Revista Appai Educar - 143

A aluna Maria Fernanda, de 10 anos, que é uma das narradoras, corrobora a opinião da educadora. “Meu vocabulário está aumentando, eu estou aprendendo novas palavras. Tenho de saber falar corretamente”. Já a roteirista Eduarda, que tem a mesma idade, reforça que criar as falas das personagens é algo diferente do que faz no dia a dia da escola e que isso a estimula a escrever melhor. Giba também acredita nas radionovelinhas como ferramenta educativa. “Eu fiquei muito feliz porque o rádio é um instrumento educacional muito forte, que estimula a imaginação”, afirma. Durante o ensaio, isso pode ser comprovado. O aluno Rafael se transforma em um gigante loiro de cerca de seis metros de altura e olhos azuis, na trama em que é um dos atores. Maria Ângela Biazin também cita a criatividade e a organização como benefícios que a prática traz para os alunos e ressalta que isso se reflete nas demais atividades na escola. “Na classe, precisamos de muita criatividade em todos os momentos, não só na aula de português. Já a organização traz disciplina à turma”. E conclui: “Eles gostam muito (das aulas de rádio) porque sai do natural. Para os estudantes, escola é carteira e lousa. De repente, eles estão fazendo um trabalho em que demonstram toda a potencialidade que têm”. Já os alunos da escola Elite, no Rio de Janeiro, desenvolvem o projeto conhecido como Palco Elite, que tem como propósito desenvolver os aspectos intelectual, afetivo, social, cultural e lúdico, além de preparar os jovens para o mercado de trabalho e para o empreendedorismo. Na visão da coordenadora do Ensino Fundamental, anos finais da instituição, Luiza Itabayana, a produção das radionovelas, em um formato repaginado, trouxe ferramentas tecnológicas que são associadas a um tipo de comunicação consolidada na pandemia: os podcasts. Mesmo com a mudança de formato, os alunos ainda trabalham pontos importantes, como produção, edição e sonoplastia e, mesmo sem a proximidade física, desenvolvem o espírito de

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