Por Ednaldo Carvalho É sempre conveniente refletir sobre o papel do professor na sociedade moderna. E, já que o exercício do magistério é, sem dúvida, a atividade que mais sofre os efeitos de fatores externos às rotinas profissionais, isto precisa ser analisado. Em nossos dias, o professor, mesmo que não queira, precisa desempenhar funções multifacetadas diante de um alunado cada vez mais heterogêneo e influenciado pela mídia. Quanto à família, até que ponto pode-se considerá-la uma aliada do professor na luta pelo ensino de qualidade? Estaria o problema lhe passando desapercebido e teria ela, involuntariamente, tornado-se parceira e cúmplice da "babá eletrônica", também conhecida como televisão? Os baixos índices de desempenho, a evasão e a repetência, principalmente na 1ª e na 2ª fases do ensino fundamental, são apenas alguns dentre os danos causados pelo uso abusivo da "telinha".
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O professor não tem controle sobre a influência negativa representada pela tv, em muitos casos, e precisaria alertar a família do aluno sobre os efeitos dela, disciplinando a concorrência desigual. Afinal, diariamente, inúmeras horas são desperdiçadas por crianças e jovens que assistem a programas de televisão que substituem, quase sempre, os estudos domiciliares, reduzindo o tempo e a qualidade da produção do aluno. Não podemos deixar de reconhecer a importância da televisão como veículo de comunicação ágil, propagador de cultura e de entretenimento. O professor, contudo, precisa contar com a colaboração ativa e decisiva das famílias a fim de que sejam estabelecidas prioridades na distribuição do tempo do aluno, já que, muitas vezes, o estudante necessita complementar em casa o estudo, para melhor fixar o conteúdo. Um melhor desempenho escolar e um ensino de melhor qualidade, não dependem só do professor, mas, também da conscientização da sociedade sobre a real influência da "babá eletrônica" na formação educativa de nossos estudantes.
Ednaldo Carvalho Editorial
Appai
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