Considerada
uma das precursoras do Modernismo no Brasil, Anita Malfatti, pintora e
desenhista, começou a pintar ainda menina sob orientação
da mãe. Aos dezes-seis anos, transferiu-se para a Europa, onde
freqüentou, por três anos, a Academia de Belas Artes de Berlim
e o Museu Dresden. Estudou gravura, desenho, pintura, além de conhecer
os principais mestres do expressionismo alemão. De
volta ao Brasil em 1914, realizou sua segunda exposição
individual com mais de 50 trabalhos, recebendo, na época, violento
ataque da crítica conservadora, especialmente de Monteiro Lobato,
que não era simpatizante da corrente modernista. A partir dessa
crítica, abriu-se uma polêmica que acabou por aglutinar os
futuros líderes da Semana de Arte Moderna. Sua exposição
deu inicio à revolta contra o academicismo. As obras de Anita são marcadas por contornos definidos, formas diferentes e tons fortes, comtendência para o Fauvismo. Na época, a pintora fez uma revolução na arte, rompendo com o padrão do momento em que predominavam as cores pastéis. O sucesso de Anita foi possível apesar da deformidade que apresentava na mão e braço direitos era canhota forçada.
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Na
primeira etapa, as professoras mostraram às crianças que,
se com o problema na mão, Anita conseguiu pintar tão bem,
elas que não tinham doenças assim poderiam fazer melhor.
A idéia era levar os alunos a superar as barreiras, já que
muitos colocavam dificuldades. O segundo passo foi apresentar às crianças as técnicas que poderiam ser usadas. Algumas utilizaram carvão; outras, colagem e pintura a guache.
Descobrindo Talentos Um
dos objetivos do trabalho era descobrir talentos e isso foi alcançado.
Alguns alunos surpreenderam na arte. Segundo a professora de Educação
Infantil e Especial Gláucia Regina Pires, a mostra desenvolvida
com as crianças também teve o intuito de mostrar que elas
têm possibilidade de ser produtoras criativas, aumentar a sua auto-estima
e valorizar tudo que produzem. Célia
Regina Huguenin, professora do primeiro segmento do Ensino Fundamental,
acrescentou que o objetivo também foi mostrar que os alunos podem
ir longe quando lhes dão oportunidade de criar. Na nossa
escola, não há nenhum professor de apoio. Não existe
nenhum professor de teatro, arte etc. Se o tivéssemos, resgataríamos
crianças que vivem à margem da sociedade. A professora informou que a maioria dos cerca de 1.140 alunos do CIEP vive em áreas invadidas e que muitos passam até fome. Várias crianças fazem coisas erradas, porque não têm oportunidade de mostrar seu potencial para fazer coisas boas, concluiu.
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