No projeto, que recebeu o nome de Marco Pólo e as Grandes Invenções, os alunos aprenderam sobre a vida do viajante que, em 1271, foi para a China, aos 16 anos, onde descobriu a pólvora, a bússola e os fogos de artifício, trazendo para o Ocidente essas e outras descobertas

Por Andréia Brilhante

“Você já parou para pensar como seria a sua vida sem os objetos que o rodeiam por todos os lados? Da lâmpada ao computador, do parafuso ao foguete, tudo o que facilita a nossa vida foi criado pelo homem. É o resultado da inesgotável criatividade humana”.

Depois de colocar esta questão em sala de aula, os professores do Colégio Chameguinho, em Realengo, trabalharam um projeto com alunos do pré-escolar à 4.ª série, mostrando desde as descobertas do viajante veneziano Marco Pólo, do século XIII, até os inventos das próprias crianças numa bela exposição. O objetivo foi estimular a imaginação e a criatividade dos estudantes.

No projeto, que recebeu o nome de Marco Pólo e as Grandes Invenções, os alunos aprenderam sobre a vida do viajante que, em 1271, foi para a China, aos 16 anos, onde descobriu a pólvora, a bússola e os fogos de artifício, trazendo para o Ocidente essas e outras descobertas. Com trajes chineses e muito colorido, as crianças também dançaram a música tema do programa Vila Césamo, que fala da criatividade.

Para cada turma um invento

As pesquisas não ficaram restritas a Marco Pólo. Cada turma pesquisou um invento e sua evolução, expondo tudo em cartazes e através de materiais reciclados. Alunos dos Jardins I e II pesquisaram como foram inventados os brinquedos e descobriram que, antigamente, as bonecas eram feitas de madeira e pano, e que, com o decorrer do tempo, passaram a ser usados materiais plásticos, ganhando roupas e muitas cores. Já a C.A. estudou os meios de comunicação, aprendendo, por exemplo, que o telefone foi inventado por Graham Bell, em 1879. A televisão e o rádio também foram pesquisados, e os alunos puderam observar a importância de cada um desses veículos.

Para a professora Mara Cristina da Silva, que trabalhou com a C.A, as aulas criativas são mais divertidas. “As crianças aprendem brincando e não fica aquela monotonia. Isto combate até a evasão escolar”, disse.

Os vôos foram pesquisados pelas turmas de 2.ª e 4.ª séries da professora Sheila Maria Abraão. Entre os inventos estudados estava o Zepelin, primeiro balão livre construído por Santos Dumont em 1898, que também estava em exposição, mas, claro, feito pelos alunos, com material de pára-quedas e muita criatividade.

A 1.ª série, da professora Joseli Rodrigues, trabalhou com a criação e a evolução da roda, mostrando como surgiu a bicicleta, aperfeiçoada pelo alemão Drais, em 1815.

Cinema e fotografia ficaram por conta da 3.ª série, que aprendeu, por exemplo, que o americano George Eastman Kodak inventou o rolo de filme, em 1889. Alguns fatos curiosos também foram abordados, como a primeira projeção de uma locomotiva numa sala escura, quando as pessoas saíram gritando, por acharem que a locomotiva sairia da tela.

Alunos também inventam

Entre os inventos dos próprios alunos, havia um cachorro futurista que come mola e ferro, feito com latas, garrafa de refrigerante e papel laminado. Eles inventaram, ainda, uma poltrona de caixa de leite, um jogo vaivém em garrafa e máscaras de gaze e gesso. “O objetivo desse projeto é incentivar a reciclagem do lixo e a criatividade, estimulando a criança a descobrir seu potencial. Quem sabe daí sai um cientista?”, questionou Cleuma Goulart de Oliveira, uma das diretoras do Chameguinho.