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Durante a feira, os alunos puderam ler e comprar livros.
O objetivo era instigar o hábito de leitura e a criatividade

Com pinturas em aquarela, os alunos da 1ª série fizeram uma releitura do livro Chapeuzinho Amarelo, escrito por Chico Buarque
Após assistirem o teatro de fantoches, que explorou o tema corpo, os alunos da Alfabetização fizeram maquetes do personagem da história
AS turmas de Educação Infantil desenvolveram um trabalho de expressão corporal e de construção do pensamento, encenando a história da Chapeuzinho Vermelho


Oficinas, exposições, café filosófico, contação de histórias, recitais, teatro e degustação foram algumas das atrações da III Feira Olhar Cultural, que aconteceu em setembro, no Colégio Notre-Dame, unidade Recreio dos Bandeirantes. O evento foi o resultado de trabalhos produzidos com as turmas da Alfabetização à 6.ª série, durante o período letivo, os quais envolveram todas as disciplinas.

Os objetivos do projeto, segundo a diretora da escola Elena Bini, foram favorecer a interação dos alunos com as múltiplas faces do olhar, promover o gosto pela leitura, ampliar o conhecimento literário e proporcionar aos alunos momentos de autoria. “Ao longo do ano, preparamos os alunos para a feira. Instigamos o espírito de investigação e a busca pelo conhecimento, utilizamos as várias formas de se fazer cultura e fizemos com que eles fossem os autores das obras que foram apresentadas”, explica.

Dentro dos propósitos da feira, os alunos tiveram contato com temas que variaram da celebração dos 60 anos do compositor Chico Buarque à história da Chapeuzinho Vermelho, passando pela arte de Portinari e de Debret. Para desenvolver estes temas, a brincadeira, a leitura, a prática e a criatividade foram os ingredientes principais.

As turmas da Educação Infantil conheceram a história da Chapeuzinho Vermelho. Os alunos fizeram desenhos e, em um cenário montado pelas próprias crianças, teatralizaram a história contada. O objetivo foi desenvolver um trabalho voltado para a construção do pensamento e para a expressão corporal.

Em um trabalho sobre o ecossistema marinho, as crianças das turmas de Alfabetização criaram a história da tartaruga Tamar, inspiradas no projeto que leva o mesmo nome. À medida que a história foi se desenvolvendo, as palavras foram apresentadas aos pequenos. Assim, a alfabetização foi feita pelo texto que eles mesmos criaram.

A parte artística também seguiu o tema marinho. Uma pequena sala da escola foi transformada no fundo do mar. Utilizando jornais, cartolinas, isopor, lápis de cor, tinta guache... e muita imaginação, os alunos criaram um painel, intitulado No Fundo do Mar Tem..., no qual foram colados desenhos de cavalos-marinhos, estrelas-do-mar, peixes, tubarões e muita água.

Chico Buarque foi o objeto de estudo dos alunos da 1.ª série. Aproveitando o festejo pelos 60 anos do cantor e compositor, foram feitas pesquisas sobre sua vida e obra com o objetivo de criar um painel cronológico. Com tinta guache e papel, cada ano da vida de Chico foi retratado pelos alunos. A obra Chapeuzinho Amarelo, escrita pelo artista, também serviu de inspiração para que fossem feitos quadros com a releitura do texto.

Na disciplina de Matemática, a 1.ª série confrontou histórias, fazendo registros matemáticos. Assim, foram estudados os personagens comuns das obras Chapeuzinho Vermelho e Chapeuzinho Amarelo. O resultado foi visto no conteúdo sobre conjuntos, em que o lobo-mau era o elemento comum das histórias.

A 2.ª série mostrou seu lado artístico estudando o trabalho da pintora brasileira Tarsila do Amaral e revendo a história do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Para mostrar o que foi aprendido, fizeram uma releitura dos quadros da pintora e, inspirados em Visconde de Sabugosa, criaram novos personagens, utilizando verduras e legumes.

Com o tema Infância e Cidadania, os alunos da 3.ª série fizeram pesquisas sobre a realidade dos meninos de rua, o trabalho escravo e o submundo das drogas. Para aprofundar o assunto, ex-dependentes de drogas foram convidados para palestrar.

A mídia e a propaganda foram os temas das aulas de Português da 4.ª série. A idéia foi mostrar a influência e, muitas vezes, o abuso dos comerciais como, por exemplo, a falta de especificação de alguns produtos de acordo com as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Para ilustrar o assunto, os alunos fizeram maquetes de novos produtos, criados por eles. Entre as invenções estavam o depurador de água e os combustíveis antipoluentes, que também traziam a especificação de suas características.

A Família Brasileira sob o Olhar dos Artistas foi o título dos painéis criados pelos alunos da 5.ª série. Após discutirem, nas aulas de filosofia, assuntos como paz, desmatamento, diferenças e pensamento, estes se transformaram em desenhos, feitos em giz de cera, com mensagens resultantes da reflexão feita pelos estudantes. A inspiração para os desenhos seguiu a linha das obras do pintor Salvador Dalí.

Os alunos da 6.ª série desenvolveram o Projeto Alimentado-se com Saúde, que envolveu as disciplinas de Matemática e Geografia. Para conscientizá-los de que o reaproveitamento de alimentos como, por exemplo, cascas de banana e de mamão, produz comidas com valor nutritivo, a professora de Matemática ensinou-os a fazer a tabela de cálculo calórico e a calcular o valor nutritivo dos alimentos. Para colocar em prática o que foi aprendido, os alunos colocaram a mão na massa e fizeram doces e salgados, que foram degustados na feira. Nas aulas de Geografia, estudaram a alimentação regional do país.

Na III Feira Olhar Cultural, quando os trabalhos produzidos foram expostos, pais e alunos também puderam assistir a palestras de autores de livros infantis, participar da degustação, interagir com o teatro de fantoches e se divertir com as apresentações feitas pelas crianças.



“Ficamos sensibilizados e felizes pelos resultados obtidos. O envolvimento dos alunos, dos professores e dos pais transformou a feira em uma grande sala de aula, na qual todos se uniram para pensar juntos. Percebemos que as crianças se apaixonaram pelo projeto, até porque, quando deixamos que eles sejam os autores, eles produzem bem, formam o senso crítico, criam autonomia e colocam as idéias em prática” – conclui a diretora.


Colégio Notre-Dame
Tel.: (21) 2490-9250