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Um congresso de professores realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi o ponto de partida para a professora de Matemática Maria das Graças Neto criar um novo método de ensino para os seus alunos. Durante o encontro, ela assistiu à apresentação de um trabalho que utilizava o Tangran para explorar perímetro e formas geométricas e decidiu adapta-lo à realidade da Escola Municipal Mário Cláudio, na Tijuca, onde atua há 26 anos. “A idéia era muito interessante e vi que poderia dar certo com os meus alunos. Então, resolvi aplicá-la em nossa escola. Como não tínhamos o Tangran, utilizei um livro, cujo conteúdo também explorava as formas geométricas ”, ressaltou Maria das Graças. A proposta, de acordo ainda com a professora, sugeria uma maneira prazerosa e divertida de ensinar Matemática que, pela classificação dos alunos, costuma liderar o ranking das disciplinas mais difíceis. Com base no que ouviu durante o congresso, Maria das Graças recorreu à sala de leitura e encontrou o livro As Três Partes, de Edson Luiz Kozminski, Editora Ática. O texto conta a história de uma casa que queria ser tudo – peixe, pássaro e até planta com vaso –, menos apenas uma casa. E, formada por figuras geométricas, ela se transforma a cada momento em um novo objeto. Na época, além de atuar em sala de aula, a professora trabalhava no Pólo de Informática de Educação para o Trabalho Mário Cláudio, que funciona na escola e é aberto aos alunos. Uma folha com figuras geométricas acompanhava o livro. Estas figuras foram reproduzidas no computador e, durante as aulas de informática, Maria das Graças pedia aos alunos que pintassem, na tela, usando o programa photo brushing, aquelas imagens que poderiam formar uma casa como a da história que eles ouviram. “O exercício ajudou as crianças a se familiarizarem com triângulos, trapézios e outras figuras geométricas”, acrescenta a educadora. Depois de identificar cada parte da casa no computador, os alunos receberam uma folha com as mesmas figuras geométricas para colorir e recortar. Desta vez, o objetivo da professora era fazer as crianças tomarem contato com as formas, trabalhando, assim, a percepção. Em seguida, os alunos foram estimulados a montar uma casa, de a “Surgiram casas de várias maneiras, dentro da visão que cada um possuía de uma casa. Foi muito interessante”, relembra Maria das Graças. Em uma segunda etapa do projeto, a professora utilizou as imagens do livro para trabalhar perímetro e área, colando as figuras sobre papel quadriculado. “Trabalhamos apenas os conceitos, sem nos preocuparmos com formas”, acrescenta a professora.
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