Nesse semestre, as turmas de 1.º e 2.º ano do Ensino Médio construíram três maquetes batizadas de: a Nave Espacial, a Casa do Papai Noel e a Terra do Nunca

Além da aquisição do conhecimento, os alunos desenvolvem inúmeras habilidades durante o projeto, entre elas, coordenação visomotora e emocional

Componentes eletroeletrônicos como lâmpadas, leds, motores, sonorizadores e sensores de luz, som, toque ou calor estão sendo utilizados pelos alunos do Colégio Sion, no Cosme Velho, para ajudar a estimular o raciocínio lógico e promover a integração entre as diversas áreas do conhecimento.

Iniciado, em 2004, a partir de uma parceria com a Edutec: Tecnologia na Educação – empresa que oferece às escolas conveniadas toda a estrutura necessária para a criação de um curso técnico de excelente qualidade, contando com professores, coordenadores, metodologia de trabalho adaptada à Nova LDB, além de material didático de apoio constantemente atualizado – o projeto Robótica Educacional tem como proposta incentivar o raciocínio e a lógica através da construção de protótipos que simulem situações reais vivenciadas pelos alunos.

No laboratório de informática, local onde acontecem as aulas, as turmas são formadas por apenas 15 alunos. Segundo Renata Guimarães, professora da Edutec, esse número reduzido de integrantes dá condições ao grupo de ter maior aproveitamento dos conteúdos ministrados durante os encontros, oito no total.

Além das turmas reduzidas, outro diferencial é a não-obrigatoriedade de participação, uma vez que as inscrições são feitas de acordo com o interesse de cada estudante. Nesse semestre, por exemplo, as turmas foram formadas com alunos do 1.º e do 2.º ano do Ensino Médio.

 

Projeto interdisciplinar

Para os docentes envolvidos no projeto, a parceria entre as três disciplinas – Informática, Física e Matemática – foi peça fundamental para a realização dos trabalhos. “Em sala, os conceitos de cada disciplina puderam ser trabalhados tanto na teoria como na prática”, avalia os professores Ledo Vaccaro, de Matemática, e Marli Albertina, de Física, acrescentando que o projeto é uma forma a mais de o aluno apropriar-se do conhecimento. “Consideramos bastante importante a realização das atividades, não só como uma forma de aplicar os conteúdos específicos, mas, também, pela utilização da informática como elemento integrador das diversas áreas do conhecimento”, ressaltam os professores.

 

De acordo com a professora de informática, a parte teórica divide-se em quatro etapas. Na primeira fase, os alunos são apresentados ao projeto e à sua proposta pedagógica. Na seguinte, as turmas já começam a escolher o tema com o qual irão trabalhar e, a partir daí, com o auxílio da professora Renata, o grupo dá início ao esboço da maquete nos Programas Paint Brush ou Corel Draw. Num terceiro momento, já mais envolvidos com o projeto, os alunos iniciam a coleta e a seleção dos materiais que irão ornamentar as maquetes. Em princípio, para a etapa final, ficam apenas os testes e os últimos ajustes nos experimentos.

Durante os oito encontros, explica Renata, todos os alunos fotografam e filmam suas maquetes. Segundo a coordenadora, a idéia é que, a partir desses registros fotográficos, as equipes percebam as dificuldades e aprimorem seus protótipos, a fim de produzir trabalhos cada vez mais elaborados.
Nesse semestre, três grupos formados por alunos do 1.º e do 2.º ano do Ensino Médio tiveram oportunidade de explorar um pouco mais seu lado criativo. O grupo 1 voou alto e construiu uma Nave Espacial, o grupo 2 montou a Casa do Papai Noel e a terceira equipe criou a Terra do Nunca.

O grupo 1 pegou carona na cauda do cometa e fez uma viagem interplanetária na maquete batizada de Descobrindo a Galáxia. "Foi um sucesso!", afirmaram todos os componentes ao descrever o dia-a-dia da equipe no relatório de bordo. De acordo com os integrantes do grupo, na segunda aula, a galera já sabia como funcionava a placa de Robótica, o motor-de-passo, a fonte, os leds etc.

“Para acelerar o processo de confecção, formamos subgrupos que dividiram as tarefas. De posse dos materiais, construímos a base da nave e iniciamos a montagem da maquete. Em aproximadamente 10 dias, a nossa já estava pronta”, afirma, orgulhoso, Álvaro Kauê Rodrigues de Souza, um dos integrantes.

Já a segunda equipe resolveu antecipar a chegada do bom velhinho construindo a Casa do Papai Noel. O espírito natalino serviu de fio condutor para que eles criassem a maquete da casa com lareira, árvore de natal, renas no quintal e muita neve para complementar o cenário. Conta Tatiana Mara Teixeira Barboza, integrante do grupo, que, no quinto encontro, a montagem da casa, da árvore de natal e dos outros acessórios já estavam prontos. “Faltou apenas finalizar a parte da fiação e fazer os testes para que tivéssemos a certeza de que os equipamentos de iluminação estavam funcionando perfeitamente”, relembra.

Depois de conhecer todos os periféricos utilizados no projeto, o terceiro grupo decidiu montar a Terra do Nunca. “Alguns integrantes da equipe ficaram incumbidos da compra dos ornatos – bola de isopor, purpurina, tinta, pincel, cola etc. – para incrementar a parte visual da maquete, enquanto os demais davam seqüência à programação da nave”, destacou Jacqueline Giffoni G. Castanho, garantindo que uma das partes mais trabalhosas foi a montagem da estrutura superior do protótipo.

A fim de apresentar à comunidade escolar os experimentos, a coordenação do colégio realizou uma exposição com maquetes, fotos, filmes e relatórios dos grupos descrevendo o passo-a-passo das aulas. Apesar de não ser a primeira exposição desse tipo de trabalho, explica Renata, o evento mobilizou alunos e professores da escola. “O que é mais gratificante é ver que áreas de diferentes conhecimentos podem, através de um único trabalho, promover a interdisciplinaridade e a integração de múltiplos conceitos”, conclui a professora.


Colégio Sion
Rua Cosme Velho, 98 – Cosme Velho – Rio de Janeiro/RJ.
Tel.: (21) 2556-5048
Prof. a da Edutec: Renata Guimarães