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Com o Fórum, a escola pretende aproximar os alunos da realidade do mercado de trabalho

Sonhar é preciso, inovar é possível. Esse foi o lema que impulsionou professores e alunos da Escola Técnica Estadual Ferreira Viana a promover o Primeiro Fórum de Tecnologia, realizado no período de 9 a 13 de agosto. O objetivo maior do evento foi o de abrir à comunidade as portas da instituição, que acabou de completar 116 anos. Palestras, exposições de projetos e atividades culturais marcaram a semana.

Para a coordenadora-geral do Fórum, professora Márcia Cláudia Ribeiro Jauffret Coelho, o evento não ficou restrito às exposições técnicas, abrindo espaço para apresentação de dança, teatro e mostra de poesias, além de enveredar pela seara dos direitos humanos, do meio ambiente e da saúde. “A nossa proposta é a integração de todos os professores dentro da sua área de atuação, pois, apesar de sermos uma escola técnica, formamos cidadãos. Afinal, educar é integrar, promovendo a confraternização e buscando parcerias dentro e fora da comunidade escolar”, acrescenta.

O primeiro dia do evento foi voltado para as apresentações de projetos desenvolvidos pelos alunos dos cinco cursos técnicos da escola: Eletrotécnica, Eletrônica, Telecomunicações, Informática e Edificações. Entre os trabalhos apresentados, destaque para a maquete de uma residência – desenvolvida por alunos do 2.º ano de Eletrônica – equipada com sistema de segurança acionado por fotocélula.

Os alunos do 3.º ano de Eletrotécnica reproduziram a geração, a transmissão e a distribuição de energia de uma hidrelétrica. Foram expostos, ainda, trabalhos utilizando sinalizadores, fontes construídas com circuito resistivo e correntes alternadas, além de experiências utilizando a transformação de energia elétrica em energias luminosa e calorífica, através de filamentos de tungstênio.

Já os alunos do 3.º ano de Edificações expuseram projetos arquitetônicos de plantas e fachadas, enquanto os segmentos de Internet e provedores foram explorados pelos estudantes de telecomunicações. Algumas empresas trouxeram equipamentos para realizar experiências e apresentar novas tecnologias, como foi o caso de uma indústria da área de construção civil que expôs um novo sistema hidráulico inédito no país. “O Fórum é uma iniciativa extraordinária, um novo rumo que a escola está tomando. É um grande marco para os que estão e para os que vierem. A partir de agora, todos nós temos de dar continuidade a esse projeto”, afirma o professor Caninas.

Outro ponto alto do evento foram as palestras promovidas por profissionais de diversas áreas, apresentando perspectivas e tendências do mercado de trabalho e a postura do candidato a uma vaga de emprego. “Atualmente, vem ocorrendo uma mudança de comportamento em relação ao mercado. Hoje, além do enfoque tecnológico, o grande diferencial é a atitude do profissional. Postura, educação e qualificação são os diferenciais para o mercado de trabalho e para a formação do cidadão”, completa a professora Márcia Cláudia.

O Fórum contou ainda com a colaboração do Clube Técnico, órgão formado por um grupo autônomo de alunos da escola com a proposta de ser uma incubadora de empresas, desenvolvendo cursos e palestras. “O nosso trabalho está focado na capacitação e no desenvolvimento curricular dos alunos da escola. Nesse Fórum, o Clube colaborou com a estrutura administrativa do evento”, explica Sandro Moura, aluno de Edificações e um dos fundadores do Clube.

Entre uma palestra e outra, Willian Santos Gonçalves, aluno do 2.º ano de Eletrônica, demonstrava todo o seu entusiasmo com os conhecimentos que estava adquirindo por meio do evento. Ele havia acabado de assistir a palestras ligadas a medidas eletrônicas, instrumento de medição e geração de energia elétrica, além de uma apresentação de Autocad, um software considerado fundamental

 


 



para profissionais de áreas técnicas. Willian revelou estar trabalhando com duas invenções e que pretende apresentar pelo menos uma delas ainda este ano. “O primeiro projeto é a criação de um mouse infravermelho com funções extras, como acesso a menus do computador, controle de volume, acionamento liga/desliga e teclado numérico. O segundo é um tradutor de programas para montagens de circuitos, o que seria muito útil no dia-a-dia dos alunos e, até mesmo, de profissionais”, afirma.

Já a aluna Carolina Marzullo, também do 2.º ano de Eletrônica, participou de palestras sobre vírus digital, sistemas operacionais e redes de computadores. Para ela, o Fórum está abrindo novas portas para os estudantes da escola, propiciando um contato maior com as empresas que atuam na área.

Durante toda a semana, a escola recebeu ilustres visitantes Madrigal, como o Coral e profissionais do Centro de Enfermagem de Quintino, que exibiram vídeos e peças de teatro. Houve, ainda, mostra de cinema e apresentação de rapel. O aluno Yuri Fernandes, do 2.º ano do curso de Mecânica, ganhou o destaque de “poeta da escola”, pela autoria do poema “Para o Mundo Ser Mais Bonito”. Abordando o lado social, o Fórum promoveu uma gincana beneficente, cuja tarefa foi despertar o sentimento de solidariedade entre os alunos. Em apenas cinco dias, eles arrecadaram mais de duas toneladas de alimentos, que foram distribuídos entre instituições de caridade.

 


Para a professora de Eletrotécnica Margareth Nunes Silva, a Escola Ferreira Viana sempre teve a característica de manter o intercâmbio entre professores e ex-alunos. Segundo ela, essa relação será intensificada com a realização anual do Fórum. “Partimos do princípio de que não temos tempo hábil para ensinar tudo o que o aluno necessita. Quando o aluno conclui o curso, ele pode, por e-mail ou telefone, consultar os professores em qualquer momento de sua vida profissional e tirar suas dúvidas”, conta.

Pedro Fiusa, que concluiu o curso de Eletrotécnica em 2003, foi à escola conferir algumas atividades do Fórum e dar uma boa notícia para seus ex-professores: tinha acabado de obter emprego como projetista predial. “Foi uma experiência enriquecedora ter concluído o curso técnico. O Fórum abrirá novas portas e a mente dos alunos para uma formação cada vez mais completa”, afirma.

Ao concluir o evento, a coordenadora Márcia Cláudia estava com a certeza de ter alcançado o objetivo de integrar a escola à comunidade. “O aluno precisa ver a escola como a extensão da sua própria casa e, em muitos casos, encontrar na instituição a motivação que ele não encontra em seu lar, servindo como referencial para concretizar seus sonhos. Isso é educação. É um mover por um objetivo comum”, conclui.


Escola Técnica Ferreira Viana
Tel.: (21) 2569- 0224 / 2234- 8269




 






Os professores e alunos
acreditam que os cursos técnicos
antenados às novas tecnologia
são o passaporte para os
futuros profissionais


As turmas de Eletrotécnica apresentaram experiências com circuitos e correntes alternadas


Alunos de Eletrônica
montaram um sistema de
segurança acionado
por fotocélula


O aspecto social da Feira: em
cinco dias, os alunos arrecadaram alimentos para instituições carentes