<%@LANGUAGE="JAVASCRIPT" CODEPAGE="1252"%> Untitled Document

Exercício de movimentação

• Crie um boneco virtual com o antebraço e a mão formando um ângulo de 90 graus.

• Ao “vestir” o boneco, encaixe os dedos da seguinte forma: o polegar movimentará o maxilar inferior do boneco; os outros quatro dedos, o maxilar superior.

• Ponha uma música para tocar e tente “dublá-la” com o seu fantoche. Repita o exercício substituindo a música pela sua fala.

Observações importantes:

• Para que o movimento da boca pareça real, cada palavra deve ser pronunciada sílaba a sílaba.

• Antes de realizar uma apresentação em público, pratique bastante diante de um espelho até ter certeza de que já dominou a técnica.
A professora isabel Lourenço levou para a oficina alguns dos fantoches que ela mesmo confeccionou
Ulisses Spagiari, o Tio Uli, viaja pelo Brasil ensinando as técnicas de manipulação de fantoches
A oficina promoveu atividades paralelas para as crianças. Elas tiveram a oportunidade de construir deboches, participar de cursos rápidos de teatro, música, pintura, dobradura e colagem
A magia dos fantoches encantou as crianças presentes
Atentos às instruções do tio Uli, os professores praticam exercícios de manipulação dos fantoches

Eles são encontrados facilmente em teatros de bonecos e nas festinhas infantis mais concorridas. Mas, se depender de um grupo de professores, em Nilópolis/RJ, em breve estarão também em sala de aula, participando de atividades lúdicas que ajudarão os alunos a ter mais concentração e a fixar melhor os conteúdos. Estamos falando dos fantoches, bonecos confeccionados com espuma, tecido ou feltro que ganham forma de pessoas ou animais e escondem, em seus movimentos, uma magia que fascina e encanta crianças e adultos de todas as idades.

Mas o segredo da magia desses bonecos, segundo Patrícia Carvalho Álvaro, está na arte de dominar as técnicas de manipulação. E foi com esse objetivo que Patrícia Carvalho Álvaro, professora das Classes de Alfabetização e orientadora vocacional do Centro Educacional Nazareno (Cenaza), juntamente com a advogada Alessandra Maria Matos Gonçalves, coordenadora do curso de capacitação para professores de crianças, resolveu promover uma oficina para ensinar a manipular corretamente os fantoches.

“A nossa proposta é utilizar a manipulação de bonecos como estratégia de ensino pedagógico. Fantoches, marionetes e bonecos de ventriloquia atraem a atenção das crianças, mas os professores não estão habilitados para utilizar essas ferramentas. A partir dessa necessidade, surgiu a idéia de promover o curso”, explica Alessandra.

Para ministrar a oficina, elas trouxeram de Belo Horizonte ninguém menos que Ulisses Spagiari – o Tio Uli – um ex-executivo da Hewlett Packard que abandonou a vida burocrática dos escritórios para percorrer o Brasil alegrando crianças, adolescentes e adultos com seus bonecos. O trabalho, que já rendeu bons resultados na recuperação de crianças em hospitais e de idosos em asilos, é mais uma ferramenta da qual o professor pode lançar mão para atingir sua meta, garantem especialistas.

“Está comprovado que, em uma hora de discurso ou aula, o ser humano adulto retém apenas vinte minutos. Com a criança, esse tempo é ainda menor. Por isso, é importante que o professor seja criativo e, sempre que possível, surpreenda o aluno.

 

Hoje, já há muitos professores que ensinam seus alunos a memorizar fórmulas de Matemática e Física por meio de música. O mesmo pode ser feito com bonecos, basta dominar as técnicas, pois a perfeição na articulação do fantoche é que vai ajudar a reter a atenção da criança por mais tempo”, ensina Ulisses.

Segundo Patrícia, a proposta se enquadra nos parâmetros curriculares e nas diretrizes do MEC. “As vantagens são inúmeras, pois tudo que é lúdico chama a atenção da criança. Alguns professores ainda insistem em ficar restritos ao quadro e ao giz. Fantoches e ventriloquias são mais um recurso para o educador, que pode transmitir o conteúdo da disciplina interagindo com o aluno em atividades lúdicas”, afirma.

Rosenilde de Oliveira, professora de Educação Infantil e do Ensino Fundamental, espera enriquecer suas aulas com as técnicas que aprendeu na oficina. Ela acredita que as aulas ficarão mais dinâmicas e que os alunos se sentirão mais estimulados. A professora Janaina Nascimento também participou da oficina com o objetivo de aplicar a arte dos fantoches em suas turmas. “O professor deve estar sempre buscando aperfeiçoar-se e, no caso dos bonecos, as aulas ficarão mais divertidas. Se os adultos se encantam, o que dizer das crianças?”, indaga. Segundo ela, depois de estar habilitada a manusear os bonecos com naturalidade, seria importante fazer um curso para aprender a construí-los.

A professora Isabel Lourenço gostou da idéia. Há seis meses, ela confecciona bonecos de espuma e tecido e acha fundamental que o professor possa criar os seus próprios personagens. “Dependendo da idade dos alunos e da abordagem do professor, serão necessários vários bonecos. Nas aulas de Artes, até mesmo os alunos poderão aprender a construí-los”, afirma.

Durante a oficina, os cerca de 90 professores inscritos aprenderam e exercitaram o posicionamento dos dedos e as técnicas de articulação da boca. Ulisses ensinou ainda como são feitos os diálogos e, até mesmo, os macetes para os casos em que for preciso improvisar. “Seja qual for o boneco (marionete, fantoche ou ventriloquia), o encanto do personagem está no sincronismo da fala com os movimentos labiais. Embora seja uma fantasia, é necessário dominar bem a técnica para que a mensagem atinja, com eficácia, o público receptor”, completa.


 

 

 


 

Aprendendo a manipular um fantoche

 

 

 

 



 

 

 

 



Centro Educacional Nazareno (Cenaza)
Tel.: (21) 2791-7821 / 2791-7822