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Gincanas literárias, jogos poéticos, dramatizações, músicas, exposições e recitais foram algumas das atividades que fizeram parte da Feira do Livro do Colégio Santa Terezinha, localizado em São Gonçalo. O tema do evento foi “Eu e o Mundo: a Escola e suas Leituras”. Com muito dinamismo e integração dos alunos da Alfabetização ao Ensino Médio, a ordem era dar asas à imaginação, colocar a criatividade em prática e aguçar o senso crítico de todos os grupos.

Reunindo as disciplinas de Português, Redação e Literatura, o projeto foi trabalhado com as turmas, durante o último trimestre, com o objetivo de fazer uma leitura de mundo, em todos os seus ângulos. Para isso, além dos livros, foram utilizadas as diversas formas de ver e entender o que acontece à volta de cada um, seja através de letras de músicas, receitas ou bulas de remédios.

Para o desenvolvimento das atividades e preparação da feira, os professores fizeram com que os alunos se espelhassem em personagens e personalidades da literatura, em um trabalho que reuniu pesquisas, trocas de livros, criatividade, responsabilidade e visão crítica. Cada segmento trabalhou com um tema específico vinculado ao foco principal do projeto.

As turmas da Alfabetização, coordenadas pela professora Margarida Bastos, trabalharam os livros de diferentes formas. Em um primeiro momento, por meio de redações, os alunos contaram como foi a descoberta da leitura na vida deles e como era a visão das coisas antes de aprenderem a ler e escrever. As primeiras leituras se transformaram também em trabalhos de colagem – uma atividade que permitiu a visualização do que estava sendo lido.

Na parte artística, foi desenvolvido um trabalho com música, que culminou na dramatização da canção Vaga-Lume, que tem como tema a união e o resgate de valores. Para compor o cenário e o figurino, foram utilizadas garrafas pet, que se transformaram nas lanternas dos vaga-lumes.

Em um trabalho de conscientização sobre a questão do desperdício de água, os alunos de 1.ª e 2.ª séries realizaram suas tarefas com base no livro “De Olho na Água”, de Regina Lúcia Pires, que trata da questão do desperdício de água e suas conseqüências.

Para mostrar o que foi aprendido, as turmas fizeram uma recontagem da história, através de uma dramatização musicada, revivendo cada passagem do livro. Com textos improvisados e, muitas vezes, seguindo a íntegra do conteúdo do livro, o roteiro foi acertado com a ajuda dos professores de Português.

A 3.ª série também utilizou a linguagem escrita e a musical em suas atividades. Sob a coordenação da professora Marta, os alunos fizeram diversos tipos de leitura, entre elas a de jornais, revistas, bulas e receitas culinárias. Em consenso com a opinião da maioria, a ênfase foi dada às receitas, resultando em uma encenação que ilustrou o processo de preparo de um bolo, com direito, inclusive a uma cozinha cenográfica improvisada, em que o bolo era de verdade.

A professora acrescenta que também foi trabalhada a linguagem musical, com base na canção intitulada Voador. “A idéia era permitir que as crianças fizessem uma viagem através da leitura e do pensamento delas. Assim, pedi que escrevessem redações sobre a história do pensamento e dos medos de cada um. Os textos foram apresentados no formato de dramatização”, explicou Marta. A Fofoqueira, de Maria Leda Chini, e A Calça Afonso, de Álvaro Menezes, foram os livros utilizados pelos estudantes da 4.ª série para um trabalho de teatro, no qual, divididos em grupos, criaram um roteiro recontando as histórias. Uma das turmas dramatizou um encontro de vovós e vovôs, que, reunidos, contavam as histórias de suas vidas. Ao longo do texto, foi encaixada cada parte do livro de Maria Leda.

Outro grupo teatralizou o livro de Menezes, simulando um encontro de avós com seus netos, para contação de histórias. Enquanto os fatos iam sendo contados, alguns alunos encenavam os episódios que estavam sendo descritos.

Nas turmas de 5.ª a 8.ª séries, o projeto teve como enfoque a valorização do comportamento social e da cultura em geral.

Além da mitologia grega, o poeta Mário Quintana e o artista dos quadrinhos Maurício de Souza foram objetos de leitura e pesquisa. O objetivo era trabalhar com o lúdico e permitir que as poesias e histórias fossem recriadas.

Após o estudo da vida e da obra de Maurício de Souza, os alunos da 5.ª série produziram caricaturas dos personagens e criaram painéis de histórias em quadrinhos, intitulados Quadrinhos e Quadrões, nos quais estavam expressas as releituras de várias tirinhas do artista, fundidas em uma só.

Com base no livro Nariz de Vidro, de Mário Quintana, os alunos aprenderam conteúdos como versificação e metrificação dos poemas. A professora Cíntia Silva, que coordenou as atividades da 7.ª série, trabalhou com músicas populares que possuem rima, para complementação do aprendizado.

Para a feira, os alunos foram desafiados a criar jogos para uma gincana de poesia. Em alguns deles, o visitante podia finalizar poesias famosas à sua maneira ou, então, brincar no quebra-cabeça cultural, cujo objetivo era encontrar as peças que formavam os textos de Quintana. Além disso, houve recital de poesias que foram produzidas com base nos temas do livro.

A 8.ª série explorou os deuses da mitologia grega. Para mostrar a importância dos ícones mitológicos e explicar quem são estes deuses, cada aluno estudou a história de um determinado deus e reproduziu sua imagem em cartolina. Depois, em um labirinto criado por eles, apresentaram o que foi pesquisado.

“O estudo da mitologia aguçou a curiosidade dos alunos, pois este é um assunto que estava longe do universo deles. Assim, eles mergulharam nas pesquisas e mostraram um interesse acima do esperado. Foi gratificante ver um resultado cuja riqueza de informações ia do comportamento dos deuses ao processo histórico de cada um”, ressaltou a professora Cíntia.

No Ensino Médio, a leitura de mundo foi feita através de situações cotidianas e políticas mundiais, estudadas por meio de livros e músicas. A professora Maria Aparecida Vieira de Souza coordenou os trabalhos, que tiveram como tema a globalização, o meio ambiente, os direitos humanos e a invasão da cultura norte-americana.

Neste segmento, os professores de Geografia e História também se engajaram, passando todo o conteúdo necessário para complementação dos estudos feitos pelos alunos. A idéia foi trazer para a feira a caracterização, as músicas e os fatos dos movimentos culturais de cada época. Para isso, foram preparados vídeos, gincanas e estandes para demonstração.

Nos dois dias de feira, além da apresentação de todos os trabalhos produzidos ao longo do trimestre, foram realizadas tardes de autógrafo, contação de histórias, chá cultural, exposição fotográfica, shows de mímicos e a premiação das melhores redações escritas pelos alunos.

“A missão foi cumprida. Os alunos assumiram a responsabilidade das tarefas e, certamente, o trabalho foi válido. Todos os conteúdos estudados e pesquisados foram absorvidos não só pelas turmas que com eles trabalharam, mas também pelos demais alunos, já que a feira integrou a escola como um todo”, finalizou o professor Roberto Mota.

 

 

 

 

 

Colégio Santa Terezinha
Tel.: (21) 2712-1205
Ilustração: Luiz Cláudio