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Navegando na história das grandes conquistas marítimas, professores e alunos, de 1.ª a 4.ª série, do Colégio Saint John, situado na Barra da Tijuca, desenvolveram o projeto Navegar é preciso... A arte que vem do mar, cuja proposta é estimular a apreciação à cultura popular.

De acordo com a equipe pedagógica, a idéia central era relatar, através de encenações, parte dos fatos mais marcantes da história do Brasil ocorridos em águas brasileiras. A começar pela própria descoberta do Brasil, naquele distante 22 de abril de 1500, quando os Portugueses aqui aportaram e deram início ao processo de ocupação, administração e exploração de nossas terras. “A escolha do mar como elemento gerador do processo foi o ponto de partida para alavancarmos o projeto”, explica uma das professoras envolvida no projeto.




Sob a orientação do corpo docente, cada turma ficou responsável por uma etapa da pesquisa. A primeira tarefa foi fazer o levantamento de algumas músicas que falassem sobre o tema em destaque. As canções Avalon, de Gregor Theelen; Chegança, de Antônio Nóbrega e Wilson Freire; Erê, de Carlinhos Brown; Como Uma Onda, de Lulu Santos; O Mar Serenou, de Candeia, interpretada pela saudosa Clara Nunes; Maresia, de Antônio Cícero, interpretada por Adriana Calcanhoto, e muitas outras, compuseram o roteiro musical das apresentações.

Músicas definidas, o próximo passo foi criar as coreografias e confeccionar as alegorias e os adereços


 


A equipe de professores de Educação Física montou as coreografias, apresentadas pelos estudantes, mesclando atividades de expressão corporal, dança e jogos teatrais. Já os professores de Artes, responsáveis pela confecção dos adereços e pela ornamentação do local, com a imprescindível ajuda dos alunos, coloriram o evento com seus trabalhos artísticos: embarcações, bandeiras, máscaras, chapéus com formato de peixes, golfinhos, lulas... e muitas outras espécies que habitam o fundo do mar.

De acordo com a equipe pedagógica, uma das preocupações do grupo era que todo o projeto fosse retratado de uma maneira lúdica, porém, sem perder o cunho pedagógico. Relatando desde as conquistas marítimas portuguesas, através das inúmeras batalhas, até a chegada dos africanos, asiáticos, europeus e outros povos, os quais, direta e indiretamente, contribuíram para a formação da cultura popular brasileira.

Seguindo viagem, em águas interdisciplinares, os professores de História e Geografia auxiliaram os estudantes no levantamento de dados sobre o folclore brasileiro e a chegada dos colonizadores no Brasil, via mar. Na disciplina de Português, os professores trabalharam a parte textual orientando a turma na análise e interpretação das letras das músicas que fizeram parte da trilha sonora do evento.





Para que todos – comunidade escolar, pais e visitantes – interagissem de maneira plena com o que o tema em destaque, um grupo de alunas entrou na quadra esportiva levando às mãos um grande véu azul com aplicações e desenhos de diversas espécies aquáticas, simulando o ir-e-vir das ondas do mar, dando início às apresentações do Projeto Navegar É Preciso... A arte que vem do mar.

Em seguida, um grupo com cocares coloridos, presos à cabeça, teatralizou a surpresa e a expectativa dos nativos indígenas ao verem os Portugueses desembarcando em terras brasileiras. Logo depois, ao som do poema “Navio Negreiro”, a turma da 4.ª série, com suas roupas brancas desfiadas e argolas presas às mãos, relembrou, de forma emocionante, a chegada sofrida dos negros africanos.


Para lembrar a importância dos marinheiros e pescadores na história do folclore, alguns alunos, com vestimentas e símbolos que lembravam os militares da Marinha, estilizaram o folguedo, dança dramatizada, conhecida como Chegança ou Marujada, cujo enredo simboliza a luta entre Mouros e Cristãos durante a invasão da Península Ibérica. Segundo a equipe pedagógica, essa dança p raticada em vários Estados brasileiros tem maior destaque nas regiões costeiras e ribeirinhas do Nordeste, Centro-Leste e Sul do país.

Caracterizados de sereias, tartarugas, golfinhos e outros seres aquáticos, os alunos da 1.ª série realizaram a dança das águas, resgatando as lendas sobre as espécies submarinas, contadas nos quatro cantos do mundo. No final do evento, embalados pela música de Lulu Santos – Como Uma Onda –, todos os educandos reproduziram, metaforicamente, o movimento do mar, suas ondas, marés, tempestades e calmarias, mostrando que, tanto na vida como na arte, há sempre novos caminhos a serem explorados e conquistados.

“A meta foi alcançada!”, orgulha-se a equipe pedagógica, afirmando que a culminância do projeto Navegar é preciso... A arte que vem do mar foi mais que uma festa. Foi, na verdade, a certeza de que a arte e a cultura popular podem estar no centro do processo pedagógico, possibilitando a todos os envolvidos o prazer e a alegria da criação coletiva.

Colégio Saint John
Tel.: (21) 3325-3288