<%@LANGUAGE="JAVASCRIPT" CODEPAGE="1252"%> Untitled Document

 

O Museu do Telephone, nos últimos quatro anos, se consolidou como um dos mais movimentados centros culturais do Rio de Janeiro, ocupando um lugar de destaque no cenário carioca. Além de deter o mais importante acervo sobre a história da telefonia no Brasil – fotos, documentos, móveis e objetos – passou a ocupar um importante espaço de cultura e educação da cidade, ao oferecer à população, de forma gratuita, uma programação intensa e de qualidade nas áreas de teatro, música, vídeo e arte contemporânea.


O Museu possui, em seu acervo, mais de 100 aparelhos telefônicos, entre modelos que datam de 1895 até os atuais celulares. Nele estão as réplicas do primeiro aparelho patenteado por Graham Bell (transmissor/receptor) e do aparelho de D. Pedro II (o original está no Museu Imperial, em Petrópolis).

O visitante encontrará também um telefone “Pé-de-Ferro” de 1895; uma mesa PBX de 1900; o primeiro telefone público de emergência em ferro fundido, de 1907; telefones tipo “castiçal”, de 1910; vários tipos de telefones de parede a magneto (décadas de 10 e 20); os primeiros modelos de telefone da década de 30 a magneto; os três modelos de telefone que inauguraram o sistema automático em São Paulo (1928) e no Rio de Janeiro (1930); o telefone dourado do ex-presidente Getúlio Vargas; telefones automáticos de mesa dos anos 30 até os anos 90; a evolução dos telefones públicos, desde os de sistema manual até os de cartões indutivos; telefones celulares, além do telefone para uso de deficientes auditivos, em funcionamento.


Os aparelhos públicos de telefone a cartão surgiram em 1976, na Itália. Hoje, cerca de 180 países utilizam este sistema e os cartões podem ser óticos, magnéticos, eletrônicos, indutivos e remotos. No Brasil, a inauguração do sistema aconteceu na Eco-92, conferência mundial no Rio de Janeiro. Durante este evento, foi lançada a primeira série, composta de 7 modelos de cartões: Vitória-Régia, Tiê-Sangue, Jacaré, Arara-azul, Mico-Leão-Dourado, Pantanal e Tamanduá bandeira.


O Sistema Indutivo foi inventado em 1978 pelo engenheiro Nelson Bardini e desenvolvido pela Telebrás. É o único que não apresenta nenhuma seta ou posição definida para o cartão ser colocado no aparelho. Os cartões são feitos com uma folha de PVC medindo 8,4cm x 5,4cm, sobre a qual é aplicado um filme metálico cortado em 104 pequenas células ou micro-fusíveis. Durante a ligação, a leitora do aparelho emite pulsos que “queimam” os microfusíveis. Das 104 células, 4 são de controle e informam ao aparelho a quantidade de créditos utilizados do cartão.


O Acervo Fotográfico do Museu do Telephone reúne mais de 15 mil imagens da história das telecomunicações no Rio de Janeiro. São fotos de 1900 até os nossos dias, incluindo raríssimos exemplares de Augusto Malta, fotógrafo que registrou as transformações e a vida na Cidade do Rio de Janeiro no início do século. No Centro de Pesquisa, o visitante tem acesso a um valioso acervo de Listas Telefônicas do Rio de Janeiro, de 1905 até 1999, disponível para pesquisa.


A entrada reproduz fielmente um antigo posto telefônico. Três cabines da primeira metade do século XX foram restauradas e estão em exposição com manequins simulando os antigos usuários. Há, ainda, um telão que é usado em alguns eventos e pode retransmitir, direto, ao vivo e a cores, o que acontece no palco do Teatro Estação Beira-Mar quando os espetáculos estão superlotados. Ainda no primeiro andar, no Salão de Exposições, mostras de fotografias, cinema, quadrinhos, ilustrações e todas as formas de comunicação se revezam em uma programação cultural incrementadíssima.


As exposições permanentes do Museu do Telephone ficam no segundo andar. A linha da história começa na primeira sala, onde o visitante participa – através de textos inscritos nas paredes, de aparelhos, objetos, documentos e fotografias – da aventura da invenção do telefone, por Alexandre Graham Bell, e da sua descoberta para o mundo, por D. Pedro II. A seguir, na segunda sala, há um festival de aparelhos de todas as épocas, incluindo uma mesa telefônica de 1900. As diferentes formas de aparelhos são um relato vivo da evolução do sistema, mostrando a troca da manivela pelo disco perfurado e telefones públicos, do magneto às fichas, até os atuais cartões indutivos.


No terceiro andar, uma gigantesca central telefônica antiga ocupa praticamente metade do espaço. Nas visitas escolares, as crianças têm uma demonstração prática de como ela funcionava, acompanhando passo a passo a transmissão da ligação. Finalmente, o famoso Teatro Estação Beira-Mar, em cujo palco peças infantis e adultas, shows e uma programação de vídeo se revezam.


O programa de visitas animadas Museu ao Vivo tem atraído centenas de crianças ao Museu do Telephone/Telemar. O projeto é dividido em quatro programas, voltados para faixas etárias diferentes. As visitas podem ser feitas, de terça a sexta, em quatro horários – 10h, 11h, 13h, 14h – e têm entrada franca.

O público mirim é conduzido por dois personagens reais, o próprio inventor do telefone, Graham Bell, e Dona Rosa, folclórica telefonista carioca, famosa por sua excelente memória. Encarnados pelos atores Alex Oliva e Viviana Rocha, os cicerones percorrem todas as áreas do Centro Cultural da Telemar, contando a história do telefonia e interagindo com o acervo.

Entre as peças que podem ser apreciadas, estão desde uma réplica fiel do primeiro telefone aos mais modernos celulares, passando por todos os tipos de orelhões e aparelhos de formas estranhas. Na área dedicada aos anos 90, podem ser vistos modelos curiosos, em forma de hambúrguer, salsichas e bichos. Ao final da visita, as crianças ganham brindes, como uma revista em quadrinhos, criada especialmente pelo cartunista Miller, telefones de cordel, o museu em cartonagem, para montar, e cartões telefônicos que podem usados em aparelhos do próprio Museu.

Museu do Telephone ­– Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo – Rio de Janeiro/RJ.
Obs.: Grupos grandes e escolas devem agendar a visita com antecedência pelos telefones: (021) 2556-3189 ou 2556-3189.
Fonte : http://www.telemar.com.br/museu