Na década de 20, Freinet levou para dentro da sala de aula a primeira impressora, criando uma proposta pedagógica que surpreendeu a todos por sua atualidade, possibilitando que a criança acompanhasse os avanços tecnológicos mundiais, contextualizando-se com a modernidade e preservando, ao mesmo tempo, os aspectos socioculturais. Esta percepção de Freinet classifica sua pedagogia como moderna em nossos dias. A proposta pedagógica criada por Célestin Freinet busca, através de seu Método Natural de Aprendizagem e de suas técnicas, a formação de homens e mulheres, seres íntegros, sociais e políticos, capazes de trilhar os seus destinos individual e socialmente. É uma Educação para a paz baseada no respeito ao próximo. Os princípios e as técnicas pedagógicas seguintes inspiram a Pedagogia Freinet
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A proposta
pedagógica de Freinet é aberta ao mundo exterior. A criança não vive só
na escola, mas também na família, na sociedade. Freinet, através de sua pedagogia, colocou a serviço da criança os meios mais modernos de comunicação. Quando ele introduziu a imprensa na classe, o mais importante não era o instrumento em si, mas o fato de possibilitar às crianças um meio que permitisse que elas se comunicassem com o mundo exterior, um público maior que sua classe, sua escola, sua cidade. No Brasil, a divulgação e a prática da Pedagogia Freinet ganharam corpo a partir de 1972. Suas idéias foram fortemente impulsionadas pela ação multiplicadora do trabalho realizado na Universidade de São Paulo pelo professor francês Michel Launay, por Maria Lúcia dos Santos, Maria Inez Cavallieri Cabral (alunas de Launay na USP) e por Rosa Maria Sampaio, que foram os iniciadores do Movimento Freinet em São Paulo, em 1974. A necessidade de aprofundar conhecimentos a respeito da proposta Frenetiana, associada à vontade de comunicar, discutir e trocar experiências com outros praticantes da Pedagogia Freinet, originou uma gama variada de iniciativas voltadas para a organização regional e nacional do Movimento da Escola Moderna Brasileira. A realização, em 1988, da XVII RIDEF (Encontro Internacional dos Educadores que vivenciam a Pedagogia Freinet) em Florianópolis, Santa Catarina, realizado por Flaviana Granzotto, deu forte impulso a esse processo de organização. A partir daí, foram realizados três seminários nacionais e três grupos brasileiros passaram a ser reconhecidos pela Fimem – Federação Internacional dos Movimentos da Escola Moderna: o grupo da Região Norte/Nordeste, o da Região Sul e o da Região Sudeste.
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