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Revista Appai Educar
Projeto amplia a visão dos alunos
acerca da realidade do mercado
de trabalho
Orientação Vocacional
Decidindo
o futuro sem
depender da
sorte
“Q
uero fazer engenharia, me dou bem
com cálculos!”, “Eu gosto de animais,
quero ser veterinária!”, “E eu quero ser
diretor de cinema!”, dizem os estudan-
tes à flor da pele prestes a concluir o ciclo acadêmico. Um
dos momentos mais importantes para os jovens do Ensino
Médio é exatamente o término colegial. O aluno encerra
suas obrigações escolares, e agora é hora de pensar no
futuro. Porém, a escolha da graduação nem sempre é tão
simples quanto parece. No atual mundo do trabalho, existe
uma grande variedade de profissões, o que torna a opção
pela carreira a seguir um processo desgastante, que pode
causar decepções e frustrações. Nesse mundo fluido e de
alternativas variadas, o jovem é influenciado por modis-
mos, dificuldades do mercado, opiniões de familiares e
outros fatores que culminam em escolhas erradas para a
vida profissional. Eis que surgem as indagações: “Aonde
vou trabalhar? Quanto vou ganhar? Vou conseguir realizar
meus sonhos?”. Cabe, então, ao professor dar suporte
aos alunos, explanando sobre a diversidade existente no
mundo universitário. É preciso que os estudantes saiam do
terceiro ano conscientes do que enfrentarão ao iniciarem
um curso superior.
Para isso, existe o projeto
Orientação Vocacional
que é
o processo de auxílio ao estudante destinado a conseguir
um entendimento adequado das variações profissionais,
optando por aquela que esteja mais de acordo com os in-
teresses e intuitos pessoais. O objetivo é dar sustentação
ao desenvolvimento dos estudantes de forma individual,
através de uma série de tarefas feitas para potencializar o
aprendizado escolar, estimulando a autonomia e responden-
do aos problemas pessoais e sociais que retêm a evolução de
cada um. Ainda que essas atividades sejam desenvolvidas
por pedagogos ou psicólogos, a orientação é uma prática
conjunta que necessita da participação de professores, pais,
diretores e outros especialistas. Ressalta-se, ainda, que não
é papel da orientação vocacional dizer ao estudante qual a
carreira certa a escolher, mas sim orientá-lo, observando
suas características, potencialidades, dificuldades, inte-
resses, personalidades e aspectos importantes para uma
futura profissão. Afinal, este projeto serve não apenas para
se ter um norte sobre o campo profissional a seguir, mas
também como uma oportunidade de autoconhecimento, de
alinhamento entre habilidades, características pessoais e
profissionais, do significado do trabalho para o ser humano
e da relação trabalho
versus
projeto de vida.
A valorização é outra função da orientação vocacional.
São propostos determinados testes para se obter o êxito
acadêmico, identificar aptidões individuais, descobrir os inte-
resses profissionais e analisar os traços pessoais. Os testes
são também utilizados para identificar os estudantes com
maior facilidade de aprendizado, como também aqueles que
apresentam dificuldade nesse sentido, caso específico em
que são realizadas mudanças necessárias no ensino para o
pleno desenvolvimento do aluno. Outros serviços englobam
programas que facilitam o conhecimento das alternativas
existentes, os programas de atividades sociais e possibilida-
des laborais. Os orientadores trabalham com os professores