Ok, você já está com tudo bem organizado na cabeça: objetivos, pauta e estrutura da reunião. A questão, agora, é saber como se virar na “hora H”. E se surgir um imprevisto? E se ninguém se interessar pelo que você está falando?

Para a psicóloga Isa Stoeber, uma das autoras do livro Reunião de Pais: Sofrimento ou Prazer?, o mediador deve ter flexibilidade e sensibilidade para mudar a dinâmica de acordo com as questões propostas pelos convidados. “Eles sempre trazem aspectos importantes e inesperados e, por isto, é importante ouvi-los”, diz.

Isa também enfatiza a importância de incentivar a participação, criando um clima descontraído que encoraje e transmita segurança. Para isto, basta prestar atenção em alguns pequenos detalhes, como mostra a educadora potiguar Maria da Graça Pereira de Souza. Desde que assumiu a direção da Escola Estadual Dr. Antônio de Souza, em Parnamirim (RN), ela definiu como objetivo ampliar o envolvimento de pais, professores e funcionários nas questões internas do colégio. Para ganhar a simpatia, passou a oferecer chá e bolo nas reuniões. No Dia dos Pais e no das Mães, preparou um grande café da manhã. “É importante tratá-los com carinho”.

Graça acredita que a transparência é outro ponto fundamental para conquistar a confiança da comunidade. Nos encontros – que planeja com, pelo menos, uma semana de antecedência –, ela usa gráficos para mostrar o rendimento escolar dos alunos e um retroprojetor para apresentar as contas da escola. “Eles respeitam mais quando vêem que o trabalho é sério”, afirma. Hoje, a diretora chega a reunir 300 pessoas numa roda de discussão. “Todos estão cada vez mais interessados e viraram meus maiores parceiros”.

Matéria extraída da Revista Nova Escola,
no. 135, de setembro de 2000

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