Por Cláudia Sanches Para o diretor da escola José Carlos Gonçalves, a feira sempre teve grande importância, porém, de dois anos para cá, ela cresceu muito e tornou-se um acontecimento no município: Fizemos divulgação até através de outdoors, revela o diretor, que trouxe aproximadamente 15 mil pessoas ao colégio, entre turmas de outras instituições de ensino e educadores. Segundo Johnny Veríssimo, coordenador dos cursos de Informática, a feira foi organizada pelos professores e alunos da Educação Infantil até o Ensino Médio.
O professor Alexandre também fez parcerias com academias, que apresentaram lutas marciais e coreografias de dança: Além dos ritmos da cultura pop e de dança contemporânea, aos quais os alunos estão mais acostumados, apresentamos também um balé clássico. A professora Tereza Betsold, única bailarina do gênero na Baixada Fluminense, fez uma apresentação aqui na quadra, orgulha-se o professor: O objetivo é enriquecer o patrimônio cultural dos estudantes. A divulgação do evento ficou por conta da turma do curso de Marketing. Além das parcerias com empresas, que estiveram presentes com seus stands, durante a feira o grupo de marketing funcionou como um banco de informações. A divulgação externa foi feita pela Internet e através de outdoors, patrocinados por algumas empresas. Aqui na feira, estamos trabalhando no sentido de orientar as pessoas. Acionamos nossa equipe na hora em que começam as apresentações, diz Eliezer Ricardo, aluno do 3.º ano do curso de Informática, responsável pelo site de Marketing. Um grupo muito interessante foi a turma que criou o Clube do Astronauta. O tema era a conquista do espaço através da informática. Aqui, em Duque de Caxias, se fala pouco em Astronomia, queixa-se o professor Johnny. O grupo produziu maquetes, apresentou o primeiro brasileiro que irá ao espaço e montou um miniplanetário onde os próprios alunos mostraram os satélites no Sistema Solar aos visitantes. Além disso, o grupo trouxe um astrônomo na escola para dar uma palestra sobre o tema durante a feira. A idéia foi falar sobre a importância da Ciência, que infelizmente tem pouco incentivo no nosso país, afirmou o professor.
Um
Mergulho na História |
De um lado do túnel, os estudantes colocaram fotos e textos relativos aos aspectos religiosos, e do outro lado, aqueles referentes aos aspectos materialistas. Quem andava através do túnel escuro, todo feito de sucata, mergulhava na pré-história; na Idade Média, com a supremacia da Igreja Católica; na Renascença, com o surgimento da arte e da ciência para explicar o surgimento do mundo, com a Reforma protestante de Ítalo Calvino; nas guerras mundiais; nas ideologias de esquerda da década de 60, passando por Che Guevara, até chegar à expansão do Islamismo e às ideologias neoliberais. Tudo isso para que as pessoas pudessem entender o porquê do fato. Eles fizeram uma análise do passado para entender o presente e pensar o futuro, explicou Darlan. No fim do túnel, foi projetado um cômodo claro com frases e reflexões dos estudantes relativas à necessidade da paz mundial na tela de um computador.
O visitante chegava no local, fazia sua ficha, media pressão, peso e altura, e recebia informações sobre dieta saudável. No mini-hospital, havia uma sala de diabetes, na qual as pessoas com mais de 40 anos podiam fazer o teste, obter informações sobre a doença e seu tratamento, e também receber informações sobre prevenção do câncer de mama, útero e próstata, e higiene básica (direcionado à criança), bem como assistir a palestras sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). O roteiro terminava com a sala antiestresse, em que o visitante tinha à disposição alguns tipos de terapias alternativas, como massagem corporal e facial, meditação, uma miniacademia, alongamento e um chá calmante.
Para o professor Johnny Veríssimo, os alunos são motivo de muito orgulho: Eles fizeram isso tudo sozinhos. Eu apenas orientei no conteúdo junto com os outros professores. Às vezes, eles me surpreendem. Até as crianças saem daqui impressionadas com os trabalhos, revelou o professor emocionado: Os estudantes colocaram em prática os conhecimentos teóricos. Além do aspecto didático, o evento agora se tornou fundamental, uma vez que contempla a área cultural, muito carente aqui na Baixada Fluminense, afirmou o professor.
|