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Foto por Blocos Cariocas 4 5 6 7 Blocos corporativos: Entre as profissões, os cineas- tas mostram que o samba é a trilha sonora preferida da cate- goria, pelo menos na temporada de verão carioca. O “Me Beija que sou Cineasta”, do cantor Otto, exibe-se pelas ruas da Gávea, enquanto o “Cinebloco” tem como locação momesca a Praça XV e o “Quero Exibir Meu Longa” é projetado na Tijuca. Os que sempre estão de plan- tão no Carnaval aproveitam o verão para antecipar suas folias. Essa é a tônica do “Imprensa que eu Gamo” (Laranjeiras), o “Desliga da Justiça” (Gávea) e o “Te Vejo por Dentro, sou da Radiologia” (Lapa). Tem ainda o “Tá Pirando, Pirado, Pirou” (Urca) – uma confraternização entre médicos, funcionários e pacien- tes do Instituto Pinel – e o “Lou- cura Suburbana”, com o pessoal do Instituto Psiquiátrico Nise da Silveira (Engenho de Dentro). Os gigantes: blocos que viraram grife Com o renascimento do gênero nos anos 2000 surgiram os emble- máticos “Sovaco de Cristo” (Jardim Botânico), “Carmelitas” (Santa Tere- sa), “Simpatia é quase amor” (Ipa- nema), “Monobloco” e "Afroreggae" (Centro), “Escravos da Mauá” (Zona Portuária), “Cordão do Boitatá” (Pra- ça XV). Alguns cresceram tanto que tiveram que ser remanejados ou as datas de desfile são avisadas em cima da hora da apresentação e geralmen- te bem antes do Carnaval. Entre os caçulinhas que já nasceram gigantes estão o “Bloco da Preta” (Gil), que costuma agitar 400mil pessoas, e o “Poderosas” – da também cantora Anita – com 200mil. Ambos ocupam as ruas do centro do Rio. Segura meu bem, a chupeta: Os infantis também não param de se reproduzir. A cada estação ganham irmãozinhos novos. Se destacam: “Mini Bloco” (Tijuca), “Vai Dormir” (Méier), “Gigantes da Lira” (Laranjeiras), “Que Caquinha é Essa” (Ipane- ma), “Largo do Machadinho, mas não largo meu suquinho”, “Ma- madeira” (Botafogo), “Estreli- nhas da Penha”. Porém, boa parte são versões juniores de consagra- dos adultos, como: “Espantinha” (filho do Espanta Neném – da Lagoa), “Bandinha de Ipanema”, “Clubinho do Samba” e “Herdei- ros da Vila”. Não deixe o sambamorrer: Entre os mais tradicionais está o “Cordão da Bola Preta” (1918), que entrou para o livro dos recordes ao arrastar mais de 2 milhões de pessoas pelo Centro do Rio. Também suou a camisa para impedir a extinção do gênero a irreverente “Banda de Ipanema”, em ativida- de desde 1964. Seguindo numa outra linha, a de blocos de concursos, não podemos esque- cer dos lendários arqui-inimigos “Cacique de Ramos” (1961), “Boêmios de Irajá” (1967) e “Bafo da Onça” (1956). E nem deixar de fora da festa os bate-bolas ou Clóvis, que colo- rem e fazemmuito barulho saindo de forma itinerante por vários pontos das zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense. Antes margi- nalizados pelas brigas entre os grupos rivais, hoje preconizam a paz em prol da manuten- ção da tradição. leve 52

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