Patrimônio Histórico Nacional, o Museu do Índio abriga
hoje grande parte da trajetória cultural indígena brasileira,
através do seu vastíssimo acervo etnográfico composto
por mais de 16 mil publicações nacionais e estrangeiras,
14 mil peças, 50 mil imagens em diversos tipos de suporte e cerca
de 200 filmes, vídeos e gravações sonoras, que, juntos,
elevam o Museu à categoria de maior detentor documental sobre as
sociedades indígenas do país. Em
atividade desde de 1953, já são quase 50 anos, o museu vem
preservan-do, resgatando e divulgando a cultura indígena brasileira,
através de mostras e variados eventos com destaque para a mostra
Tempo e Espaço na Amazônia: os Waiãpi, inaugurada
em março deste ano. Um
dos objetivos da mostra é evidenciar aos visitantes, em especial
o público infantil de 3 a 6 anos, que os índios são
povos contemporâneos, que vivem na nossa época, e que estão
vivos e presentes na nossa cultura, uma vez que nem todo índio
mora em oca, anda com adorno na cabeça ou canta e dança
o tempo inteiro. Enquanto nós estamos aqui, há uma
criança da tribo Waiãpi estudando em uma escola, existem
outras brincando, jogando bola e vendo televisão. Isso não
é uma coisa do passado, explica a antropóloga Arilza
de Almeida.
Ao chegar na expo-sição, os visitantes descobrem essas particularidades de maneira interativa, através de atividades nas quais eles têm oportunidade de manipular as peças, ver imagens e fotos, participar de jogos e brincadeiras, além de assistir a palestras, cujo obje-tivo é despertar o desejo de aprender mais sobre esses po-vos e desmitificar a idéia de que os índios são povos distantes da nossa realidade. |
A
programação educativa divide-se em dois eixos: o primeiro
são ativida-des direcionadas ao público de 3 a 6 anos; e
o segundo, aos visitantes já alfabetizados com idade entre 7 e
10 anos. Para o primeiro grupo, são oferecido produtos de maior
apelo visual, já o público alfabetizado desfruta de atividades
com informações de maior complexidade. Ao chegar no Museu, os grupos escolares são recepcionados por personagens que, juntos com os monitores, servem de guia durante a visitação. Todos os grupos têm oportunidade de participar de ações sobre o cotidiano dos Waiãpi através de jogos e outras atividades como: visita-descoberta; um dia na aldeia Waiãpi; o que tem no Karyru?; loja Artindia e muito mais. Mala Cheia de Histórias Além
das atividades, o Museu disponibiliza, gratuitamente, a todas as escolas
públicas e particulares a Mala Cheia de Histórias, composta
por jogos gigantes, exposições fotográficas e desenhos
feitos pelos Waiãpi, quebra-cabeças de aldeias indígenas,
roteiro para atividade de pintura corporal, livros infantis, vídeos
sobre o cotidiano de crianças indígenas e CDs com cantos
tradicionais. Este kit chega à escola acompanhado por textos sobre
a diversidade cul-tural indígena e sua contemporaneidade, além
de sugestões de bibliografia e sites de referência, bem como
sugestões quanto às possibilidades de uso em sala de aula.
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