Se perguntarmos a qualquer pessoa o que é mais importante na vida, a resposta imediata será uma só: saúde. E prevenção é a palavra-chave para se ter uma vida saudável. Por isto, é importante estarmos atentos aos hábitos que temos e aos que são recomendáveis para nos assegurar qualidade de vida. Afinal, saúde é um direito de todos.

O Ministério da Saúde, através de campanhas de massa e conscientização, atua como grande propagador de informações acerca da prevenção contra doenças e do alerta quanto a comportamentos de risco, sintomas e formas de cura de doenças. Males como Aids, gripe e  sarampo são alvos constantes destas campanhas. E, graças a elas, muita gente que não tem acesso amplo à informação vem sendo esclarecida.

A preocupação do governo com o número cada vez maior de casos de Aids no Brasil faz com que o Ministério da Saúde lance, ano após ano, campanhas voltadas para jovens e adultos. Só em 1999, foram divulgadas seis delas nas rádios e na Tv. Duas estimulavam o diálogo em casa acerca da prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, Aids e gravidez na adolescência. As outras, estreladas por artistas como Regina Casé, Luana Piovani e Rodrigo Santoro, incentivavam o uso da camisinha, alertando os telespectadores sobre a importância de sua utilização para haver sexo seguro. Neste ano, a campanha foi promovida durante o Carnaval, enfocando casos de Aids em mulheres.

Os boletins epidemiológicos disponibilizados pelo ministério revelam dados alarmantes que justificam o porquê da preocupação com a Aids. Até novembro de 1999, foram registrados 179.541 casos. Do total, 135.017 portadores da doença são homens e 44.066, mulheres. O número de óbitos foi de 91.007, o equivalente a 50,7% do total de notificações. Os doentes restantes mantêm-se à custa de coquetéis (conjunto de medicamentos utilizados durante os diferentes ciclos do vírus) distribuídos gratuitamente pelo Governo.

Para que a incidência da doença diminua, é importante que cada um faça a sua parte , ciente de que a prática do sexo deve estar associada à utilização da camisinha, masculina ou feminina, e ao não-compartilhamento de agulhas e seringas. Mães portadoras do HIV devem evitar a transmissão do vírus para os filhos, utilizando o AZT (coquetel de medicamentos) durante a gravidez, pois reduz em até 67% o risco de infecção, e administrando a droga ao recém-nascido, por um período de seis semanas. A transmissão pelo leite materno pode ser evitada pela utilização do leite humano processado em bancos de leite.

A gripe é outra doença que inspira cuidados, pois o vírus é contagioso, transmissível. A forma mais comum de contágio é por gotículas presentes no ar, que passam de uma pessoa para a outra. Mas mesmo um aperto de mão ou toque em maçanetas e corrimões pode passar o vírus adiante. Por isto, uma das formas de se evitar a infecção é lavar as mãos com freqüência. E a vacinação é também indicada.

 

 

Produzida com fragmentos de vírus mortos, a vacina antigripe começa a agir quinze dias após a aplicação. Caso a pessoa fique gripada dias depois de ser vacinada, isto significa que já estava com a doença incubada antes de receber a dose da vacina, ou foi acometida por um outro tipo de vírus causador da gripe.

Na verdade, a vacina não evita a doença, ameniza as complicações decorrentes do contágio, garantindo proteção de 50% a 70% à pessoa imunizada. A vacinação acarreta uma diminuição significativa de complicações, tais como as de ordem respiratória, evitando, em 35% dos casos, a internação hospitalar e reduzindo a procura por serviços médicos. No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas são vacinadas anualmente contra  a gripe.

Como a gripe provoca reações mais severas em idosos, o Ministério da Saúde realiza, anualmente, durante o outono, campanhas de vacinação contra a gripe,  voltadas para pessoas com mais de 60 anos. A campanha não se estende a outras faixas etárias pois não existem estudos que confirmem que a vacina reduz os efeitos da doença em crianças e jovens.

     O sarampo também é uma preocupação do Ministério, por ser uma doença letal. Entretanto, a erradicação dele poderá vir a ser uma realidade. De janeiro até junho deste ano, o Brasil teve apenas 32 casos confirmados. No mesmo período do ano passado, foram registrados 319 casos, o que representa uma redução de 91,5%. Diante destes percentuais animadores, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, acredita que, este ano, com o apoio das secretarias estaduais e municipais de Saúde, a erradicação da doença será possível, o que se constituirá em grande vitória da saúde pública brasileira. No último dia 17 de junho, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomelite, com o slogan “Para que seu Filho Continue a Pintar o Sete”. Foram distribuídas mais de 34 milhões de doses no país. A Funasa estima que, aproximadamente, 17,9 milhões de crianças foram vacinadas contra o sarampo. Agora, resta torcer para que não haja mais registros de casos da doença no país.

É importante lembrar que não existe remédio que cure o sarampo. Os cuidados após contágio ficam por conta do uso de antitérmicos e da ingestão de grande quantidade de líquidos. Também é preciso evitar bebidas geladas e qualquer variação de temperatura, porque o sarampo torna o organismo mais vulnerável ao aparecimento de outras doenças. A prevenção da doença fica por conta das vacinas, aplicadas em crianças menores de cinco anos.

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