Revista Appai Educar - Ed 139

Revista Appai Educar 29 A função de cada ator nessa rede A rede de apoio inclusiva, relatam os especialistas, vai muito além da escola, do aluno e da família. Esse mosaico perpassa por um conjunto de ajustes e adaptações pedagógicas, operacionais e estruturais. A comunidade escolar precisa estar alinhada com o grupo de professores da linha de frente, isto é, da sala de aula, tanto quanto a direção, os pais, a administração e todos os atores que compõem a escola. A quebra no envolvimento de um desses “elos humanos” pode comprometer todo o processo, ainda que aparentemente não pareça. “É muito importante que essa rede seja presente, ativa”, diz Ana Flávia, mãe de um aluno autista. “Na escola em que meu filho estuda, as ‘tias’ do refeitório, por exemplo, vão muito além de preparar o alimento para os alunos com ou sem deficiência. Elas estão sempre conversando com eles, buscando entender suas preferências alimentares, interagindo, brincando, trocando saberes, que necessariamente não estão tão presentes na sala de aula, mas não são menos importantes na vida do aluno”, revela Flávia. Fortalecer a rede e o espaço de respeito do outro A unificação da rede de apoio fortalece o espaço de respeito do outro, da individualidade, mas também da coletividade, por ser composta de uma equipe multidisciplinar e não apenas aluno e professor. A educadora Carla Gaviani afirma que, quanto mais ampla for essa rede, no sentido multidisciplinar, melhores serão os resultados vivenciados por parte de todos os envolvidos. “Hoje os profissionais de diversas áreas que trabalham com o aluno, sejammédicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, psicoterapeutas, nutricionistas, psiquiatras, especialistas em equinoterapia, terapia ocupacional, comunicação alternativa, Braille ou libras, familiares, amigos da escola, entre outros, têm ampliado e fortalecido essa rede em prol de uma melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar dos alunos deficientes e não deficientes”, assegura Carla.

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