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A Feira do Livro é uma das atividades anuais promovidas pela escola com o objetivo de valorizar a leitura e a escrita

Para os professores, a constante relação com os livros na escola permite que os alunos construam opiniões próprias alicerçadas em argumentos sólidos
A supervisora pedagógica Sylvia Notrica em conversa informal com os alunos sobre os gêneros literários de que eles mais gostam

Projeto de Redação: os textos produzidos pelos estudantes durante o ano são selecionados e publicados em um livro



A dificuldade que muitos jovens enfrentam ao escrever decorre da falta do hábito regular da leitura. A tese, defendida por muitos especialistas, expressa bem a importância que a escola deve dar à leitura. Pensando assim, anualmente o Instituto Guanabara, localizado na Tijuca, promove a Feira do Livro, um momento em que os aluno têm à disposição centenas de obras literárias dos mais variados gêneros. “O objetivo desse evento é propiciar ao aluno o contato direto com os livros e a oportunidade de ele próprio escolher a obra que lhe interessa”, explica a professora Sylvia Notrica Morard, supervisora pedagógica do colégio.

Além da feira, a escola realiza também a ciranda de livros – atividade em que alunos do primeiro segmento do Ensino Fundamental escolhem o livro que querem ler, desenvolvendo seu próprio gosto literário. A elaboração de cartas é outra atividade pedagógica que incentiva a leitura e a escrita. A metodologia funciona assim: o aluno é convidado a escrever uma carta tentando convencer o colega de classe a ler ou não determinado livro. Mas, para isso, é necessário que ele conheça bem a história, pois só assim terá argumentos su ficientes para fundamentar sua opinião sobre a obra.

De acordo com a professora de Língua Portuguesa Lúcia Helena Lopes de Matos, na escola, todas as leituras são trabalhadas de forma criativa buscando despertar o interesse do aluno.

Como não existe escrita sem leitura, o colégio se preocupa em estimular o gosto por estas duas atividades, mas sem cobrança – uma vez que esta afasta os estudantes. “Leitura e escrita não podem virar obrigações porque, senão, acabam tornando-se um desprazer.

 


É claro que monitoramos a leitura, mas o faze­mos com atividades que motivem o aluno. O hábito da escrita funciona da mesma maneira, com uma política de incentivos”, afirma.

Na opinião da professora, desenvolver a linguagem escrita só traz benefícios para o estudante.

"Escrever ajuda o aluno a coordenar suas idéias para se expressar com clareza e coerência. Além disso, a escrita é o coroamento da Língua Portuguesa, através da qual é possível observar os conhecimentos de gramática, leitura e interpretação”, completa.

A escola também participa, pelo quarto ano consecutivo, do Projeto Redação 2004, concurso promovido pelo jornal Folha Dirigida com apoio da Fundação Biblioteca Nacional. A matéria-prima da publicação são as redações produzidas pelos alunos durante boa parte do período letivo. Este ano, o tema escolhido pela escola foi Transformarte; Transform-Arte; Transformar-te. “Nós temos a preocupação de que nossa escola seja forte na transmissão de conteúdos, mas também temos um compromisso humano com a formação de valores. Este é um tema ousado e, por isso, esperamos redações criativas”, afirma Sylvia.

 

A idéia, segundo o diretor da escola, professor Victor Notrica, é fazer com que os estudantes possam falar sobre a arte como fator de transformação social. Antes da etapa de produção das redações, os alunos analisaram letras de música, assistiram a filmes, fizeram leitura de contos e artigos e promoveram pesquisas de campo em organizações não-governamentais que usam a cultura como elemento de integração social.

“O projeto é uma atividade através da qual estimulamos o aluno a produzir sem o condicionamento de nota. A expressão escrita e falada é um tremendo desafio para todos e, a cada ano, vem conquistando cada vez mais o interesse do aluno. Na noite de autógrafos, promovemos uma grande festa com a participação dos pais”, conta Victor.

Leandro Rangel, aluno do 1.º ano do Ensino Médio, participa do projeto desde 2002. Ele já se habituou a ler diariamente livros e jornais e acha importante que a escola valorize a prática da leitura e da escrita. Atualmente, Leandro é o responsável pelo jornal da escola. De acordo com Maria da Glória Rangel, professora de Língua Portuguesa e Literatura, a produção textual na escola é intensa. “Durante o ano, meus alunos lêem pelo menos oito livros, acompanhando o estilo que está sendo trabalhado em sala de aula. O livro não é apenas uma janela para o mundo, é também um espelho para que eles possam se ver e traçar seus próprios caminhos”, afirma.

Para a professora de Literatura Ana Zimbres, a escola realiza um trabalho de conscientização e de amadurecimento intelectual que culmina com a produção do texto do aluno. “As atividades que promovemos de­senvolvem a argumen­tação, a criativi­dade, o raciocínio lógico e o vocabulário, substi­tuindo os clichês pela construção do próprio pensamento”, define.

A professora de Português Inês Peirão concorda e complementa:“A importância das atividades que desenvolvemos na escola se dá por meio do contato com os diversos tipos de textos,

 

autores e as mais variadas formas de expressão, que além de enriquecerem a formação do aluno, despertam o gosto pela leitura. Participar do Projeto de Redação é também a forma de o aluno manifestar a sua expressão e manter contato com outros autores que irão enriquecer o seu próprio pensamento. No final, o grande prêmio para o estudante é ver o seu texto impresso no livro, um estímulo a mais para continuar produzindo e enveredando pelo mundo da literatura”, conclui.


Instituto Guanabara
Tel.:(21) 2569-6647