JK: Marco na Educação
Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek é exemplo de ensino de qualidade

Simone Garrafiel

Vinte anos dedicados à Educação. Vinte anos de ensino de qualidade. Vinte anos de sucessos. Premiada pela Secretaria de Estado de Educação, na década de 80, com o primeiro prêmio pela qualidade de ensino, superando 299 escolas do estado e classificada em 11º lugar entre as doze melhores escolas do Rio de Janeiro, em recente pesquisa realizada pelo jornal O Dia, a Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek sempre se sobressaiu. Hoje, totalmente informatizada e com um projeto pedagógico voltado para a interdisciplinaridade, a ETEJK, no Jardim América, é uma escola pública que não deixa a desejar às escolas particulares da cidade.

Sob a direção de Ubiratan Castro, desde a inauguração, a ETEJK foi criada como um Centro Interescolar que recebia alunos de outras escolas, denominadas satélites. "Os alunos estudavam na Escola Técnica Juscelino Kubitschek somente as disciplinas técnicas e, nas escolas-satélites, aprendiam os conteúdos de Educação Geral" - explica Castro. Mas, há aproximadamente dez anos, a Secretaria de Estado de Educação reconheceu a JK como escola técnica. "Era inviável continuar como Centro Interescolar, pois as escolas-satélites situavam-se longe e os alunos precisavam pegar mais de uma condução. Sem contar que compareciam à ETEJK somente duas vezes por semana, o que não permitia a criação de um vínculo com a escola" - argumenta o diretor.

A partir de então, a escola passou a ter alunos e grade curricular próprios e a ministrar as disciplinas de Educação geral e técnicas de Administração, Patologia Clínica e Eletrotécnica. Os projetos pedagógicos são elaborados visando sempre à formação e à satisfação do aluno e tendo por meta um ensino de qualidade. Outra mudança significativa aconteceu há três anos. "Saímos do âmbito da Secretaria de Estado de Educação e passamos ao da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Achei medida do governo bastante coerente, já que uma escola técnica tem mais afinidade com Ciência e Tecnologia" - diz Ubiratan.

Não bastasse o empenho junto aos alunos, a ETEJK também atende à comunidade do Jardim América, ministrando-lhe um curso de alfabetização para adultos, tornando disponível o laboratório de Patologia Clínica para recebimento e entrega de exames clínicos, e abrindo as portas da biblioteca para todas as escolas públicas e particulares da região.

Uma escola tão dinâmica não poderia deixar de elaborar em projetos para o próximo milênio. Assim, já está em andamento o "Projeto JK 2000", sob a coordenação da professora de História Ângela Renata Gonçalves de Azevedo, com o auxílio da direção e dos demais professores da escola. "Queremos implantar um Curso Técnico de Turismo e cursos pós-médio, de qualificação profissional em uma área técnica demandada pelo mercado de trabalho, para pessoas que já finalizaram o 2º grau" - diz Ângela.

Ainda no âmbito do projeto, serão ministrados cursos livres para os alunos da escola e para a comunidade e serão desenvolvidos projetos associados à temática do Brasil 500 anos, envolvendo todas as disciplinas. Segundo Ângela, o maior desafio será a implantação de cursos politécnicos, pois estes, de acordo com a LDB, só podem ser ministrados por universidades. "Enviamos nossa proposta para a Secretaria de Educação e esperamos que ela aceite" - torce a professora.

Quando se imagina como a escola pública ETEJK consegue recursos para colocar seus projetos em prática e manter a qualidade de ensino, Ubiratan explica que isto só é possível através de parcerias com empresas, da realização de festas e da pequena verba recebida do governo. "Mas o grande impulsionador de nossas metas é a vontade de trabalhar e ver o progresso de nossos alunos. Aqui, trabalhamos com amor e recebemos o retorno dos alunos, que se conscientizam de que o que fazemos é em função deles e da comunidade" - orgulha-se o diretor. Quando sai da ETEJK, Ubiratan garante que cada aluno leva a escola no coração, juntamente com a certeza de que é cidadão do mundo e preparado para enfrentar o futuro.

Projetos desenvolvidos na Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek

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