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Trabalho com material reciclável: a professora de Artes, Sandra Maria dos Santos, ao lado de um tapete feito com chapinhas de refrigerantes
Alunos do 1.º ano do Ensino Médio apresentam o mapa do Brasil destacando a quantidade de lixo produzido, por região, e o percentual coletado
Em outra maquete, os estudantes enfocam os problemas ambientais do bairro e elegem a escola como o ponto de partida para uma mudança de comportamento
Alunos do 1.º ano do Ensino Médio reproduziram o ciclo da água para abordar questões ligadas à ecologia, ocupação urbana e saúde da população. A construção da maquete envolveu as disciplinas de Biologia, Geografia e História
Nos trabalhos de história, a importância da água para os descobridores
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Localizada numa região com graves problemas de saneamento básico, a Escola Estadual São Francisco de Paula, localizada em Nova Iguaçu, vem desenvolvendo, há alguns anos, atividades que apostam na conscientização da comunidade para mudar essa dura realidade. Recentemente, professores e alunos estiveram envolvidos no projeto Corredor Ambiental: as águas vão rolar, com o propósito de discutir a relação da comunidade com o Rio Guandu
Durante a culminância do evento, foram realizadas exposições, palestras, debates e paródias de músicas. Entre os palestrantes convidados estava o engenheiro da Cedae, Nélio Lopes Rodrigues, responsável pelo gerenciamento de mananciais e educação ambiental. Segundo ele, a companhia nunca teve uma preocupação maior com o meio ambiente, apenas com o abastecimento de água potável. No entanto, o engenheiro garante que isso já começou a mudar com a implantação de uma gerência exclusivamente voltada para tratar do assunto. As estudantes universitárias Janete de Sousa Silva e Luciana Machado estiveram presentes nos debates, a convite da escola. As duas cursam Geografia e lançaram mão de indagações polêmicas aos palestrantes, contribuindo para o desenvolvimento crítico dos alunos da escola. “Esse comportamento faz parte do projeto político-pedagógico do curso. Ele nos ensina a ser críticos e observadores. Em um evento desse tipo, “Nesse projeto, abordamos a poluição provocada com a condensação da água da chuva, os agrotóxicos e os resíduos químicos que terminam por poluir os lençóis freáticos”, explica a professora de Biologia Maria Aldenora. Em outra maquete, os alunos reproduziram as etapas de filtração e decantação da adutora do Guandu, localizada a 1 km da escola. Segundo Maria Zélia Nascimento, professora de Artes, os alunos abordaram, nesse trabalho, os contrastes de um bairro que, embora abrigue um reservatório de tratamento de água, ainda possui várias ruas que não recebem saneamento de esgotos.
Ana Cláudia Reis, professora de Língua Portuguesa no Ensino Médio, trabalhou inicialmente, em sala de aula, com livros que abordam temas ligados ao meio ambiente. Posteriormente, instigou a criatividade dos alunos ao lançar o desafio de criar paródias de músicas com as quais eles mais se identificam. “Procuramos despertar o potencial criativo dos alunos com uma série de atividades. Somente na etapa final do projeto é que partimos para a construção de letras abordando temas ligados à preservação, poluição e desmatamento. O envolvimento das turmas foi gratificante. Nas nossas atividades diárias, até mesmo durante a aplicação do conteúdo curricular, buscamos plantar em cada um dos nossos alunos a semente da conscientização da realidade em que eles vivem, mostrando que a mudança começa na escola e no lar, para, depois, florescer no seio de toda a comunidade”, enfatiza. Para o diretor adjunto José Luis da Costa, a escola está fazendo o seu papel: “Tentamos implantar o sistema de interdisciplinaridade em torno de um tema que faz parte da vida do aluno que mora na comunidade. A escola vem desempenhando a sua missão de formadora de opinião. A solução virá a longo prazo, mas os resultados já começam a aparecer”, garante. Escola Estadual São Francisco de Paula Tel.: (21) 2764-4034 / 4054 / 4262.
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