
Mulheres
com histórico familiar de câncer de mama fazem parte do grupo de risco
A saúde começa desde o nascer. Durante a infância, os óvulos ficam adormecidos
e, na adolescência, a menina já entra na fase reprodutiva da vida da mulher.
É nesse período que devem começar os cuidados com a saúde, que não terminam
nem com a menopausa.
Superado
apenas pelo câncer de colo uterino, o câncer de mama é o que apresenta
maior incidência nos países desenvolvidos, e, no Brasil, aparece em segundo
lugar nas estatísticas. Ele é considerado o mais cruel dos cânceres, por
acometer um órgão que representa a feminilidade da mulher e a sua maturidade,
visto que a mama tem papel importante na estética feminina, na imagem
corporal e na vida sexual.
Mulheres
com histórico familiar e pessoal de câncer de mama fazem parte do grupo
de risco, aumentando as chances de desenvolver a doença ao longo da vida.
Para as que têm ou tiveram câncer de útero ou ovário, aumenta o risco
de desenvolvimento de câncer de mama. Alguns fatores que podem contribuir
para o surgimento da doença são o início precoce e o término tardio das
menstruações, a ausência de gestações ou gestações tardias, a obesidade,
o consumo de gordura animal, o fumo etc.
Diagnóstico
do Câncer de Mama
Apesar
de ser um tumor maligno, é uma doença curável ou, pelo menos, controlável,
se diagnosticada precocemente. Sendo a mama um órgão de fácil acesso e
visualização, pode ser inspecionada e apalpada sem dificuldades através
do auto-exame periódico, que poderá detectar prematuramente qualquer alteração.
Orientações quanto à apalpação das mamas, que deve ser feita freqüentemente
pelas pacientes, podem ser obtidas através de serviços periódicos ou de
um médico. Recomenda-se realizar o auto-exame entre o 6.º e 9.º dia do
ciclo menstrual, porque nesse período a glândula mamária se encontra menos
dolorida, permitindo uma boa inspeção.
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Os
sinais e sintomas das doenças mamárias, entre as quais o câncer de mama,
são tão evidentes que as próprias pacientes são capazes de diagnosticar.
Com o auto-exame podem ser encontrados: nódulos, massa, endurecimento,
tumores etc. Outros sinais que podem chamar a atenção são o aumento localizado
ou global, alteração de contorno, retração ou abaulamento, saída de secreção
pelo mamilo, modificações do mamilo como desvio, retração ou ulceração,
mudança de cor ou espessura da pele ou do mamilo e auréola, presença de
massa ou nódulo em axila. Quase metade dos cânceres de mama começam no
quadrante superior externo, provavelmente porque este quadrante contém
o maior volume de tecido mamário. A elevada porcentagem na porção central
deve-se à inclusão dos cânceres que se disseminam para a região subaureolar,
a partir dos quadrantes vizinhos.
No
início, o câncer pode não doer, porém, algumas mulheres sentem pontadas,
agulhadas e queimação localizadas em uma determinada região. Às vezes,
sentem dores nas costas, ombros e axilas. As alterações de mama conseqüentes
do uso de hormônio ou do ciclo menstrual desaparecem espontaneamente.
No entanto, se persistirem, é necessário procurar um médico ou especialista.
A incidência do câncer de mama aumenta a partir dos 30 anos, portanto,
recomenda-se a realização freqüente do auto-exame a partir desta faixa
etária. Para chegar a um diagnóstico, os médicos podem solicitar USG,
mamografia, punção aspirativa ou mesmo uma biópsia cirúrgica.
A partir dos
40 anos, a mamografia deve ser feita de dois em dois anos ou anualmente,
se assim for solicitado pelo médico. A partir dos 50 anos, os exames clínicos
são semestrais e a mamografia anual. Se o tumor for diagnosticado precocemente,
o resultado será melhor, acarretando, conseqüentemente, a cura ou o aumento
da sobrevida do paciente.
Dr.ª
Mônica Cristina Xavier
Ginecologista e Obstetra
Tel.: (0xx21) 2557-3694
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