da visita regular ao dentista. Essas iniciativas podem ajudar a prevenir problemas dentários e melhorar a qualidade de vida dos alunos, reduzindo a dor, desconforto e absenteísmo escolar”, frisa Vanessa.

Revista Appai Educar A tecnologia tornou-se UMA ALIADA à saúde bucal Percebendo a evolução do uso das metodologias acerca do ensino e aprendizagem dos educandos, Vanessa adaptou o projeto às necessidades dos alunos. A mudança para um jogo digital, ressalta a dentista, foi fundamental para aumentar o envolvimento das turmas, bem como incentivar a leitura e interpretação de textos, uma vez que o projeto teve início de forma analógica com a gamificação sendo realizada através de um jogo de tabuleiro. “Essa transição é um exemplo de como a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para engajar os alunos e tornar a aprendizagemmais interessante e interativa”, garante.

Revista Appai Educar Um outro fator favorável da gamificacação, segundo Vanessa Reis, foi que com o jogo digital os alunos passaram a ter a oportunidade de jogar em casa com seus familiares, além de gerar ummaior envolvimento e aproximação das famílias com a escola em prol da promoção da saúde bucal e conscientização acerca desses cuidados com os dentes. Uma outra iniciativa que também rendeu frutos interdisciplinares foi a mentoria ministrada para os professores da escola. “Ao aprenderem sobre as etapas do jogo, os demais docentes tinham um conteúdo a mais para trabalharem junto aos alunos de maneira interdisciplinar”. Especialistas da área ressaltam que é importante lembrar que projetos como esse podem ter um impacto positivo e duradouro na saúde e bem-estar dos alunos. “Ao fornecer a eles as ferramentas e recursos necessários para cuidar de seus dentes e gengivas, além de mais saúde e bem-estar, promove-se um ambiente escolar mais saudável e feliz”, completa.

Revista Appai Educar A saúde bucal é essencial para a educação dos alunos por várias razões: Melhora o bem-estar: Quando os alunos têm boa saúde bucal, eles se sentemmais confortáveis e confiantes em participar das atividades escolares e em interagir com os colegas. Isso pode levar a um aumento do bem-estar e da autoestima dos estudantes. Reduz o absenteísmo: A dor de dente e outras doenças bucais podem resultar em falta às aulas, o que pode levar a um baixo desempenho escolar. Com uma boa saúde bucal, os alunos têmmenos chance de deixar de ir à escola devido a problemas dentários. Prevenção de doenças: A saúde bucal adequada também pode ajudar a prevenir doenças dentárias e gerais, como cárie, gengivite e outras condições que podem afetar a saúde como um todo e a qualidade de vida dos alunos. Promoção de hábitos saudáveis: Um projeto de saúde bucal pode ajudar a promover hábitos saudáveis, como escovação adequada, uso do fio dental e alimentação salutares, que podem ter um impacto positivo na saúde geral dos estudantes. Conscientização sobre saúde: Ao aprender sobre a importância da saúde bucal, os alunos também podem desenvolver uma maior conscientização sobre sua saúde geral e a importância de cuidar bem de si mesmos. Com intuito de ajudar a disseminar a promoção da saúde nas escolas, o Programa Saúde 10 da Appai também tem um canal aberto para as instituições que tiverem interesse em receber uma equipe multidisciplinar, visando a prevenção da saúde dos educandos. Basta entrar no site e buscar mais informações. Vanessa Reis é cirurgiã dentista atuante na saúde da família e comunidade, especialista em ortodontia, mestranda em ensino das ciências da saúde e meio ambiente, professora universitária da Unifaa. Fotos cedidas pela dentista Vanessa Reis.

Revista Appai Educar PASSEIO PÚBLICO GUIA HISTÓRICO POR JÉSSICA ALMEIDA Localizado no centro histórico do Rio, o parque abriga variadas espécies da flora nacional e obras de um importante artista brasileiro Foto: Passeio Público do Rio de Janeiro

Revista Appai Educar Você sabe qual foi o primeiro parque com jardim do Brasil, criado por um dos maiores artistas do período colonial brasileiro? Estamos falando do Passeio Público, localizado no centro histórico do Rio de Janeiro, entre a Lapa e a Cinelândia. Inaugurado em 1785, foi um importante ponto de encontro e lazer da população carioca. Por lá, é possível encontrar variadas espécies da flora nacional e obras de arte confeccionadas pelo idealizador do parque, o Mestre Valentim, como chafarizes, esculturas e pirâmides.

Revista Appai Educar Na época, ter um parque público numa cidade era sinônimo de bom gosto e luxo. No caso do jardim carioca, ele é diretamente inspirado no do Palácio Real de Queluz, em Lisboa. Em geral, eles são formados de canteiros e aleias ordenados de forma extremamente simétrica. Já a sua decoração é composta de obras escultóricas e arquitetônicas, representando símbolos antigos ou da natureza. São mais de 30 mil m² habitados por espécies vegetais variadas e por algumas animais. O parque possui mais de 90 exemplares de grande porte, como mangueiras, goiabeiras, figueiras, pitangueiras, bambus, coqueiros, bromélias, baobás, gameleiras, jequitibá, ipê-roxo, perobeira, palmeira imperial, uma grande amendoeira e até pau-brasil. Já a fauna é composta por aves que frequentemente pousam nas

Revista Appai Educar Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural. árvores e nos jardins, como rolinhas, sabiás, bem-te-vis, saíras-amarelas, garças e beija-flores. A Appai, através do benefício Passeio Cultural, oferece o roteiro “Quando o Rio era Paris”, que explora o Passeio Público, assim como outros pontos do entorno. Entre eles a Praça Mahatma Gandhi, a Academia Brasileira de Letras, o Palácio Gustavo Capanema, o Museu Nacional de Belas Artes, o Palácio Pedro Ernesto e a Biblioteca Nacional. Para mais informações e inscrições, acesse o Portal do Associado. Foto: Chafariz do Jacaré

Revista Appai Educar diretos e outros 110 mil indiretos ao longo das etapas do processo. Outro impacto positivo da atividade está relacionado ao aumento da vida útil dos aterros sanitários. Quando esse material deixa de ser enviado para esses locais, os municípios reduzem os gastos com o serviço e o espaço ocupado, resultando em ganhos financeiros, sociais e ambientais. Os eletrônicos são equipamentos que possuem centenas de diferentes substâncias em sua composição, algumas delas com potencial de periculosidade, podendo causar danos à saúde e ao meio ambiente. Por isso a reciclagem deste segmento precisa ser pautada na transparência e na rastreabilidade dos processos. Entre os materiais que podem ser resgatados estão plásticos, ferro, vidro e metais. “Ao recuperar esses recursos na reciclagem, evitamos a necessidade de extrair matéria-prima virgem da natureza”, comenta. REGULAMENTAÇÃO Atualmente a responsabilidade ambiental das empresas de reciclagem de material eletrônico não termina ao contratar uma gerenciadora de resíduos. Caso haja algum dano ambiental, ambas responderão juntas. Isso também vale para equipamentos que possuem armazenamento de da- *Luiz André Ferreira é Professor e Mestre em Projetos Socioambientais dos. “As empresas precisam garantir a destruição evitando qualquer vazamento de informações sensíveis”. PAPEL DO CONSUMIDOR Esse é um importante ator nesse processo. Alémde fazer o descarte correto, deve valorizar produtos mais duráveis, buscar marcas que prestam bons serviços de reparo e frear o consumo. Esses são passos fundamentais para se construir a economia circular e possibilitar ummundomelhor. Nós, como professores, podemos repassar essas informações à comunidade escolar. Muitos colégios, inclusive, podem ser usados como pontos de coleta de eletrônicos pós- -uso em suas comunidades e ainda aplicar o dinheiro ganho com essa atividade para melhorias das próprias instituições. Fica a dica! Obs.: Toda a informação contida no artigo é de responsabilidade do autor.

Revista Appai Educar COLUNA SOCIOAMBIENTAL POR LUIZ ANDRÉ FERREIRA* RECICLAGEM DE ELETRÔNICOS Transforme seu lixo eletrônico em tesouro: descubra as vantagens da reciclagem e faça a diferença para o meio ambiente. A reciclagemde eletrônicos pode render R$ 800milhões por ano e gerar mais de 40mil empregos diretos, além reduzir o impacto ambiental. Por outro lado, há os riscos que não vemos: os dados que são jogados foram junto comos aparelhos descartados e que podemcair emmãos erradas. Emépoca de aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, e do aumento de fraudes e golpes virtuais, o descarte equivocado de informações digitais pode resultar emprejuízos e emdor de cabeça. E no quesito descarte o Brasil está no top 5. Só perdemos para China, Estados Unidos, Índia e Japão emgeração de detritos. Os recursos financeiros provenientes do reaproveitamento poderiamengrossar a renda brasileira, mas é umdinheiro que está sendo literalmente jogado no lixo. Para se ter uma ideia, a estimativa é que somente 3% são reciclados. Segundo levantamento da ONU, feito em2019, o brasileiro joga fora 2milhões de toneladas de eletrônicos por ano. “O foco da reciclagem é dar um novo destino e utilização a materiais que tradicionalmente ganham os aterros e lixões, fazendo com que permaneçammais tempo em atividade, um dos preceitos da economia circular”, aponta Edson Grandisoli, coordenador do Movimento Circular. Lembrando que somente esses 3% que reaproveitamos equivalem a 60 milhões de quilos. E cada um deles gera entre R$ 0,40 e R$ 4,00, dependendo do resíduo resgatado. “Sendo assim, a reciclagemmovimenta hoje no Brasil em torno de R$ 24 a R$ 240 milhões. Se todo o lixo fosse reciclado, poderíamos chegar a uma cifra de, no mínimo, R$ 800 milhões até R$ 8 bilhões”, contabiliza Grandisoli. Estima-se que, se o Brasil reaproveitasse todos os eletrônicos desperdiçados, poderia gerar 42 mil empregos

Revista Appai Educar PPAS POR ANTÔNIA FIGUEIREDO PÁSCOA SOLIDÁRIA Alguémfalou coelhinho, chocolate... Sim! Esse ano o Coelhinho da Páscoa Solidária adoçou o imaginário das crianças da instituição “SimEu Sou doMeio”, que foramcontempladas coma Páscoa Educativa Appai, que, alémda doação de 200 caixas de bombons, tambémpresenteou os pequenos com 200 livros de literatura infantil, fazendo do 8 de abril, data da realização do evento, umdia que ficará namemória para sempre. Atuando desde 2018, comcrianças a partir de 3 anos, adolescentes, jovens emulheres, a instituição “SimEu Sou doMeio” desenvolve atividades educacionais, esportivas, culturais e de inclusão social produtiva para geração de renda. Desde 2019 integrando o ProjetoNutrindo, a entidade recebe cerca de 360 latas de leite por cada doação realizada através do PPAS, reforçando, dessamaneira, o compromisso da Appai coma segurança alimentar e educação das nossas crianças.

Revista Appai Educar Ações Sociais: Cestas básicas: Um gesto de amor Parafraseando o nosso queridoBetinho, “quemtemfome tem pressa”. Dando continuidade às doaçõesmensais de alimentação básica, as instituições abaixo receberamsuas cestas personalizadas de acordo coma necessidade de cada entidade. Cestas doadas Momento Criança Como é bom recordar os bons momentos da infância! E para contribuir comessa boamemória, uma parceria como Bom Espetáculo onde foram realizadas pela Appai mais de 60 videochamadas para as crianças internadas no Hemorio e instituições cadastradas no Projeto Nutrindo, nummovimento que encheu o coração desses pequenos de alegria e esperança. DISQUE DENÚNCIA 66 CESTAS SAPE 30 CESTAS INCA 100 CESTAS HEMORIO 14 CRIANÇAS (LIGAÇÕES) INSTITUIÇÕES DO PROJETO NUTRINDO: 52 CRIANÇAS (LIGAÇÕES) VIDEOCHAMADAS

Revista Appai Educar Nutrindo No mês de abril o Projeto Nutrindo arrecadou e doou cerca de 15.065 latas de leite, oriundas do benefício Caminhadas e Corridas nos eventos Corrida WTR, Corrida Fic Run, Circuito Endorfina e Circuito RJ. Ao todo foram 53 instituições favorecidas: ACAM AMAAB Amac Amuig Associação Beneficente de Combate ao Câncer - Rio Abrace Associação Cine & Rock Associação União e Paz Betel CAAAIDS - Centro de Atenção e Atendimento à Aids Casa da Mãe Pobre - Instituição Maria de Nazareth Casa de apoio à criança com Câncer Casa de Recuperação Valentes de Davi Casa São Francisco de Assis Centro Comunitário Parque Unidos do Acari Centro Espírita Casa de Jesus Centro Social Caminhos do Bem CIACA Comitê Mulheres Virtuosas Creche Alegria das Crianças Creche Amanhecer Creche Cantagalo Creche Iracema Garcia Creche Mães trabalhadoras Creche Nosso Ninho - Fraternidade Assistencial Cristã Creche Pingo de Gente Creche Sossego da Mamãe Creche Tia Anastácia Creche Vitória Régia Cruzada do Menor - Emilien Lacay Deus Cuida de Mim Disque Denúncia Femucoop Fraternidade na Rua Gem Paz Grupo Nosso Ritmo Hemorio INACRE INCA Instituto Lar do Sonhos Lar de Frei Luiz Movimento de Mulheres de Apoio Humanitário Movimento de Mulheres do Parque Horácio ONG ALFA Projeto Pérolas Projeto Recriando Raízes Projeto Semeando Amanhã Projeto Social Escola Bíblica da Tia Lídia Resgatando Vidas Rio Solidário Saúde Criança Ilha Sim Eu Sou do Meio Sociedade Bíblica do Brasil União deMulheres ProMelhoramento da Roupa Suja

Revista Appai Educar Destaque do mês de ABRIL - Páscoa solidária

Revista Appai Educar Professor, quer ver seu projeto pedagógico publicado na Revista Appai Educar? Envie um e-mail para redacao@appai.org.br e nos conte sua metodologia. Estamos ansiosos pelo seu material! Clique aqui e envie

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