Na história da humanidade, a violência sempre teve o seu lugar de destaque. As investidas do homem contra o homem, do forte contra o fraco, do Estado contra o povo e da religião contra o pensamento transcenderam as civilizações, fazendo-se presente em todos os momentos de nossa convivência.

As guerras – a maioria delas em nome do fundamentalismo religioso, de “Deus”, da dominação econômica ou da hegemonia entre os povos – encheram de sangue a nossa História.

Inúmeros sistemas criados pelo homem promoveram o uso da violência, desencadeando crudelidades para a consolidação de suas idéias ou predominância de seus poderes.

O Teocracismo, o Ateísmo, o Comunismo, o Capitalismo, o Feudalismo, o Mercantilismo, o Religiosismo defectivo do Cristianismo, do Islamismo, do Hinduísmo, do Budismo, do Judaísmo... As grandes guerras locais e mundial – as Revoluções Francesa, Russa, Cubana –, as invasões e pilhagens bárbaras ou romanas, as cruzadas, os massacres e genocídios, o Nazismo, o Fascismo e tantas outras vãs filosofias tornaram-se motivos para atentados contra a vida.

Com a modernidade, a violência assume formato global, acompanhando a onda da chamada Globalização informativa e econômica. Na contemporaneidade, defrontamo-nos com uma tipificação multifacetada da violência. Esta deixa de ter caráter predominantemente filosófico ou geopolítico e banaliza-se no cotidiano das sociedades modernas.

Do simples furto de uma bolsa ao consumo e tráfico de drogas, seqüestros, latrocínios, pedofilias, violência nos estádios e no trânsito ou confronto entre a polícia e o crime – tudo isso tornou-se parte de nossa realidade. De certa forma, nos acostumamos com a violência urbana e quase já achamos normal esta síndrome do comportamento humano.

Certamente, não voltaremos às épocas tribais ou às barbáries das Idades Antiga e Medieval, mas sabemos que, nesses novos tempos, podemos contar com um instrumento imprescindível para combater a “ neoviolência” – a Educação.

Quanto mais educarmos nossa sociedade, menos violência teremos. Por isso, precisamos, a qualquer custo, Educar para não Recrudescer.

Ednaldo Carvalho
Jornal Educar