Por Priscila Ramalho

Reunião de início do ano letivo, de montagem de grade curricular, de organização da festa junina, de entrega de notas, de conselho de classe. Ao contrário do que muita gente pensa, a escola não é diferente de qualquer empresa, onde os eventos, as grandes decisões e mesmo os detalhes cotidianos de funcionamento são planejados em conjunto. Por isto, as reuniões se tornaram parte da rotina de educadores. E, com elas, surge um desafio: evitar que esses encontros se transformem em discussões enfadonhas, animadas por bocejos mal disfarçados, com resultados pouco significativos. “Quando as conversas são pouco produtivas, todos saem com aquela sensação de tempo perdido, conseqüência de longos minutos – quando não horas – desinteressantes”, analisa Adriana Tavares, consultora pedagógica. Alguns cuidados simples, porém, podem evitar que você desperdice o seu tempo e o dos colegas.

A primeira providência é identificar o motivo do desinteresse. Para Fernando Henrique da Silveira Neto, consultor do Instituto MVC – Estratégia e Humanismo, uma das principais causadoras desta apatia é a falta de organização. Nada que um bom planejamento não resolva. Basta estabelecer uma pauta prévia e definir bem os objetivos para aumentar as chances de que a experiência seja produtiva. “Só assim é possível identificar os resultados esperados e elaborar formas de alcançá-los”, explica Silveira.

A maneira como o assunto vai ser apresentado também é muito importante para conquistar o interesse do grupo. Por isto, a dica dos especialistas é deixar de lado o velho esquema “um fala, os outros ouvem” e procurar meios de tornar a conversa mais estimulante. Há uma série de possibilidades: oficinas, recursos audiovisuais, painéis, debates e – por que não? – brincadeiras.

Na Escola Estadual Hilda Teodoro, em Florianópolis, a atuação do Conselho de Segurança melhorou muito depois de uma reunião que, a princípio, ninguém levou a sério. Para incentivar a integração do grupo, a direção criou um quebra-cabeça gigante. Cada membro escolhia uma peça e nela representava com desenhos sua contribuição para a segurança no colégio. “Com o mosaico completo, ficou fácil ver a força de todas aquelas pessoas juntas”, explica a diretora, Eliane Maria Fauth.

 

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