REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 161

Revista Appai Educar Empatia e currículo escolar Como a empatia pode ser integrada ao currículo escolar de forma eficaz? Essa é uma das muitas inquietações que cercam o tema no âmbito educacional, fora e dentro das salas de aula. Nesse ponto, a autora Sheyla Baumworcel diz que a importância de os professores trabalharem as emoções está, sobretudo, em possibilitar uma melhor convivência entre as pessoas da escola, evitando brigas, discussões e até depressão e melhorando o envolvimento de alunos, educadores, coordenadores, inspetores, supervisores etc. Baumworcel atesta que a chave para uma resolução bem-sucedida de conflitos é estendê-los para fora da sala de aula, para o recreio e para o refeitório, onde os encontros são mais íntimos. “Para conseguir isso, alguns alunos podem ser treinados como mediadores, uma função que pode começar já no ensino fundamental. Organize projetos de serviço comunitário ou oportunidades de voluntariado para estudantes. O envolvimento em atividades que consistam em ajudar os outros pode desenvolver um sentido de empatia, à medida que os alunos experimentam diretamente o impacto das suas ações sobre os necessitados”. Quando o tema é sua integração à BNCC, a Mestre em Ciências da Educação Luciana Cordeiro Felipetto destaca a competência 9, enfatizando atitudes cooperativas, empáticas e de diálogo na vida escolar. “Habilidades socioemocionais, como a valorização da diversidade, alteridade, acolhimento da perspectiva do outro, diálogo, convivência, colaboração e mediação de conflitos, são essenciais”, acrescentando que a empatia deve ser incorporada à grade curricular, sendo pauta transversal em todas as matérias. “O treinamento do professor é crucial, pois ele é um vetor de transformação. Projetos baseados em comunicação não violenta, disciplina positiva e mediação de conflitos contribuem para criar uma comunidade escolar mais colaborativa e empática. Escuta, troca de opiniões e mediação são estratégias-chave para desenvolver empatia, criando indivíduos mais preocupados com a sociedade e comprometidos com soluções justas e inclusivas”, assegura Felipetto.

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