REVISTA APPAI EDUCAR EDIÇÃO 140

16 Revista Appai Educar “Iniciei, com o apoio do livro didático, o trabalho com notícias e sobre sua formação para a escrita. Recortamos algumas para leitura. Debatemos, interpretamos e comparamos com a aprendizagem do livro. Os alunos pintaram partes de uma notícia: manchete, olho, lead e desenvolvimento, reconhecendo como estava escrita cada parte, para, depois, reescrevê-la com sua interpretação. Após, fizeram ummural com os textos trabalhados”, disse a coordenadora do projeto. Outro ponto interessante da atividade foi quando a professora propôs olhar os jornais da cidade e do estado para analisar sua organização (cadernos de esporte, economia, política etc.). Os alunos também avaliaram alguns produtos voltados ao público infantil, a fim de perceber sua importância para a aprendizagem, sua estética e seus temas. Os estudantes também escreveram notícias de fatos narrados por jornais da TV e as apresentaram para a turma, num noticiário imaginário, confeccionado com caixas pelos próprios alunos. Sob outra perspectiva do livro didático, uma nova missão foi posta: produzir uma crônica, gênero textual narrativo que tem por base fatos do cotidiano, com uma visão própria do escritor. Os alunos procuraram reconhecer, numa crônica, a visão do autor, seu comentário e sua interpretação de algo acontecido no dia a dia. Para dar suporte, Marilice realizou leituras semanais desse gênero publicadas em jornais e livros. Para aguçar ainda mais a curiosidade dos alunos, a professora também programou uma visita técnica na sede do Jornal do Vale do Itapocu, para que a turma conhecesse a redação e fosse inSuplementos de um jornal são cadernos ou fascículos separados, inclusos no conjunto, com periodicidade diferente do habitual. centivada a dar continuidade ao trabalho. Os estudantes entrevistaram a dona do jornal, editores, repórteres e fotógrafos, perguntando sobre todas as etapas que envolvem a produção de um periódico até chegar às mãos dos leitores. Logo nasceram outro desafio e uma parceria irrecusável. Os alunos foram convidados a produzir um “suplemento” infantil, batizado, de forma original pela turma, de “Eduk Kids”. Diante dessa oportunidade, a primeira definição para iniciar a produção do conteúdo foi uma pesquisa de público alvo. “Fizemos uma única pergunta aos colegas do 3º e 4º ano: ‘O que você gostaria de ler e ver num suplemento de jornal para criança e adolescente?’. Com isso, a turma percebeu também a importância da participação coletiva e do compartilhamento do ensino e da aprendizagem com outros colegas. Os alunos das outras classes adoraram participar, sentindo-se importantes por darem suas opiniões”, refletiu a professora. Após uma intensa aprendizagem, os gêneros textuais foram distribuídos entre duplas e realizaram uma exposição para análise dos grupos, buscando o melhor a ser incluído no suplemento final. Críticas, notícias, dicas de livros, games, moda, animais e até ilustrações foram produzidos. “Com nossa joia pronta, levei ao jornal parceiro. Uma semana depois, recebemos o ‘boneco’ do suplemento para análise e leituras de correção. Corrigido e pronto, o ‘Eduk Kids’ foi enviado para a redação e, por fim, para a diagramação e impressão”, relembrou Marilice.

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