Mais de 16 milhões de mulheres deverão ser vacinadas durante a campanha

No período de 5 a 17 de novembro, treze Estados brasileiros estarão realizando a Campanha de Vacinação Contra Rubéola para mulheres com idade média entre 12 e 39 anos. Realizada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Órgão Executivo do Ministério da Saúde, esta campanha conta com a parceria de alguns Estados e municípios, que juntos têm como meta vacinar 95% das mulheres em idade fértil nos 13 Estados, o que equivale a 16,5 milhões de mulheres.

Nesta etapa, os Estados que estão fazendo parte da Campanha são: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazônia, Rondônia, Acre, Goiás, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Maranhão e Paraíba. No Estado do Rio de Janeiro, serão vacinadas apenas mulheres com idade entre 15 e 29 anos. Os Estados que não fizeram parte nesta fase estarão realizando a campanha no próximo ano.

O que é a Rubéola?

A rubéola é uma infecção viral, benigna, que tem sua importância quando acomete mulheres grávidas, devido aos riscos de malformações congênitas – defeitos que surgem durante a formação da criança dentro do útero materno –, podendo causar seqüelas no feto como cegueira, surdez, retardo mental e problemas cardíacos.

Sintomas mais freqüentes

Caracterizada por sintomas como febre baixa ou ausente, manchas na pele que costumam durar três dias e crescimento de gânglios linfáticos generalizados, a rubéola é causada por um vírus específico que tem sido encontrado no sangue e nas secreções nasofaríngeas – oriundas da parte da faringe situada atrás do nariz – de pessoas portadoras da doença.

 

Como é feita a aplicação da vacina

A aplicação da vacina é feita pela via subcutânea em crianças, a partir dos 15 meses, e o reforço acontece entre 4 e 10 anos de idade. No adulto, a vacina é aplicada em dose única. Entretanto, no momento da aplicação da vacina, as mulheres devem ter certeza da ausência de gravidez. A Fundação Nacional de Saúde adverte que as grávidas que, inadvertidamente, tomarem a vacina, devem procurar o posto de saúde mais próximo à sua residência para buscar orientação médica ou o médico responsável pelo acompanhamento do pré-natal. Além das grávidas, o uso da vacina não é indicado para indivíduos portadores de doenças malignas, deficiência imunológica e hipersensibilidade à neomicina.

Segundo dados do Centro Nacional de Epidemologia (Cenepi), em 1999, a incidência da rubéola na faixa etária de 15 a 19 anos era de 4 casos por 100 mil habitantes. No ano de 2000, na mesma faixa etária, o índice foi de 11,4 casos por 100 habitantes. A faixa etária de 20 a 29 anos também apresentou aumento de 5,7 para 11,9 casos por 100 mil habitantes.

A vacina que será usada nesta campanha é a dupla viral, que garante a imunização não só da rubéola como também do sarampo. O tempo de imunidade da vacina, que é aplicada em uma única dose, é duradouro. Durante a semana de vacinação, a Funasa distribuirá 19 milhões de doses entre os 2.842 municípios que estão engajados nesta campanha.

Com o objetivo de apresentar a situação da rubéola no país, a estratégia de vacinação e os aspectos relacionados à segurança da vacina, no último dia 24, a Funasa, em parceria com a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), realizou a teleconferência Vacinação Contra Rubéola. O público-alvo foi composto dos gestores municipais, ginecologistas-obstetras, pediatras e profissionais de saúde em geral. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Maria de Lourdes de Sousa Maia, destacou que o gestor municipal tem papel relevante na Campanha de Vacinação. “É ele que vai garantir às mulheres o direito à vacinação”, concluiu.

Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Tel.: (0xx61) 314-6440 / 6439
Colaboração: Antônia Lúcia