REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 149

Revista Appai Educar A superproteção de uma criança Os adultos pensamcomcerta praticidade e emmuitos momentos antecipamos processos de aprendizagem dos pequenos. Para a especialista, sendo feito dessamaneira, não há um favorecimento para a criança quanto à possibilidade de constituir-se como sujeito autor de sua própria história. “Assim, não deixamos que ela decida como deve agir emdeterminadas situações. Promove-se com isso uma dependência que, conforme as exigências da sociedade, vão se tornando mais complexas, gerando dificuldades para a resolução de problemas. Dessa forma, cada vez mais o adulto vai se ocupando em resolver as questões que de umamaneira evolutiva deveriam ser resolvidas pela criança em seu tempo”, destaca Cristiane. Ela explica ainda que essa relação de impotência fica caracterizada pelos pequenos como inabilidade social e, com isso, a interação vai se tornando cada vez mais fragilizada. “A criança não consegue então se relacionar no seu meio social, escola, parque, casa, de uma maneira satisfatória dentro de seus parâmetros de eficiência. A superproteção pode, então, contribuir para o estado de ansiedade pela impossibilidade na ação”, afirma.

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