Foto: Marcia Costa/Seeduc-RJ
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Revista Appai Educar
Orientação Pedagógica
EJA
Garantindo a todos o direito à educação
A
lfabetizar não se resume a ensinar a ler e escrever. É muito mais do que isso,
pois possibilita que o aluno se desenvolva como ser humano, ficando integrado
no mundo, independentemente da idade. Ensinar e aprender são práticas que
envolvem um processo coletivo de troca de experiências e ideias, por isso a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um programa que demonstra não só na teoria, mas
também na prática, que é possível mudar os rumos sociais através da educação.
A EJA no Brasil sempre foi marcada por movimentos ou iniciativas individuais de gru-
pos, órgãos públicos e privados ou pesquisadores decididos a enfrentar o problema da
existência de uma grande parcela da população que não teve a oportunidade de frequentar
a escola regular. Compreende-se por EJA também o que chamamos de aprendizagem ao
longo da vida, no contexto da educação continuada, no sentido de garantir o direito de
todos à educação.
Em uma entrevista exclusiva à redação da Revista Appai Educar, Jaqueline Luzia da
Silva (Professora Adjunta da Faculdade de Educação/Uerj), que participou da organização
do livro “Educação de jovens e adultos – Reflexões a partir da prática”, editado pela Wak
Editora, nos esclarece uma série de dúvidas sobre a EJA.
A Educação de Jovens e Adultos hoje é praticada dentro dos sistemas de ensino (nos
espaços formais de educação, nas escolas). Mas também acontece em estâncias não
escolares (educação não formal ou informal). Assim, as redes de ensino têm investido
no acesso à EJA de forma coerente com essas especificidades, diferenciando-a do ensino