Por Tony Carvalho

Como parte do seu programa de Parceria Social, no último dia 20 de setembro a Appai – Associação Beneficente dos Professores Públicos Ativos e Inativos do Estado do Rio de Janeiro – abriu as portas para receber a equipe da Diretoria de Arborização e Produção Vegetal da Fundação Parques e Jardins, a fim de que fosse ministrada uma palestra sobre a temática do meio ambiente, e apresentado aos colaboradores e associados da Appai o trabalho que a Prefeitura do Município do Rio de janeiro vem desenvolvendo nessa área.

Na ocasião, todos os presentes tiveram a oportunidade de tomar ciência de que, ao se plantar uma árvore, o cidadão está cooperando para a redução da poluição atmosférica da Terra; para a melhoria das condições do solo urbano; para a diminuição da reflexão da luz solar e dos ruídos urbanos e, sobretudo, para a melhoria da saúde mental e física da população.

A Prefeitura entra com a sombra e você com a água fresca, esse é o slogan da campanha de arborização das ruas do Rio, que está sendo desenvolvido pelo Programa Municipal de Arborização Urbana. De acordo com Jeanne Trindade, arquiteta paisagista da Prefeitura, com o aumento do uso de veículos, a partir da década de 70, começa a haver uma retirada de árvores, praças e parques de alguns locais da cidade para dar passagem aos viadutos e às avenidas. Esse crescimento acelerado trouxe como conseqüência alguns aspectos bastante negativos ao homem, entre os quais o desequilíbrio ambiental.

“Para compensar essa desarmonia, os trabalhos de reconstrução de ecossistemas degradados tornaram-se uma meta a ser alcançada pela Secretaria de Meio Ambiente. Surgem, então, várias leis e decretos municipais que prevêem o plantio de árvores como forma de mitigar os danos ambientais, como, por exemplo, as Leis nº 613/84 e 1.196/88 e a Resolução nº 345/04”, explica Jeanne acrescentando que essas leis prevêem o plantio de árvores na cidade toda vez que uma nova construção é erguida, enquanto a Resolução 345/04 define os critérios de plantio para compensar a retirada de árvores particulares.

Entretanto, a falta de informação da comunidade aliada a plantios feitos anteriormente de forma inadequada tem dificultado o trabalho de arborização desenvolvido pela Prefeitura. “É comum encontrarmos resistência ao plantio em frente às residências, apesar de a maioria dos moradores alegar que o cultivo de árvores é importante devendo, no entanto, ocorrer em outro lugar”, diz a arquiteta paisagista.

Para mudar esse cenário de resistência, a Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, através do Programa Municipal de Arborização Urbana, tem ampliado a arborização das ruas, praças e parques urbanos com a proposta de alcançar a meta de 25.000 árvores plantadas ao longo do ano.

Hoje, preocupados em ajudar ou, pelo menos, não piorar a atual situação do planeta, entidades públicas e privadas se unem em busca de soluções que venham de encontro às projeções feitas por correntes ambientalistas – seja da linha ortodoxa ou cética. Segundo dados do Programa de Arborização, até o final do mês de setembro deste ano foram plantadas 19.070 novas árvores e palmeiras nas ruas e praças da cidade. Outras ações, não menos importantes, vêm sendo implementadas nas escolas, em locais públicos e nas entidades públicas e privadas, com intuito de conscientizar a população acerca da importância da preservação e dos benefícios de se plantar uma árvore.

Segundo Jeanne Trindade, as ações iniciais previstas pelo programa englobam a implantação de uma Campanha de Educação Ambiental, na rede pública de ensino, com publicação de folhetos, cartilhas e vídeos educativos, enfocando a importância da preservação e conservação da arborização urbana, além da promoção do Curso de Capacitação dos Agentes Ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMAC, com ênfase na arborização urbana.

Antes de finalizar a palestra, Jeanne deu algumas dicas do que podemos fazer para preservar as mudas e árvores plantadas pela Prefeitura: sempre que possível, regar as mudas recém-plantadas; não arrancá-las e nem quebrar os galhos; não fixar pregos ou pendurar placas; não amarrar fitas, cordas ou arames; não pintar ou acender velas; não escrever ou ferir a casca com objetos cortantes e não jogar lixo nas jardineiras das árvores.

Para não ficar só na teoria, a paisagista, em companhia do Presidente da Appai Julio Cesar da Costa, associados e colaboradores fizeram o plantio de uma muda de árvore em frente ao prédio da Associação. A espécie escolhida foi um oiti (Licania tomentosa), árvore nativa da Mata Atlântica, que pode atingir uma altura de 15 metros. Segundo a especialista, essa árvore produz uma ótima sombra, sendo muito utilizada na arborização das calçadas da cidade devido a sua grande resistência à poluição.

De acordo com Julio Cesar da Costa, como continuidade do programa de Parceria Social da Associação, em breve a Appai lançará uma campanha de plantio de árvores. “O slogan ainda não foi definido, entretanto a idéia é divulgar e estimular esses tipos de ações que visam não só diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases que, lançados na Terra, aumentam o efeito estufa, mas, sobretudo, promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas”, finaliza.


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Fotos cedidas pela Appai