

Alunos
utilizam atividades lúdicas para falar da genialidade de Monteiro
Lobato
Por
Tony Carvalho
Na
Semana da Leitura, os alunos do Ensino Funda-mental do Centro Educacional
Saviane, em São Gonçalo, vivenciaram uma nova experiência. Foram mais
de 10.080 minutos ou 168 horas, ou melhor, sete dias participando de várias
ações lúdicas como jogos, peças teatrais, contação de histórias, entre
outras atividades que os ajudaram a complementar a linguagem referencial,
além de assimilar novos valores e transmitir o conhecimento através de
entretenimentos educacionais.
Na etapa inicial dos trabalhos, os alunos realizaram pesquisas junto aos
pais e avós sobre como eram as brincadeiras de outrora: o carrinho de
rolimã, as bolinhas de gude, as bolhas de sabão, os pés de lata, as brincadeiras
com corda, entre outras, foram resgatadas com o intuito de, posteriormente,
ensinar essas brincadeiras para as crianças menores (Educação Infantil),
que certamente não conhecem essas modalidades.
Após a etapa
de seleção das ati-vidades, cada grupo dividiu as brincadeiras, atribuindo-as
aos vários personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Na tenda da Dona
Benta, a aluna da 8.ª série, Carla Vanessa, 14 anos, incorporou a personagem
transformando-se numa autêntica contadora de histórias. À medida que os
‘visitantes’ – alunos da Educação Infantil – entravam em uma barraca,
era iniciada uma verdadeira viagem ao mundo dos contos e das fábulas.
“É muito bom estar aqui narrando estas historinhas para elas. A gente
aprende com isso e elas também”, afirma.
Quem visitava a tenda do Visconde era convidado a participar de jogos
que estimulavam o raciocínio lógico. Enquanto isso, na tenda de Monteiro
Lobato, o aluno Mariano, também da 8.ª Série, tentava em cinco minutos
– tempo que cada grupinho permanecia em uma das barracas – resumir a extensa
obra do escritor. Já as cantigas de roda e as brincadeiras com corda tinham
vez na tenda da Narizinho.
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Moleque
travesso e danado, o personagem Saci reservou uma série de peraltices
para seus visitantes. Todos que entravam na tenda tinham de participar
das brincadeiras do chicotinho queimado ou do esconde-cachimbo. Na barraca
do Pedrinho, todos queriam dar uma volta no carrinho de rolimã, fazer
bolhas com sabão ou andar com os pés de lata. E a Emília recepcionava
os baixinhos com os jogos de amarelinha, mímica e trabalhos de expressão
corporal.
Além dos professores de Língua Portuguesa e Oficina Literária, o evento
reuniu os professores de Educação Física e Artes. Para Luiz Alberto, professor
de Educação Física, as brincadeiras, além de estimular a coordenação motora,
serviram para retomar um pouco das atividades lúdicas perdidas com o passar
do tempo. “A sociedade em que vivemos não oferece oportunidades para que
as crianças vivenciem esses entretenimentos, salutares para corpo e mente”,
resume.
 Além
de resgatar as brincadeiras, substituídas pelos entretenimentos tecnológicos
oferecidos pelo mundo globalizado, os alunos do primeiro e segundo segmentos
do Ensino Fundamental, focados nas obras do escritor Monteiro Lobato,
também produziram paródias baseadas nos textos do autor, construíram cordéis,
criaram histórias em quadrinhos e ainda encenaram uma peça na qual os
personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo receberam a visita de ilustres
figuras da literatura infantil, como o Peterpan e a Cinderela.
No final, quando todos já haviam visitado as tendas, os alunos da 6.ª
série fizeram uma apresentação cênica, culminando com a presença da personagem
Tia Anastácia, que, para a alegria da garotada, serviu alguns de seus
deliciosos quitutes.
Centro Educacional Saviane
Tel.: (0xx21) 3606-2950
Diretora: Elvira Santos Faria
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